Esse seu olhar, criança, revela tanta coisa...
Descortina um mundo inimaginado, em pleno Século XXI. Traz à tona uma infância feliz,
repleta de aventuras e atitudes sem enxergar os riscos, porém, convivendo com
os mais possíveis.
Ah, criança, se eu pudesse penetrar esse olhar e
passar um tempinho em seu interior de repente voltaria com uma mentalidade
diferente, mais corajosa e esperançosa... Sem a mancha da maldade, as
cicatrizes que a vida me pregou e suas lembranças ainda me ferem...
Constantemente.
Ei, menina, me passe um pouco dessa alegria! Desse
prisma que a torna tão leve, despreocupada, desarmada, feliz, enfim. Ando com
uma bagagem tão pesada de injúrias e preconceitos que serviram, apenas, para me
transformar num ser desconfiado, duvidoso, desprovido de mim mesmo. Aliás, quem
sou se o lado cruel do mundo me transformou? Tudo poderia ser tão diferente...
Ô garoto, quem são seus pais? Gostaria de
conhecê-los e cumprimentá-los. De onde vem tanta ousadia? Como seu pai te
mostrou os caminhos do equilíbrio na vida? Me ensina? E essa doçura que você
traz no olhar, apesar da bravura de um descobridor? De onde sua mãe tirou isso?
Olha, criança... Não consigo definir suas
respostas, apesar de seu silêncio conduzir o rumor dos mares. Porém, mesmo que
eu tivesse uma explicação clara de sua parte jamais conseguiria invadir o seu
mundo, a sua maneira de degustar o cotidiano sem desperdiça tudo num dia só...
Amanhã tem mais!
Me cabe uma conclusão: se eu for capaz de obedecer
a singeleza do olhar de uma criança serei capaz de encontrar saídas
inteligentes para as minhas questões adultas. Ah se o mundo compreendesse que
as maiores respostas que precisamos para mudanças tão pífias estão escondidas
no mero olhar de uma criança!
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