TRADUZINDO O SOFRIMENTO

13 setembro 2018 |



Triste é sentar à beira do caminho e observar certas pessoas que passam. Em específico, aquelas que trazem uma aparência de sofrimento chamam mais minha atenção. Seus semblantes refletem tanta angústia que fica difícil traduzir em palavras os olhares que se perdem na estrada, vagam de um lado para o outro como quem busca esperança na certeza de que não a encontrará. Como ultimato, aceitam o sofrimento e fazem dele uma pousada.

Está andando? Respirando? Enxergando? Ouvindo? Falando? Então, há vida. Se pulsa um coração pode haver determinação. A partir dela é possível mudar o curso de uma história e não só cogitar um final feliz, como garantir um futuro de certezas, conquistas inimaginadas e, acima de tudo, ocupar um pódio singular, preparado para si. Consequência da vida.

Ao plantar sofrimento vou colher enfermidades que não estão em minha genética, mas adquiri pela tristeza que me entreguei. Por que essas pessoas não pensam nisso? Por que preferem se entregar ao fel?

Traduzindo o sofrimento de forma antagônica, tem-se a alegria, a solução, a restauração e a felicidade interior plena. O que seria melhor trazer como emblema?

Ei, pessoas que seguem na estrada do sofrimento! Respirem, a resposta milionária pulsa dentro do peito de quem está vivo. Embora aparentem mortos estão mais despertos do que muitos que demonstram uma alegria falsa e uma existência de sorrisos que gostariam de possuir, porém, plagiam.

Viva! A vida só te pede isso. 

Foto: Jornal "Poiésis" de Araruama (RJ)

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