O ator sucesso na novela “Jóia Rara, produzirá (e
dirigirá) filme sobre a história da justiça, e aprova verba para feitura de
película sobre a história
de Presidente Prudente (sua terra natal)
Muitos fãs de novela escrevem
perguntando quem é o excelente ator que representa o Delegado Cavalcante
na novela Joia Rara, da TV Globo. Embora seja muito mais conhecido por suas
atuações no teatro e no cinema, VICENTINI GOMEZ , tem uma longa carreira como
autor, mímico, ator e diretor, tanto na TV como no teatro e cinema.
Além de viver este policial, outros
personagens de destaque na TV Globo foram Serjão, o sequestrador atrapalhado de
Carminha em Avenida Brasil, Paolo Bianchi na novela “Cama de Gato” e “Malhação”
vivendo o interessante Dom Cornélio. Vicentini fez também a minissérie
“Amazônia”, onde representou o seringalista “Cel. Alencar”, na luta pela
independência do Acre. Já na série “Minha Nada Mole Vida", fez o português
“Blota” e na minissérie “Um só coração”, deu vida ao escritor Graça Aranha,
peça chave na “Semana de Arte Moderna”. O ator também atuou em
humorísticos e series como Megaton, O Dentista Mascarado e A Mulher do
Prefeito. No SBT representou o mordomo Domingos em "Pícara Sonhadora"
e na extinta TV Manchete atuou em "Kananga do Japão" e "A
História de Ana Raio e Zé Trovão".
No teatro, lotou durante 12 anos com o
espetáculo “Confidências de um espermatozoide careca”. Em 2006, rodou o Brasil
com a comédia “506 anos de Besteirol” e, em parceria com Josmar Martins,
escreveu a peça “Tal Pai, Tal Filho”, que cumpriu temporada de sucesso no
Teatro Sérgio Cardoso, com os atores Carlo Briani e Douglas Aguillar. Escreveu
recentemente a comédia “Espelho Meu”, reflexões sobre o relacionamento de Mãe e
Filha, em suas diversas etapas. Obra inédita.
Em 2004/2005 produziu, roteirizou e dirigiu a
série “Consciência na Cultura”, transmitida pela TV Cultura, realizada em
parceria com a UNESP – Universidade Estadual Paulista - onde transformava teses
de doutorado e dissertações de mestrado em documentários para a Televisão.
No cinema, Vicentini Gomez busca a reflexão
sobre cidadania e direitos do homem, trajetória que escolheu como temática de
seus filmes, destinados a festivais de cinema e vídeo do Brasil e Exterior. “O
Rio da Minha Terra”, “Paúra”, “Juqueriquerê” e “O Anônimo”, foram classificados
e premiados em importantes festivais do Brasil e Exterior.
Atualmente roteiriza e dirige o projeto
“Justiça! Uma História”, filme média metragem que contará todo o histórico da
justiça brasileira desde o Brasil Colônia até os dias de hoje. O filme começa a
ser rodado nos próximos meses e terá avant-première no dia 8 de dezembro,
Dia da Justiça.
Vicentini Gomez é de Presidente Prudente,
interior de São Paulo. Em grande parte de sua carreira, ele escolheu viver e
exercer sua vida artística na grande São Paulo, hoje, cenário de sua produção e
criação artística. Vicentini é uma referência de múltiplas linguagens
artísticas. Sendo mímico respeitado e ator consagrado, seu trabalho em TV já é
por demais conhecido dos brasileiros.
Segundo alguns blogueiros e colunistas
especializados em televisão, o ator VICENTINI GOMEZ, que faz o Delegado
Cavalcante, personagem é um sucesso absoluto, quando deveria cair na na
antipatia do público. Para o blog Aurora de Cinema, apesar de fazer um papel
que já nasce antipatizado em qualquer obra dramatúrgica, Vicentini Gomez atua
com tanta precisão e competência que seu personagem vem crescendo mais e mais
na excelente trama de Duca Rachid, Thelma Guedes e Amora Mautner (e sua
poderosa equipe de auxiliares, entre os quais estão Henrique Diaz e Joana
Jabace).
O blog destaca que os aplausos dados a
Vicentini são dados merecidamente, já que o por trás da sisudez do ‘encarregado
de manter a ordem e os bons costumes’, Vicentini Gomez revela força e exatidão
nas expressões com olhares, e gestual em perfeita adequação com o que pede o
personagem. E isso o telespectador contumaz de novelas percebe, ainda que
inconscientemente, e adere sem titubear. Pois assim fazem os atores que sabem
de seu ofício: atuam dentro da concepção criada e dos limites definidos, e não
destoam do conjunto da obra, ajudando a construir um todo harmônico que só
valida e enriquece sua participação.
Por tudo isso, segundo o mesmo blog, Vicentini
Gomez também é um dos Destaques no elenco de apoio de JÓIA RARA. Uma composição
preciosa de um delegado conforme pede o enredo da obra teledramatúrgica.
Para a colunista de TV do jornal o Globo,
Patrícia Kogut, o bloco de gravações onde Vicentini Gomez atua, ao lado
dos atores Gustavo Trestini e Marcos Ehrlich, já está sendo chamado no set de
gravações como “o núcleo OAB”, referindo-se aos calorosos embates judiciais da
trama, importantíssima para o desenvolvimento da novela.
SÓ SUCESSOS
Ao longo de seu vasto currículo, Vicentini
atuou em 31 espetáculos como Ator, Mímico e Diretor, destacando-se:
Confidências de Um Espermatozoide Careca
506 Anos de Besteirol
A Invenção da Terra do jeitinho
Picardias do Picadeiro
O Analista de Bagé
Ladrão de Mulher
A Marquesa e o Imperador
Dois Palhaços e uma Zebra
Estórias Urbanas
O Palhaço do Chapeuzinho Vermelho
Bocas da Cidade
Foi também autor de 15 textos para adultos e
crianças, destacando-se:
Segurando a Ceroula
As Maluquices do Picadeiro
O Detetive Palhaço
As Traquinagens de Zung e Tung no Castelo da
imaginação
Eva e Adão no Paraíso
Tal Pai, Tal Filho
CONHEÇA UM POUCO DO TRABALHO ÁRDUO DE VICENTINI GOMEZ:
CULTURA VIVA: Você teve algum momento complicado em sua
carreira de ator? Qual foi seu maior desafio?
VICENTINI GOMEZ: Agora, o que me veio à mente foram os
ensaios que tínhamos que fazer para a polícia federal (censura) um dia antes da
estréia de cada espetáculo e, na grande maioria das vezes, eles proibiam
o espetáculo ou cenas inteiras que deixava mutilado e sem sentido o trabalho.
Este período foi muito triste e deixaram prejuízos incalculáveis para a cultura
do país.
O maior desafio da área é ter sempre
planejamento adequado para a carreira e conciliar tudo com a vida pessoal.
CULTURA VIVA: O fato de ser amigo de autores e diretores de novela
atrapalha o trabalho de um ator? Como encara a espera por um novo trabalho na
TV?
V.G.: Diz o ditado que a gente trabalha com quem
conhece e confia. Sempre é bom trabalhar com amigos e profissionais com quem
nos divertimos. O processo de criação fica mais espontâneo e o ambiente arejado
faz render o trabalho. Estar feliz conduz à realização plena.
Toda nova proposta de trabalho é fruto do
atual. Se houve destaque, a continuidade é certa. Os convites serão fartos, com
possibilidades de escolha e trabalhos de qualidade.
CULTURA VIVA: Em algum momento, já pensou em escrever sua biografia?
V.G.: tenho rabiscos em agendas da minha
trajetória, amores, caminhos e descaminhos... mas é verde ainda.
CULTURA VIVA: Para viver um delegado, se inspirou em algum policial
amigo ou conhecido?
V.G.: Parte do meu trabalho, em especial no cinema
e para roteiros é a pesquisa. Então, já “viciado” nesta história visitei
bibliografia do primeiro governo de Getúlio Vargas e, mais recente, da ditadura
militar. Consultei e mergulhei em atos e fatos de alguns delegados e seus
métodos de trabalhos. Creio que consegui harmonizar as atitudes mais radicais
destes, na prática, com a “ironia” da ação empregada ao Delegado Cavalcante.
CULTURA VIVA: É bom ser conhecido na rua, no táxi, no supermercado
ou na fila de um banco? Já viveu alguma situação engraçada, com o assédio
de fã?
V.G.: Quando vivi o “Serjão” em Avenida
Brasil, tive um caso um dia na agência do banco onde tenho conta, em São Paulo,
em que o segurança veio me revistar. Fui salvo imediatamente pela gerente, que
ria fartamente. Esta semana aconteceu um fato engraçado, no supermercado no Rio
de Janeiro. Estava com o carrinho fazendo compras quando passou uma senhora e
assoprou: Eita delegado burro. Em São Paulo não foi diferente, também no
supermercado, só que com uma criança: Mãe, olha aquele delegado chato que
prendeu o pai da Pérola.
CULTURA VIVA: Poderia resumir em poucas linhas seus planos para o ano
que se inicia?
V.G.: Continuar trabalhando e, sobretudo, continuar
sendo feliz.
CULTURA VIVA: Como ator, alguma coisa ainda te faz ter um frio na barriga?
V.G.: Sempre um novo trabalho te traz situações de
insegurança, de incertezas e reforça ainda mais a vontade de pesquisar,
aprender e conhecer a personagem pra varrer pra longe este friozinho, que só
passa depois da estréia, e continua a rondar vez ou outra quando algum texto
mais complexo ou alguma situação nova aparece. Oscar Wilde já dizia: “A
ansiedade é insuportável. Espero que dure para sempre”. Assim é a arte.
CULTURA VIVA: Sua alegria de viver se reflete no trabalho de ator? O que
te incomoda na televisão?
V.G.: Sou feliz. Pelas conquistas, pela vida que
vivi e escolhi e pelo filho que tenho, uma dádiva. Nada me incomoda. Tudo é uma
questão de saber administrar. Ter sabedoria para somar sempre e seguir o
caminho.
CULTURA VIVA: Em qualquer meio social, dinheiro é muito bom e ajuda, mas
não é tudo. O que realmente é tudo para você?
V.G.: Estar alegre e feliz. Um sorriso é tudo.
CULTURA VIVA: Quando se deu conta que já passou algum tempo desde que
começou seu trabalho de ator?
V.G.: Continuo aquele menino que saiu do interior e
escolheu um caminho para ser feliz. Assim vou trilhando minha história.
CULTURA VIVA: Você recebeu muitos prêmios, mas qual foi o que mais te
trouxe emoções?
V.G.: O dia em que nasceu meu filho Pedro Paulo. O
meu maior prêmio. A minha razão de viver.
CULTURA VIVA: A tradicional pergunta, mas infalível e necessária:
que conselho daria a um ator que está iniciando carreira?
V.G.: Estudar, estudar, estudar... Humildade e
disciplina.
CULTURA VIVA: A curiosidade é fundamental na sua vida. O que ainda
falta para se sentir um homem completo?
V.G.: A vida que está por vir e ainda existe para
viver. Meu sonho é concluir o filme longa metragem que estou roteirizando
e rodaremos ainda este ano, com avant-premiére no dia 08 de dezembro próximo,
dia da justiça.
***Na última Foto, Vicentini Gomez e o filho Pedro Paulo
Fotos: Divulgação
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