DIVISÕES

06 agosto 2018 |



Entre duas situações, eis a divisão. Não se sabe qual direção seguir. Se vai para o norte teme os ventos contrários; se opta pelo sul, lamenta os imprevistos. Que decisão tomar? Seguir adiante é preciso, porém a dúvida paira como uma nuvem turbulenta, nefasta.

Caso peça opiniões com elas virão as confusões. Palavras ao vento que pouco se aproveitam. Daí, as visualizações, póstumas assombrações. Não se quer.

Cabe uma pausa. Respirar o ar que vem de cima e tenta alcançar o pobre viajante cansativo, exausto; desgastado pela chuva de poeira na estrada. Quem poderá socorrê-lo se, ao seu redor, tudo é lamentável. Não há verde, não há gente. Um deserto árido e tenebroso tenta ofuscar sua visão, que poderá ser o primeiro passo de sobrevivência por meio da fuga.

“Olhe o foco!”, surge uma voz imponente. De onde vem? Quem se importaria com um infeliz andarilho? Contudo, a voz como som das águas trouxe à memória os caminhos que se tem adiante. Já pareciam tão esquecidos frente ao redor tumultuado.

Hora da decisão. Opção cruel. Lamentável escolha ou feliz decisão? Como as consequências virão em qualquer alternativa, segue-se o primeiro passo para um derradeiro desfecho.

Decisão tomada. Reação erguida. O que virá por aí? Ao dar um passo de cada vez será possível enfrentar e confrontar as respostas de um futuro incerto.


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