Pilotar
bem o fogão é uma arte. Criar pratos incríveis então, nem se fala. Talento que
muitos gostariam de possuir, mas essa conquista é para poucos... E um deles se
chama Renato Vaiano, 38 anos, e faz
sucesso em São Paulo. Atuando no ramo da alimentação há 25 anos e, há cinco, como
Chef, acompanha a evolução significativa no setor. “Passamos por uma
transformação gigantesca na gastronomia nacional. Os produtos da nossa terra
começaram a ganhar destaque na mão de grandes Chefs, como Alex Atala, Helena
Rizzo, dentre outros. Insumos vindos da Amazônia, do cerrado e de outras partes
do país chegaram às mesas dos grandes restaurantes de São Paulo e do Rio de
Janeiro, trazendo toda a complexidade e delicadeza dos seus sabores”, explica.
Inteligente,
criativo e talentoso aos extremos, Vaiano
hoje concedeu entrevista exclusiva para o CULTURA VIVA.
Acompanhe o bate papo!
CULTURA VIVA: Seu ramo de trabalho cresceu demais e
muitos Chefs chegam no mercado todos os dias. Como encara a concorrência?
RENATO VAIANO: A gastronomia abre muitas portas, o nosso
País é muito rico em diversidade, por conta da miscigenação. Acho incrível a
capacidade do povo brasileiro de se reinventar. Somos uma nação extremamente
criativa e a gastronomia pede por pessoas criativas. Durante a minha trajetória,
no ramo de alimentação, percebi que o universo gastronômico é como um coração
de mãe: sempre cabe mais um; há sempre o que aprender, não há verdade absoluta,
sempre surgem técnicas novas, criações novas que nos inspiram. Sendo
assim, eu acho muito positivo ter novos profissionais no mercado, trazendo
fonte de inspiração e reinventando a gastronomia todos os dias.
C.V.: Sua especialidade seria fazer doces?
R.V.: Não é a minha especialidade. Confesso
que eu prefiro comer do que fazer doces. Mas, a profissão exige que sejamos
completos.
C.V.: Por falar em doces, os pudins que o senhor
prepara são variados e fazem muito sucesso. Existe algum segredo culinário que
possa revelar?
R.V.: Receitas de doce, em geral,
tem uma regra básica que algumas pessoas não respeitam e é aí que está o
segredo. Esse tipo de receita requer precisão nos insumos. Uma receita bem
executada e com os insumos devidamente pesados fazem do prato um sucesso.
C.V.: A propósito, qual o sabor de pudim mais
procurado?
R.V.: O queridinho ainda é o pudim
de leite. É um doce que remete à infância, normalmente feito pela avó ou mãe.
Difícil de resistir. Mas, sabores novos, como o pudim de creme de avelã com
base de coco, tem se destacado e, atualmente, tem sido um dos mais pedidos.
C.V.: Doces à parte, qual prato salgado que prepara e mais indicaria para um jantar em família?
R.V.: Com
certeza, tem um prato que me faz brilhar os olhos e não tem nada de sofisticado
nele, mas me remete à infância. Esse tipo de prato chamamos de “confort food”,
que é um tipo de alimento que fornece um valor nostálgico ou sentimental a
alguém; também pode ser caracterizado por alto valor calórico ou pela simplicidade
do preparo: é o nhoque de batata da Dona Beth, minha excelentíssima mãe. Minha
família tem uma mistura de espanhóis e italianos, e o nhoque representa bem
esse povo tão afetivo, que ama uma mesa farta e cheia de sabor.
C.V.: Quem é sua maior inspiração na culinária brasileira? A que se deve essa afeição?
R.V.: O Chef
Rodrigo Oliveira, do Restaurante Mocotó, é hoje uma das minhas grandes
inspirações, por ser um cara simples, com uma história incrível. Elevou o
restaurante modesto que o seu pai tem, em um bairro simples da Zona Norte de
São Paulo, para o patamar da alta gastronomia paulistana. Transformou pratos
simples da gastronomia nordestina, em pratos sofisticados. Agregou imenso valor
às receitas tradicionais do nosso rico nordeste.
C.V.: Dentro de sua profissão, foi difícil escolher uma linha de trabalho a se especializar? Alguém te orientou?
R.V.: Essa é
a parte mais difícil, seguir uma linha específica. Quando iniciamos na
faculdade temos uma ideia do que fazer e de que linha seguir. No meu caso,
tenho influência de dois países de uma gastronomia riquíssima em variedade e
sabores, porém, com o tempo e a necessidade tudo pode mudar. Minha cozinha é
contemporânea e autoral; tem como principal característica a sua flexibilidade
na forma de preparo e apresentação dos pratos. Com certeza, é a melhor maneira
que encontrei de apresentar o meu trabalho, tendo em vista que faço festas para
os mais variados tipos de pessoas.
C.V.: Tem restaurante próprio
em São Paulo? Ou, onde atua na Capital?
R.V.: Não
possuo restaurante, atuo como Home Chef, um serviço exclusivo e único de
atendimento, que vai desde a elaboração do menu até a aromatização do local do
evento. Levo em consideração as preferências do cliente, começando com as
proteínas usadas até a algum tempero em específico que remeta a alguma
lembrança positiva aos convidados, com o intuito de oferecer não só uma boa
refeição afetiva, mas uma experiência multissensorial. Levo a festa até o
cliente. Atualmente, atuo em perímetro nacional.
C.V.: Aceita encomendas? Quais seus contatos?
R.V.: Aceito
encomendas sim. Meus contatos são:
através do e-mail: renatovaiano@hotmail.com,
Instagram : @chefrenatovaiano
,
facebook: www.facebook.com/ chefrenatovaiano
e pelos Telefones (11) 98217-3482 e 98806-2265.
Fotos:
Arquivo pessoal de Renato Vaiano
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