Renato Vaiano e sua arte de ser um Chef talentoso

25 março 2020 |



Pilotar bem o fogão é uma arte. Criar pratos incríveis então, nem se fala. Talento que muitos gostariam de possuir, mas essa conquista é para poucos... E um deles se chama Renato Vaiano, 38 anos, e faz sucesso em São Paulo. Atuando no ramo da alimentação há 25 anos e, há cinco, como Chef, acompanha a evolução significativa no setor. “Passamos por uma transformação gigantesca na gastronomia nacional. Os produtos da nossa terra começaram a ganhar destaque na mão de grandes Chefs, como Alex Atala, Helena Rizzo, dentre outros. Insumos vindos da Amazônia, do cerrado e de outras partes do país chegaram às mesas dos grandes restaurantes de São Paulo e do Rio de Janeiro, trazendo toda a complexidade e delicadeza dos seus sabores”, explica.

Inteligente, criativo e talentoso aos extremos, Vaiano hoje concedeu entrevista exclusiva para o CULTURA VIVA. 

Acompanhe o bate papo!

CULTURA VIVA: Seu ramo de trabalho cresceu demais e muitos Chefs chegam no mercado todos os dias. Como encara a concorrência?
RENATO VAIANO: A gastronomia abre muitas portas, o nosso País é muito rico em diversidade, por conta da miscigenação. Acho incrível a capacidade do povo brasileiro de se reinventar. Somos uma nação extremamente criativa e a gastronomia pede por pessoas criativas. Durante a minha trajetória, no ramo de alimentação, percebi que o universo gastronômico é como um coração de mãe: sempre cabe mais um; há sempre o que aprender, não há verdade absoluta, sempre surgem técnicas novas, criações novas que nos inspiram.  Sendo assim, eu acho muito positivo ter novos profissionais no mercado, trazendo fonte de inspiração e reinventando a gastronomia todos os dias.


C.V.: Sua especialidade seria fazer doces? 
R.V.: Não é a minha especialidade. Confesso que eu prefiro comer do que fazer doces. Mas, a profissão exige que sejamos completos.



C.V.: Por falar em doces, os pudins que o senhor prepara são variados e fazem muito sucesso. Existe algum segredo culinário que possa revelar?
R.V.: Receitas de doce, em geral, tem uma regra básica que algumas pessoas não respeitam e é aí que está o segredo. Esse tipo de receita requer precisão nos insumos. Uma receita bem executada e com os insumos devidamente pesados fazem do prato um sucesso.



C.V.: A propósito, qual o sabor de pudim mais procurado?
R.V.: O queridinho ainda é o pudim de leite. É um doce que remete à infância, normalmente feito pela avó ou mãe. Difícil de resistir. Mas, sabores novos, como o pudim de creme de avelã com base de coco, tem se destacado e, atualmente, tem sido um dos mais pedidos.


C.V.: Doces à parte, qual prato salgado que prepara e mais indicaria para um jantar em família?
R.V.: Com certeza, tem um prato que me faz brilhar os olhos e não tem nada de sofisticado nele, mas me remete à infância. Esse tipo de prato chamamos de “confort food”, que é um tipo de alimento que fornece um valor nostálgico ou sentimental a alguém; também pode ser caracterizado por alto valor calórico ou pela simplicidade do preparo: é o nhoque de batata da Dona Beth, minha excelentíssima mãe. Minha família tem uma mistura de espanhóis e italianos, e o nhoque representa bem esse povo tão afetivo, que ama uma mesa farta e cheia de sabor. 

C.V.: Quem é sua maior inspiração na culinária brasileira? A que se deve essa afeição?
R.V.: O Chef Rodrigo Oliveira, do Restaurante Mocotó, é hoje uma das minhas grandes inspirações, por ser um cara simples, com uma história incrível. Elevou o restaurante modesto que o seu pai tem, em um bairro simples da Zona Norte de São Paulo, para o patamar da alta gastronomia paulistana. Transformou pratos simples da gastronomia nordestina, em pratos sofisticados. Agregou imenso valor às receitas tradicionais do nosso rico nordeste.

C.V.: Dentro de sua profissão, foi difícil escolher uma linha de trabalho a se especializar? Alguém te orientou?
R.V.: Essa é a parte mais difícil, seguir uma linha específica. Quando iniciamos na faculdade temos uma ideia do que fazer e de que linha seguir. No meu caso, tenho influência de dois países de uma gastronomia riquíssima em variedade e sabores, porém, com o tempo e a necessidade tudo pode mudar. Minha cozinha é contemporânea e autoral; tem como principal característica a sua flexibilidade na forma de preparo e apresentação dos pratos. Com certeza, é a melhor maneira que encontrei de apresentar o meu trabalho, tendo em vista que faço festas para os mais variados tipos de pessoas.


C.V.: Tem restaurante próprio em São Paulo? Ou, onde atua na Capital?
R.V.: Não possuo restaurante, atuo como Home Chef, um serviço exclusivo e único de atendimento, que vai desde a elaboração do menu até a aromatização do local do evento. Levo em consideração as preferências do cliente, começando com as proteínas usadas até a algum tempero em específico que remeta a alguma lembrança positiva aos convidados, com o intuito de oferecer não só uma boa refeição afetiva, mas uma experiência multissensorial. Levo a festa até o cliente. Atualmente, atuo em perímetro nacional.

C.V.: Aceita encomendas? Quais seus contatos?
R.V.: Aceito encomendas sim. Meus contatos são:

através do e-mail: renatovaiano@hotmail.com,

Instagram : @chefrenatovaiano ,

e pelos Telefones (11) 98217-3482 e 98806-2265.


Fotos: Arquivo pessoal de Renato Vaiano

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