CAIXA Cultural Rio de Janeiro recebe exposição "Solfejo", do artista Felippe Moraes

09 janeiro 2025 |

 


CAIXA Cultural Rio de Janeiro recebe, de 14 de janeiro a 30 de março, a exposição Solfejo, do artista carioca Felippe Moraes. A mostra, que tem entrada gratuita, exibe obras que emitem som através da interação do visitante, peças com luz de néon e backlight, fotografias de ondas sonoras e concertos com representações das músicas dos planetas, com texto curatorial assinado por Victor Gorgulho. O projeto tem patrocínio da CAIXA e do Governo Federal.

 

Nesta mostra, que é a maior da carreira de Moraes, são apresentados cerca de 50 trabalhos criados ao longo dos últimos 15 anos. A mostra estreou em 2019, em São Paulo, quando alcançou um público de cerca de 25 mil pessoas. Cinco

anos depois, ela chega ao Rio de Janeiro revista, ampliada e transformada para falar da cidade natal do artista, que nasceu na Zona Norte.

 

Para a temporada carioca, Felippe se inspirou ainda mais no universo do samba. Transformou o piano do foyer da CAIXA numa obra de arte, com um néon interno que diz “Madeira Quando Morre Canta”, trecho de “Minha Missão” composta por João Nogueira.

 

Também resgatou três pedras do chão dos locais onde as escolas de samba desfilaram ao longo do século XX - Av. Presidente Vargas, Av. Rio Branco e Av. Marquês de Sapucaí - e as repousou em suportes de mármore gravados com a letra de Chico Buarque: “Aqui passaram sambas imortais / Aqui sangraram pelos nossos pés / Aqui sambaram nossos ancestrais”. E, por último, integrou à exposição um néon vermelho suspenso com a frase “Como Será o Amanhã”, samba-enredo da União da Ilha de 1978. “O néon é contemporâneo do samba e são constitutivos da ideia da cidade moderna brasileira”, contextualiza o artista.

 

Em uma das Galerias está “Samba Exaltação”, um panorama da produção de Moraes sobre o samba e o carnaval. A série, que começou como intervenções públicas em São Paulo no ano de 2021, apresenta fotografias em backlight e letreiros com dizeres tradicionais do cancioneiro brasileiro como “Não deixe o samba morrer” e “Canta forte, canta alto”. A obra “apela à memória afetiva das músicas para que o público possa ouvir as canções mentalmente”, sugere o artista.

 

A exposição conta, ainda, com “Composição Aleatória #2”, um conjunto de três gangorras, com quatro sinos acoplados a cada uma delas. Nessa obra, Felippe convida o público a se balançar nas estruturas, acionando assim os 12 sinos e produzindo uma composição sonora aleatória e que nunca se repete.

 

Do interesse de Felippe pelos movimentos cósmicos, “Solfejo” apresenta “Harmonices Mundi”, vídeo produzido em 2017, no Irã, que exibe seis instrumentistas tocando uma composição de Johannes Kepler, de 1619, para os planetas, revelando seus movimentos, tempos e narrativas.

 

Partindo desse princípio, o artista desenvolveu, em 2023, “Solaris Discotecum”, uma pista de dança que simula a dança dos corpos celestes. “Um globo de espelho pende do teto, fazendo as vezes do sol, e uma pequena esfera de chumbo circula ao seu redor, fazendo as vezes da Terra, na escala exata”, descreve Felippe. Ao redor, estão suspensos 12 desenhados com a forma das constelações do zodíaco. “É um convite a dançar em meio às estrelas”, completa o artista.

 

[Artes visuais] Exposição “Solfejo”, de Felippe Moraes

Locais: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Unidade Passeio –Rua do Passeio, 38, Centro

Teatro Nelson Rodrigues – Avenida República do Paraguai, 230, Centro

Data: 14 de janeiro a 30 de março de 2025

Visitação: terça a sábado, das 10h às 20h. Domingos e feriados, das 11h às 18h

Informações: site da CAIXA Cultural | Instagram @caixaculturalrj

(21) 3980-3815

Classificação indicativa: Livre para todos os públicos
Entrada Franca

Acesso para pessoas com deficiência

Patrocínio: CAIXA e Governo Federal

 

Foto: Divulgação


0 comentários: