Quem conhece a simpática mas "arretada" pernambucana (no Rio desde os 13 anos) não tem a menor ideia do que a moça já passou para transformar o sonho de cantar em realidade. Célia Silva, apesar do começo, ainda na adolescência, encarando programas de calouros, frequentando emissoras de rádio em busca de oportunidades, e de ter cantado em casas noturnas, boates, em grupos e orquestras como crooner, só agora chega ao quarto álbum de sua carreira. "Novamente", um CD recheado de bambas e norteado pelo samba de raiz, traz participações de Dona Ivonne Lara ("Amor de Madeira" - Dona Ivonne/André Lara/João Martins), Batuque na Cozinha ("Abre a Roda" - Carlos Caetano/Romero Camargo/Carlinhos Bohemia), André Leonno ("Que mal eu fiz" - Reinaldo Arias/Paulo Sérgio Valle), Alceu Maia ("O que é meu - Visgo de Abil" - Toninho Geraes/ Toninho Nascimento), Marcelinho Moreira ("A Maré" - Adilson Gavião/Sereno) e da Velha Guarda da Portela ("Velha Guarda da Portela" - Rildo Hora/Sérgio Cabral). O show de lançamento do quarto álbum da artista ´já está confirmado para o dia 05 de outubro, no teatro Rival Petrobras.
Mas a garota que cansou de fugir de casa para cantar nas rádios (muitas vezes castigada por isso) e que gravou seu primeiro disco, um compacto, nos anos 80, encara os "hiatos" de sua trajetória artística de forma bastante natural: "Desde muito cedo, optei pela música: queria ser uma grande cantora! Hoje continuo apaixonada pelo palco, mas a rotina acabou reservando pouco tempo para uma dedicação maior. Vou fazendo as coisas com mais calma, mas também com mais cuidado... e contando com os amigos que, felizmente, são muitos". Hoje, Célia, que se transformou numa executiva da área musical, tem mesmo pouco tempo pra se dedicar à própria carreira. Talvez por isso, todos os seus trabalhos fonográficos, apesar de poucos, são muito bem elaborados, produzidos. Cada canção vem de nobre cepa, cada música tem uma participação especial mesmo (no sentido da palavra).
Parceira de gente que conhece bem seu ofício, a cantora-compositora grava poucas músicas de sua autoria. "- Tem muita gente boa compondo: das novas gerações aos mestres. E me sinto mais realizada como intérprete. Neste álbum, tem Dona Ivonne, Candeia, Sérgio Cabral, Rildo Hora, Noca da Portela, Oswaldo Nunes, Nelson Rufino. É bamba que não acaba mais", diz a artista.
Com produção artística de Ricardo Silva, o álbum de Célia Silva, "Novamente" também traz um time de arranjadores - e músicos - do primeiro escalão: Rildo Hora, Jota Moraes, Reinaldo Arias, Zé Carlos, Paulão 7 Cordas e Misael da Hora.
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