Rio Bonito na ótica de um jornalista

10 fevereiro 2012 |

Foto Vinícius Martins

 

“Vejo a cidade evoluindo, tanto no sentido positivo quanto negativo”. Esta frase vem do jornalista com especialização em assessoria de imprensa, Vinícius Martins. Ele acredita que Rio Bonito está mais urbana, demonstra cuidado com aspectos simples, como varrição e coleta de lixo, embelezamento das praças e áreas de lazer e circulação. Quanto ao aspecto negativo, faz sua queixa. “Toda a carga que a urbanização em si traz: mais lixo, menos cuidado com o seu destino final, violência e crescimento desordenado”, detalha. “Uma cidade que a cada dia se insere mais na região metropolitana do estado e, com isso, perdendo por completo o aspecto de cidade do interior. Com isso, só há um caminho, que é investir em Educação. Tem que focar na formação das crianças e dos jovens, principalmente no ensino técnico. Caso contrário, nossos jovens, ao invés de trabalharem nas fábricas que virão com o Comperj, estarão nas portas delas vendendo mariola e picolé”. O jornalista, que trabalha a quase 25 anos em Prefeitura e Câmara de Vereadores, abre um parêntese. “Acho que uma das coisas mais positivas surgidas em Rio Bonito nos últimos anos é o Grupo Lona na Lua e não tem nada a ver com o poder público. Portanto, a cidade pode evoluir sem estar atrelada ao poder público. Não só pode como deve. O poder público é que tem de vir a reboque da iniciativa privada. A evolução e o desenvolvimento só vêm assim. Um exemplo clássico é o Hospital Regional Darcy Vargas. Quanto se evoluiu ali em poucos anos? É nítido e só não vê quem não quer. E, mais uma vez, o poder público está a reboque da iniciativa privada”, analisa.

‘ALGO COMPLEXO’

Vinícius Martins entende que administrar uma cidade é algo muito complexo. “Além do conhecimento administrativo, há o aspecto político, que é dureza. Tem que ser um conciliador, ouvir muito e tomar decisões solitárias. Definitivamente, não é para qualquer um. A forma mais simples é tentar montar uma boa equipe de trabalho que tenha como visão principal o bem comum. Todos focados no mesmo ideal. É difícil, muito difícil, mas eu creio”, opina.

EMOÇÃO NA POLÍTICA

A classe política está muito desacreditada, segundo Vinícius Martins. “Não só em Rio Bonito, mas em todo o país. Espero dos candidatos que eles tenham sinceridade e espero encontrar um político que tenha emoção: fale com o coração e menos com a razão. Campanha é emoção e, hoje em dia, as campanhas estão muito profissionalizadas, com excesso de regras, pesquisas e acordos de bastidores. O eleitor que deveria ser o protagonista principal acaba ficando em segundo plano. Mas, estamos evoluindo. Um país novo, com uma democracia consolidada e que, a cada ano, vem aprendendo a importância do voto. Sou um otimista”, informa. “Para me convencer é preciso ter uma visão de futuro, ter foco, saber o que quer e, principalmente, saber emocionar o eleitor para que ele se convença de que também deseja aquilo”, diz o jornalista.

 

Foto: Arquivo pessoal de Vinícius Martins

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