'Inclusão' em debate

29 setembro 2013 |


Uma das maiores dificuldades que o ser humano tem é de aceitar certas pessoas como são. Por conta do preconceito, muitas ainda vivem à margem da sociedade e não participam de algumas atividades nem frequentam vários lugares ditos “públicos”. E os motivos são diversos. A coluna destaca hoje a situação daqueles que têm “necessidades educacionais especiais” e, por isso, precisam de mais tolerância e aceitação. A professora Viviane Spíndola de Sá Ventura, que trabalha com “Inclusão” há cinco anos, comenta o assunto. “A inclusão na escola regular é a oportunidade que a sociedade dá para o aluno portador de Necessidades Educacionais Especiais (NEE), garantindo a todos uma Educação Igualitária e com qualidade. E nada melhor que o espaço escolar para acolher todas essas pessoas, sem exceção. Usamos um termo mais associado comumente: Inclusão Educacional de pessoas com deficiência física e mental”, explica.   

Pedagoga e integrante da diretoria de Infraestrutura da Secretaria de Educação de Rio Bonito, Viviane diz que as escolas não estão preparadas para receber alunos com NEE. “As dificuldades mais encontradas são os espaços físicos das instituições que ainda não estão de acordo, sendo que, em nosso município, estamos nos preocupando para que possamos receber esses alunos com segurança e com qualidade”, enfatiza.

As escolas em Rio Bonito estão capacitadas para trabalhar com Inclusão? “No nosso município já estamos bem avançados, pois já temos implantado, nas instituições de ensino, os professores auxiliares de Educação Inclusiva que acompanham esses alunos, e eu já fiz parte de uma dessas equipes com muito orgulho; temos, também, as Salas de Recurso, que dão suporte a esses professores, aos professores regentes da turma e atendem em contra turno os alunos”, responde Viviane.

Sobre “preconceito”, a pedagoga é enfática. “Desse fator ‘preconceito’ entre os nossos alunos ditos normais, ainda encontramos alguns que demonstram preconceitos que são transmitidos pela própria família, mas são poucos porque quando essa família conhece o trabalho que a escola desenvolve, acredito que muitos derrubam esse mito”, diz.


Viviane deixa um recado para seus colegas que trabalham com Inclusão. “Para os meus colegas professores que defendem a bandeira inclusiva, digo que vale a pena ser professor e estamos no caminho certo quando acreditamos que a Inclusão existe e que pode fazer diferença na nossa vida e na vida de muitas crianças”, incentiva. 

Foto: Arquivo pessoal de Viviane Spíndola de Sá Ventura

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