Uma das maiores dificuldades que o ser humano tem é de aceitar
certas pessoas como são. Por conta do preconceito, muitas ainda vivem à margem
da sociedade e não participam de algumas atividades nem frequentam vários lugares
ditos “públicos”. E os motivos são diversos. A coluna destaca hoje a situação daqueles
que têm “necessidades educacionais especiais” e, por isso, precisam de mais
tolerância e aceitação. A professora Viviane
Spíndola de Sá Ventura, que trabalha com “Inclusão” há cinco anos, comenta o
assunto. “A inclusão na escola regular é a oportunidade que a sociedade dá para
o aluno portador de Necessidades Educacionais Especiais (NEE), garantindo a
todos uma Educação Igualitária e com qualidade. E nada melhor que o espaço escolar
para acolher todas essas pessoas, sem exceção. Usamos um termo mais associado
comumente: Inclusão Educacional de pessoas com deficiência física e mental”,
explica.
Pedagoga e integrante da diretoria de Infraestrutura da
Secretaria de Educação de Rio Bonito, Viviane diz que as escolas não estão
preparadas para receber alunos com NEE. “As dificuldades mais encontradas são
os espaços físicos das instituições que ainda não estão de acordo, sendo que,
em nosso município, estamos nos preocupando para que possamos receber esses
alunos com segurança e com qualidade”, enfatiza.
As escolas em Rio Bonito estão capacitadas para trabalhar com
Inclusão? “No nosso município já estamos bem avançados, pois já temos
implantado, nas instituições de ensino, os professores auxiliares de Educação Inclusiva
que acompanham esses alunos, e eu já fiz parte de uma dessas equipes com muito
orgulho; temos, também, as Salas de Recurso, que dão suporte a esses
professores, aos professores regentes da turma e atendem em contra turno os
alunos”, responde Viviane.
Sobre “preconceito”, a pedagoga é enfática. “Desse fator
‘preconceito’ entre os nossos alunos ditos normais, ainda encontramos alguns
que demonstram preconceitos que são transmitidos pela própria família, mas são
poucos porque quando essa família conhece o trabalho que a escola desenvolve,
acredito que muitos derrubam esse mito”, diz.
Viviane deixa um recado para seus colegas que
trabalham com Inclusão. “Para os meus colegas professores que defendem a bandeira
inclusiva, digo que vale a pena ser professor e estamos no caminho certo quando
acreditamos que a Inclusão existe e que pode fazer diferença na nossa vida
e na vida de muitas crianças”, incentiva.
Foto: Arquivo pessoal de Viviane Spíndola de Sá Ventura
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