Quatro anos após o
lançamento de “O Amor é Bossa-Nova”, cantora regrava outras 23 canções
imortalizadas na voz de seu ídolo, que, inclusive, autorizou as autorais “Ho ba
la la” e “Bim Bom”
Quatro
anos depois de lançar o álbum “O amor é Bossa Bova – Homenagem a João
Gilberto”, na época, inclusive, com indicações ao Grammy Latino e ao Prêmio da
Música Brasileira, a cantora HANNA volta, neste momento, a se debruçar sobre a
obra deste patrono da música brasileira, agora imbuída de uma releitura mais
abrangente, com maior pompa e apostando alto. O segundo volume de “O amor é
Bossa Bova – Homenagem a João Gilberto”, um CD duplo, reúne 23 canções que se
consagraram na voz do pai da Bossa-Nova e que se tornaram obrigatórias em setlists jazzísticos
mundo afora. O resgate magistralmente concebido e realizado pela cantora – que
por si só já desponta como um dos grandes lançamentos contemporâneos do gênero
– traz ainda duas cartas na manga: as canções “Ho ba la la” e “Bim Bom”,
duas autorais, do primeiro compacto de João Gilberto (“Chega de Saudade”, de
1957), foram autorizadas pelo próprio, quando já atravessava sérios imbrólios
pessoais e financeiros.
A
delicada situação do célebre compositor se tornou pública, especialmente, no
ano passado, quando se viu obrigado a deixar seu apartamento no Leblon por
causa de dívidas, e se mudar para um local emprestado. Sem dar entrevistas nem
realizar shows há anos, as autorizações dessas músicas para o novo CD da HANNA
são verdadeiros trunfos que parecem retribuir o carinho e a admiração da
cantora pelo compositor.
O disco
duplo “O amor é Bossa Bova – Homenagem a João Gilberto – volume 2” reúne também
outras músicas que João Gilberto gravou e levou para o mundo e se
tornaram standards internacionais: “Aquarela do Brasil”,
“Corcovado”, “Águas de Março”, “Caminhos cruzados”, “Avarandado”, “A cor do
Pecado”, “Desde que o Samba é samba”, “É preciso perdoar”, “Eu quero um samba”,
“Eu sei que vou te amar”, “Eu vim da Bahia”, “Falsa baiana”, “Fotografia”,
“Insensatez”, “Lígia”, “Pra quê discutir com a madame”, “O samba da minha
terra”, “Retrato em Branco e Preto”, “Você e eu”, “Triste”, “Tin Ton por Tin
Tin”.
Com uma
carreira internacional digna de elogios e reconhecimentos notáveis – em março
de 2019 ganhou o título de Embaixadora do Turismo do Rio de Janeiro – e após
apresentações ao longo dos últimos 20 anos em clubes de jazz da Itália, Suíça,
Grécia, França, além de importantes casas de show do Rio (Teatro Rival,
Planetário da Gávea, Forte de Copacabana, dentre outros), HANNA empresta,
neste novo álbum, sua doce interpretação e requinte, seu toque
sensual e o aveludado de sua voz, que passeia com brilhantismo a cada canção,
repaginando, com seu estilo único, a influência inconfundível de João Gilberto.
HANNA
A cantora, compositora e atriz nasceu em Maceió, Alagoas, e
começou muito menina na Rádio Difusora de Alagoas, onde foi eleita a
"Rainha do Rádio". Mais tarde, no Rio de Janeiro, iniciou também
carreira de modelo e atriz, realizando campanhas publicitárias e filmes.
Em 1981,
gravou para a trilha sonora do filme “Xavana a ilha do amor”, de Zigmunt
Sulistrowski, no qual também atuou como atriz no papel de uma cantora. Anos
depois, em 1984, gravou, pela Som Livre, uma música para a personagem de
Christiane Torloni na novela Partido Alto, de Aguinaldo Silva e Glória Perez.
Além do LP da novela, a música “Sentimentos” deu nome a outro disco, pela mesma
gravadora, com produção de Alexandre Agra, arranjos de Ricardo Cristaldi e
direção geral de Guto Graça Mello.
Em 1999, gravou o CD independente “Eu te amo”, lançado em cadeia
nacional no programa “Jô Soares onze e meia”, no SBT. Em 2001, lançou o CD
"Nós em Nós", pela Ipanema Records, no qual canta compositores
consagrados como Caetano Veloso, Rita Lee, Gonzaguinha, Cazuza e outras de
própria autoria.
Videoclipes do novo disco:
Foto: Andre
Telles
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