O dom que
virou profissão e traz ternura a um grande público. Dessa vez, a música
instrumental ganha mais um presente e o nome dele é Lucas Ferreira. O jovem de Barra Mansa (RJ), teve contato com a música ainda na infância.
Segundo ele, esse encontro foi totalmente despretensioso. Contudo, anos depois,
escolheu seguir carreira. “O mundo musical é fascinante e cheio de desafios, e
eu adoro isso, faz parte da minha personalidade! A oportunidade de conhecer
vários lugares e várias pessoas do Brasil e do mundo também são uma ótima
motivação, e a música oferece isso”, ressaltou.
Em entrevista ao CULTURA VIVA, Lucas, um
dos clarinetistas mais cotados no momento, falou de suas experiências com o
instrumento e deu dicas para quem deseja seguir seus passos na área musical.
Acompanhe!
CULTURA
VIVA: Quais foram e ainda são suas maiores influências no
clarinete?
LUCAS FERREIRA: Existem grandes
artistas brasileiros e internacionais que admiro muito, mas minhas maiores
influências sempre foram meus professores, até pela proximidade e contato
direto no dia a dia. Todos demonstraram grande paixão pelo instrumento e pela
música.
C.V.: Por que o clarinete, entre tantos
instrumentos, te chamou mais a atenção? Toca o instrumento desde que idade?
L.F.: A clarineta foi o primeiro
instrumento que tive a oportunidade de conhecer depois da minha musicalização. Meu
professor já era clarinetista, o que facilitou o acesso ao instrumento. A
clarineta me encanta por suas características e por ser um instrumento muito
eclético que navega por várias linguagens musicais. Eu toco desde os 12
anos.
C.V.: Para ser um bom clarinetista o
músico deve treinar todos dias? Por quantas horas?
L.F.: Não existe uma
regra geral ou uma quantidade necessária de horas para atingir um nível satisfatório,
vai de pessoa para pessoa, mas, geralmente, os estudantes têm o hábito de
praticar todos os dias ou quase todos, por horas. Dedicar boa parte do seu
tempo ao instrumento faz parte da rotina de quem tem grandes objetivos. Porém,
o descanso também é considerado.
C.V.: Em 2018 você participou do 1º Concurso de Jovens Solistas do IV Gramado in Concert e foi o
vencedor. O que este evento significou para você?
L.F.: O concurso em
Gramado foi uma experiência muito enriquecedora, foi uma edição muito disputada
e com grandes músicos e, como eu já disse, gosto muito de desafios e esse foi
muito prazeroso de fazer. Além do, o concurso rendeu muita coisa boa, como
voltar em Gramado para realizar dois solos e convites para solar em Natal( RN)
e nos Estados Unidos. Essas experiências ficarão marcadas para sempre e sou
muito grato por toda oportunidade.
C.V.: No último dia 3 de novembro você
participou do programa "Prelúdio" na TV Cultura e foi muito elogiado
pelo júri de peso que estava presente. Dá para traduzir a importância de mais
essa oportunidade de mostrar seu talento?
L.F.: Participar do
Prelúdio foi outra experiência muito bacana! É sempre bom termos espaço para
mostrar nosso trabalho e, dessa, na televisão foi uma experiência que eu nunca
tinha vivido. Legal ter participado de um programa tão importante para o
cenário cultural da televisão brasileira.
C.V.: E quais são seus principais planos
para 2020?
L.F.: Sou formado pela
UFRJ e estou finalizando meus estudos na Academia da OSESP esse ano, mas como
gosto muito de estudar e ainda tenho muita coisa para aprender, gostaria de dar
continuidade aos estudos. Também irei
fazer provas para orquestras, pois a estabilidade de um emprego é importante. Além
do que uma renda mensal será essencial para compra de materiais de trabalho e
para eu ter condições de adquirir um instrumento melhor o mais rápido possível.
Esses são dois objetivos para 2020.
C.V.: Que recado você deixa para quem
deseja ser um grande clarinetista no futuro?
L.F.: A clarineta é um
instrumento apaixonante e nós somos muitos. O Brasil está cheio de jovens
clarinetistas tocando super bem, o que é ótimo! A dica é que estejam sempre
estudando e ajudando uns aos outros. Essa troca é muito importante. A escola de
clarineta e todo cenário musical no Brasil só tem a ganhar com
isso.
Fotos: Arquivo pessoal de Lucas Ferreira
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