Na tarde deste domingo, 24, um dos maiores nomes da moda do país, Reinaldo Lourenço apresentou, no Memorial da América Latina, em São Paulo, o desfile da sua nova coleção de alta-costura. 


O momento contou com a presença de celebridades e personalidades como Jade Picon, Orlando Morais, Gloria, Cleo e Anttonia Pires, Gaby Amarantos, Paulo Borges, Costanza Pascolato, Schynaider Moura, Vivi Orth entre outros, prestigiaram o estilista.





Mestre na construção da alfaiataria e de peças icônicas, Reinaldo comemora 40 anos de sua marca e reforça a identidade criativa, levando à máxima potência o savoir-faire artesanal ao qual seu atelier se dedica diariamente.


Inspirado na estética dos anos 50 de Charles James, um dos designers de moda mais influentes do século 20, as peças passeiam entre o masculino e feminino, a natureza e o espírito animal. E, claro, com um expressivo trabalho manual, com detalhes minuciosos, como bordados e adereços.





A abertura do desfile contou com um vídeo desenvolvido em parceria com Estúdio Bijari estrelado pela modelo Maria Klaumann da agência Mega, que transportou o espectador para outra dimensão.

 

Ficha Técnica

Estilista:REINALDO LOURENÇO

Diretor de Marketing: THIAGO ARIKAWA

Diretor de Desfile: AUGUSTO MARIOTTI

Diretor de Arte: LUIS FELIPE JORDÃO

Produção Executiva: LUIS HENRIQUE COSTA

Sound Design: MAX BLUM

Redação: JEFF BENÍCIO

Beleza: GUILHERME CASAGRANDE

Styling: ALEXANDRA BENETTI

Filme de abertura: OLAVO BIJARI

Assessoria de Imprensa: INDEX

Fotos: Ale Virgílio, Lu Prezia, Marcelo Soubia e Zé Takahashi

 

 


William Mendonça faz da vida uma arte traduzida em poesias que retratam o cotidiano

18 março 2024 |

 


Ele faz da vida uma poesia e, a partir dela, sua trajetória perpassa pelo jornalismo, pela música e por poemas que retratam a vida e seus meandros. No momento atuando como coordenador de Patrimônio, Acervo e Memória da Casa Heloísa Alberto Torres, em Itaboraí, no Rio de janeiro, vem desenvolvendo um trabalho que fica como legado na cultura e na educação local e nas redondezas.

 

Com tanto talento assim, só poderia ser mesmo o jornalista, poeta e músico William Mendonça – um orgulho nacional!

 

Hoje ele concedeu entrevista exclusiva para o CULTURA VIVA e, assim, relatou, um pouco, de sua jornada na arte e nas ciências. Que orgulho!

 

Acompanhe!

 

 

 

CULTURA VIVA: Pensar sua história é se deparar com o texto e, constantemente, a poesia está contida em suas obras, seja na literatura ou no jornalismo. De onde vem esse talento e inspiração? É de família?

WILLIAM MENDONÇA: Na verdade, eu sempre ouvi muita música e informação, através do rádio. Desde o berço, minha mãe usava o radinho de pilha como minha companhia e eu não consigo lembrar um momento na vida em que o rádio não tenha me acompanhado. Apesar de ser um profissional do texto, no jornalismo, sempre quis fazer rádio. A carreira acabou seguindo pelo jornalismo impresso. Já na arte, por volta dos 15 ou 16 anos, eu comecei a fazer tudo meio que ao mesmo tempo: escrever poesia, tocar violão, cantar, montar uma banda com amigos e escrever para teatro. Foi meu caminho para a maturidade. Em 1995, participei de uma Oficina de Teatro no Teatro João Caetano, de Itaboraí, e, de autor de peças, acabei me tornando ator, diretor e oficineiro de teatro. Também escrevi e publiquei muitas crônicas e artigos em jornais e ainda escrevo contos e romances de ficção científica e fantasia.

 

C.V.: O primeiro festival que participou em 1985 foi um norte para sua vida. Ali conseguiu imaginar a realidade que vive hoje?

W.M.: Não, de jeito algum. Eu tinha produzido uns dois volumes de sonetos naquela época. Escrevia diariamente e estudava um pouco da técnica, da rima e da métrica. Era inspirado pelos poetas que eu lia, como Olavo Bilac e Vinícius de Moraes. Participei do festival do Instituto Abel, de Niterói, onde eu estudava, apenas para me testar. Alguns amigos incentivaram. O segundo lugar acabou mostrando que havia alguma coisa legal ali. E os sonetos acabaram me acompanhando, pois ainda são parte fundamental do que escrevo hoje. Foi algo que desenvolvi ao longo da vida. Mas escrevo haicais, cordel, versos livres, poemas em prosa, o que der vontade. Poesia não tem limites.


 

C.V.: Além de compor poesias e se dedicar ao soneto, sua arte também passa pela música, tanto no canto, como no tocar instrumentos. Onde se realiza mais: cantando ou tocando?

W.M.: Analisando hoje, a música foi mais um meio criativo. Em pouco tempo, eu já estava compondo. Era o que eu queria fazer. Tocar e cantar eram meios para me expressar. No início, fazia sempre letra e música, fui encontrando meus caminhos. A primeira banda era chamada Carametade, de Niterói, com meu parceiro musical Ricardo Mann, minha esposa Virgínia (Nina) Gomes e outros amigos. Participamos de festivais e criamos ali um repertório legal. Também compus várias trilhas para musicais no teatro. A mais encenada é “A Voz que Clama no Deserto”, primeiro auto de São João Batista encenado em Itaboraí com direção do meu saudoso amigo Zeca Palácio, no qual eu fiz o texto e as canções originais. Hoje sou mais músico e compositor. Canto apenas para registrar o que faço. Então, o que me realiza mesmo é compor.

 

C.V.: Na área do jornalismo, o senhor tem uma história ao ser responsável por diversos veículos dedicados ao impresso nos municípios de Tanguá e Itaboraí. Como foi esse período em sua carreira? Muitas experiências?

W.M.: São trinta e cinco anos de carreira. Eu passei por várias mudanças tecnológicas, tive a oportunidade de criar cadernos culturais, ser chefe de redação em um jornal centenário, ser editor de um jornal diário por mais de cinco anos, com grande equipe, e de colaborar com mais de uma dezena de jornais da região, inclusive como colunista de cultura. De vez em quando, algo que fiz, há duas ou três décadas, é citado em algum trabalho de história, e eu percebo que estou ficando velho, ou antigo. Mas, foi um período de aprendizado e evolução. Tive bons mestres e pude também auxiliar no início de carreira de muita gente, que passou nas equipes que coordenei. Acho que isso é o que vale mais a pena.

 

C.V.: Que análise faz da Comunicação hoje na região? Falta patrocínios para se apresentar ao público um trabalho de qualidade, em todos os sentidos? Que critica faria?

W.M.: Tenho que louvar a resistência do Folha da Terra, como um jornal impresso que permanece, mesmo tendo se adequado ao meio digital. Vi, praticamente, toda a produção de jornais da região morrer nos últimos dez anos. Quando me mudei para Tanguá, na época ainda distrito de Itaboraí, circulavam naquela cidade pelo menos dez jornais, um deles centenário, outro com cinquenta anos. Os proprietários foram morrendo, e os jornais também.  A velocidade e superficialidade da comunicação pela internet acabaram matando quase todos os outros. Faltou capacidade de adaptação e hoje há pouco espaço para a mídia impressa.


 

C.V.: Sempre envolvido com a Cultura, também atua como coordenador de Patrimônio, Acervo e Memória da Casa Heloísa Alberto Torres, em Itaboraí. Como desenvolve este trabalho?

W.M.: Eu participei de vários eventos na Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, desde a década de 1990, como artista, falando poesia ou em peças de teatro, além de ter feito, a convite, os releases de várias atividades nesse tempo. Entrei para a equipe no final de 2019, ainda na área da comunicação, mas, em 2021, o gestor Alan Mota me convidou para fazer esse trabalho no setor de Patrimônio, Acervo e Memória. A ideia, como jornalista envolvido com cultura, é contar as histórias da Casa e de seus personagens, com eventos, palestras e exposições. E também acompanhar o trabalho que está sendo feito com o acervo, tanto na própria Casa, quanto no Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), onde os documentos e fotos estão sendo tratados. É uma oportunidade única, de estar na equipe de um centro cultural que pertence ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) com gestão do município de Itaboraí. A orientação do gestor Alan Mota é receber os pesquisadores, artistas e público sempre de portas abertas e com todo empenho, para difundir o legado de Heloísa Alberto Torres.

 

C.V.: Sua participação nos eventos promovidos pelo Sarau (Uni)versos Livres, organizado pelo escritor Pedro Garrido, faz total diferença e acrescenta ao seu currículo. Qual sua opinião sobre esta iniciativa?

W.M.: O Sarau (Uni)versos Livres é uma ideia brilhante, já a partir do nome, que partiu de um poeta, que é um verdadeiro motor cultural. Pedro Garrido mobiliza as pessoas. Vi muito disso no final dos anos 1980, quando participei do movimento das performances poéticas em Niterói. Lembro de outras figuras com esse perfil, mas destaco o eterno Chacal, que até hoje mantém seu CEP 20.000 no Rio. O movimento dos saraus cresceu muito depois da pandemia e acho que voltou para ficar. Como poeta e participante do Sarau (Uni)versos Livres, mas também funcionário da Casa de Cultura, faço essa ponte para o evento que acontece lá todo último sábado de cada mês, aberto a quem quiser participar.


 

C.V.: Quais são as suas redes sociais?

W.M.: Não uso muito redes sociais. Quem quiser encontrar meu trabalho, inclusive com livros para download gratuito, é só passar pelo site www.williammendonca.com.br.

 

Fotos: Arquivo pessoal de William Mendonça


Adrian Butterfly transforma as experiências da vida em poemas que levam à reflexão

17 março 2024 |

 


Ela traz um nome que inspira liberdade. Seus poemas conservam tons e palavras que levam à reflexão sobre as situações tristes do cotidiano, a falta de compreensão e respeito na aceitação do outro e, por vezes, também passa pela comédia. Enfim, ela é uma pessoa que inspira e, depois de tantos embates na vida, hoje exala palavras e versos que pregam a vida e expressam como é bom viver... Só poderia mesmo ser a Adrian Butterfly, de São Gonçalo (RJ).

 

Ela é uma talentosa escritora, poeta, Teóloga, professora e artesã, reconhecida por transformar materiais recicláveis em lindas peças. Além, disso, é gateira em tempo integral, mas sempre dedica seu tempo para a escrita de seus projetos literários.

 

Adrian conversou com CULTURA VIVA e contou, um pouco de sua trajetória.

 

Acompanhe! 

 

CULTURA VIVA: Seu nome de batismo é Adriana. Por que decidiu usar como nome artístico "Adrian Butterfly"? Sempre se dedicou à Língua Inglesa?

ADRIAN BUTTERFLY: Na verdade, sou péssima em Inglês. Esse nome me foi dado por um professor de Português quando ganhei um concurso no Colégio Municipal Estephania de Carvalho, em São Gonçalo. No dia não entendi, mas disse a mim mesma que, se publicasse um livro, eu passaria a usar esse nome. 

 

C.V.: Que fato marca seu início na poesia?

A.B.: As tristezas da vida. A vida é uma poesia, às vezes trágica, às vezes, comédia.

  

C.V.: Sua inspiração para escrever os poemas vem naturalmente ou algum fato te leva à escrita?

A.B.: Os dois, tanto pode ser uma reportagem, um sonho ou outra coisa que me inspire.

  

C.V.: Na poesia como seu trabalho se tornou reconhecido no mercado?

A.B.: No lançamento do meu livro "Pacto silencioso", que aconteceu num sarau na Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, em Itaboraí, com a apresentação do Pedro Garrido. 

 

C.V.: Em que momento da sua vida a Teologia chegou? Ela acrescenta em que o seu trabalho?

A.B.: A Teologia chegou na minha vida num momento de reflexão. Eu estava estudando para pastora e, minha professora, sugeriu que eu fosse à faculdade de Teologia. Depois, fiz Capelania e Psicologia. Essa experiência ajuda muito no meu trabalho de professora, tanto na compreensão como na orientação dos alunos e pais. 

 

C.V.: Atua ou já atuou como professora em escola regular? Que experiência tem neste setor?

A.B.: Nunca trabalhei em escolas, mas dou aulas há mais de trinta anos. Acho que tenho alguma experiência.

 

 

C.V.: Quanto ao seu talento para o artesanato é reconhecida por utilizar peças com materiais recicláveis. Qual foi a peça que mais deu trabalho para confeccionar?

A.B.: No artesanato tudo dá trabalho: seja para conseguir a matéria-prima ou para manuseá-la para se chegar ao objetivo, como, por exemplo, confeccionar flores de saco de ração. 

 

C.V.:  E a amizade com o escritor Pedro Garrido do Sarau (Uni) Versos Livres como se deu? O que ele representa em sua carreira, hoje?

A.B.: Bom, falar do Pedro Garrido é muito fácil. Ele entrou, em minha vida, quando lancei meu livro. Depois, os saraus... A amizade foi se formando e, hoje, sou reconhecida. Pedro é um grande amigo! 


 

  

C.V.: Quais são as suas redes sociais?

A.B.: No Instagram, @butterfly; no Facebook , Adriana Monteiro, e, no Tik tok, Adrian Butterfly. 

 

Fotos: Arquivo pessoal de Adrian Butterfly

 


Espetáculo “Meus Cabelos de Baobá” em Rio Bonito

08 março 2024 |

 



“Meus Cabelos de Baobá”, contemplado pelo Edital EVOÉ –RJ  valoriza a identidade negra feminina, abordando temas que se conectam a ancestralidade e a força de se reinventar através dos tempos.

 

O espetáculo “Meus Cabelos de Baobá”, com dramaturgia e atuação de Fernanda Dias, direção de Vilma Melo, e atuações de Lidiane Oliveira, Rapha Morret e Beà fará uma circulação de dez apresentações em equipamentos culturais localizados nos municípios do Rio de Janeiro, Vassouras, Valença e Rio Bonito.  Algumas apresentações terão audiodescrição e intérprete de libras.



A montagem se inspira e costura a narrativa aos argumentos de Simone Ricco, com referências nos textos da escritora Conceição Evaristo e com danças negras africanas de Germaine Acogny, bailarina senegalesa, com quem Fernanda Dias estudou em 2015, na École des Sables no Senegal.

 

A peça se desenvolve em torno de diálogos da Rainha Dandaluanda com a árvore milenar de origem africana, o Baobá.  A árvore ensina a rainha os valores africanos e desperta sua autoestima: primeiro, como menina; em seguida, como mulher e, finalmente, como rainha, consciente de sua beleza singular, de sua força ancestral e identidade negra.

 

"Podemos notar que no cenário cultural brasileiro, os padrões e valores eurocêntricos dominam a cena. A carência de uma estética negra, neste campo, ainda é uma ação recorrente. Trata-se de um conjunto de engrenagens que silencia de modo subliminar as mulheres, principalmente as mulheres negras", ressalta Fernanda Dias.


 

O objetivo deste espetáculo é além de trazer para a cena teatral uma estética que atravessa a diáspora negra, como essa diáspora, influencia a subjetividade  e na capacidade das mulheres de se reinventarem ao longo dos tempos, e como essas estéticas podem ser reveladoras a ponto de fazer com o que o não dito venha à tona. Deste modo, a narrativa apresentada traz ao espectador a possibilidade de perceber o que está por trás do que se mostra.

 

A circulação do espetáculo Meus Cabelos de Baobá contemplada pelo EDITAL DE CHAMADA EMERGENCIAL DE APOIO AO TEATRO Nº 08/2023 “EVOÉ! RJ”  através do Governo Federal, Ministério da Cultura,  Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa através da Lei Paulo Gustavo.

 

Ficha técnica

Direção: Vilma Melo

Argumento: Simone Ricco

Texto: Fernanda Dias

Elenco: Fernanda Dias, Lidiane Oliveira, Rapha Morret e Beà

Figurino: Clívea Choen

Desenho de luz: Binho Schaefer (in memória)

Operador de luz: Victor Tavares

Sonorização: Leandro Mattos

Direção musical e percussão: Beá

Concepção de cenário e projeto gráfico: Cachalote Mattos

Idealização: Fernanda Dias

Direção de produção e assessoria de imprensa : Claudia Bueno

https://youtu.be/9EAI6zqavSU

 

 

Meus Cabelos de Baobá  

Com Fernanda Dias, Lidiane Oliveira, Rapha Morret e Beà

Direção de Vilma Melo                                                                                                                    

Local: Sociedade Musical e Dramática Rio Bonitense - 

Data: 13 de março – quarta-feira – 15h30 -

Endereço: Av. Manoel Duarte, 981 - Centro, Rio Bonito             

Duração: 50 minutos.

Classificação: 12 anos

Gratuito

 

Fotos: Divulgação