Pedro Garrido e sua dedicação às palavras em poemas reflexivos

29 novembro 2023 |

 



A poesia veio suave e, sua mansidão, foi ganhando espaço, passo a passo, até que ganhou forma e, hoje, boa parte do seu tempo é dedicado a ela. Assim é o cotidiano do Poeta, Palestrante e Pedagogo Pedro Garrido, 36 anos. Mesmo trabalhando no atendimento de call center do Complexo Hospitalar de Niterói (RJ), ele, que mora em São Gonçalo, exala poesia e, ao declamar, consegue transmitir, aos espectadores, sua paixão pela arte das palavras. O público só tem a ganhar!

 

Hoje, o poeta concedeu entrevista ao CULTURA VIVA e comentou sobre sua trajetória e seu trabalho como responsável do Sarau (Uni) Versos Livres.

 

Acompanhe! 

 

CULTURA VIVA: Percebeu seu talento para o Poema muito cedo?

PEDRO GARRIDO: Na verdade, sempre gostei de escrever, mas não achava que meus textos tinham qualidade suficiente. Postava, nas redes sociais, algumas coisas que escrevia e me falavam que o que eu escrevia fazia sentido. A poesia despertou mesmo em 2018, quando participei de uma coletânea e, a crônica, acabou, lentamente, chamando a atenção de outros autores, até que veio a primeira participação em sarau, em 2019, e, desde então, a poesia aflorou ainda mais na minha vida.

 

C.V.: Como surgem suas inspirações? Costuma vir da sua observação do mundo?

P.G.: Não tem momento certo para a inspiração vir. Vem a partir de uma leitura, de um filme, de dores e questionamentos internos que acabam surgindo e o texto vem como resposta.

 

C.V.: Ser Pedagogo te ajuda a concatenar melhor as ideias e unir as palavras para dar um acabamento melhor em seus textos?

P.G.: A pedagogia e a poesia fazem total sentido na construção, dentro de um contexto cultural e emocional, enquanto instrumento de transformação da sociedade. A poesia é pedagógica; a pedagogia pode ser poética. Como meus textos são feitos de versos livres, não tenho um ordenamento específico para que as ideias tenham algum ritmo ou forma: elas surgem praticamente prontas, mas a forma como elas surgem podem ser aplicadas em sala de aula e fora dela para estímulo da leitura e criação textual.

 


C.V.: Qual foi a palestra em que considera que teve melhor êxito?

P.G.: Eu realizei duas palestras, juntamente com oficinas de poesia, em um projeto social da Terceira Idade, que é realizado no Prédio da Câmara Municipal de São Gonçalo, convidado por Joyce Amancio e Alessandra Andreão. Nessa oportunidade eu vi e ouvi muitas experiências significativas que me marcaram, além de ter duas das participantes que passaram a expor suas poesias nos saraus da cidade, motivadas por tudo que ouviram na palestra, e isso não tem preço.

 

C.V.: E qual a que avalia como a que não saiu como você queria? Teve algum motivo específico que possibilitou?

P.G.: Não, especificamente. Imprevistos podem acontecer e sempre acontecem na nossa caminhada. Mas, faz parte do processo de aprendizado. Tudo serve para que a gente possa evoluir e agregar.

 

C.V.: E o Sarau (Uni) Versos Livres que promove em diversos municípios do Rio de Janeiro? A ideia foi sua? Como tem sido estes eventos?

P.G.: Sim! A ideia é minha e tem origem no meu primeiro livro de poesias "(Uni) verso", ainda durante a pandemia. A primeira edição foi a convite de uma amiga que queria desenvolver algo em uma unidade de saúde na Fundação Leão XIII, em São Gonçalo, e eu arrisquei: "Vou fazer um sarau!". Ela topou que eu fizesse o sarau na unidade, abriu o espaço e deu ferramentas, juntamente com a Secretaria de Cultura de São Gonçalo para que pudesse acontecer e, a partir dessa experiência, continuei fazendo edições virtuais do sarau até encontrar na Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres o espaço para desenvolver edições mensais do movimento. O sarau já aconteceu em São Gonçalo, Itaboraí e Tanguá, sendo sempre emocionante o resultado de cada ação!

 

C.V.: Se alguém desejar que você e sua equipe realizem o Sarau em sua cidade ou evento é possível? Como deve proceder?

P.G.: É possível, é só me contactar nas redes sociais e vamos vir a melhor maneira de trabalharmos a agenda e parceria.

 

C.V.: Quais são as suas redes sociais?

P.G.: Facebook: Pedro Garrido; Instagram: @pedrogarridos.

 

Fotos: Arquivo pessoal de Pedro Garrido


Humberto Gessinger lança álbum em show no Rio de Janeiro

28 novembro 2023 |

 


 O cantor e compositor Humberto Gessinger lança seu novo álbum "Quatro Cantos de um Mundo Redondo" no Qualistage, no Rio de Janeiro, no dia 02/12 (sábado) em noite dividida com o Barão Vermelho. Serão dois shows completos com os clássicos do rock nacional apresentados ao lado de novas composições. No show "Quatro Cantos de um Mundo RedondoHumberto traz canções do seu 4º álbum solo, que foi lançado no digital em setembro deste ano, dividido em etapas, cada uma delas marcada por um formato musical diferente (solo, power trio, trio acústico e quarteto). O projeto também foi lançado em LP e K7 e, a pedido dos fãs, será lançado em CD.

Acompanhado de Felipe Rotta (guitarra) e Rafa Bisogno (bateria), Humberto, que toca baixo, teclados e gaita, apresenta no show suas novas composições como “No Delta dos Rios”, que chegou nas rádios do Brasil todo como 1º lugar no seguimento Pop/Rock; "Fevereiro 13", que ele fez para a filha Clara e foi gravada no icônico Estúdio Atlantis, na Suécia, conhecido por gravações com Abba, Lenny Kravitz, Elvis Costello, Roxette, Aha entre outros; além de “Começa Tudo Outra Vez”, que foi composta em parceria com a cantora Roberta Campos.

O repertório traz ainda os sucessos de mais de 38 anos de carreira como “Terra de Gigantes”, “Infinita Highway” e “Refrão de Bolero”. A nova turnê, que estreou no final de setembro em Porto Alegre, no Araújo Vianna com ingressos esgotados, também passará por São Paulo, no dia 25/11 no Tókio Marine Hall, e em Belo Horizonte, no dia 01/12 no Arena Hall. 


1Berto Gessinger - Lançamento "Quatro cantos de um mundo redondo" 
(Na mesma data, Barão Vermelho// serão dois shows completos e independentes) 
QUALISTAGE - Via Parque Shopping
Avenida Ayrton Senna, 3000 - Barra da Tijuca 
Dia 02 de dezembro, sábado, às 21 horas
Abertura dos portões - 19 horas
Classificação etária - 18 anos (Menores de 1 a 17 anos entram acompanhados de responsável legal)
Preços - De R$60,00 a R$280,00
Ingressos  pelo https://www.eventim.com.br
Bilheterias - De segunda a sábado, das 11h às 20h/ Domingos e feriados, das 13 às 20h.
No dia do evento, abertura às 11h e encerramento 30 min após início do show
Meia-entrada - Confira no link : https://www.eventim.com.br/meia-entrada as leis de meia-entrada do seu Estado, identificando quem tem direito ao benefício e os documentos probatórios solicitados na venda e no acesso ao evento. 

Foto: Divulgação


Negueto Rapper e a melodia que embala uma vida de conquistas promissoras

27 novembro 2023 |

 



Ele teve uma infância em que conviveu com realidades bem cruéis. Viu muita coisa e não podia relatar nada. Presenciou cenas que, quando muitas crianças viajavam e desfrutavam da fortuna de seus pais, ele foi obrigado, por circunstâncias da vida, a aprender lidar com a luta, a dor e o sofrimento do outro. Durante sua vida numa comunidade, em São Gonçalo (RJ), conheceu muita gente guerreira que lutou e sobreviveu as intempéries.

 

Quando a vida virou para ele e o desafiou com a imperatividade... “Agora chegou a sua vez!”... Então, decidiu reunir todo aquele contexto para mudar o seu futuro e vislumbrar a sua fé. Foi para a faculdade e, hoje, é um advogado especialista em Direito Imobiliário.

 

E não para por aí. A arte o pegou de jeito e, a partir da afeição com músicas gospel no estilo Rap, encontrou seu próprio gênero. A vida o inseriu em bandas musicais, o preparou e, hoje, apresenta ao público um dos melhores Rappers do estado do Rio de Janeiro... Negueto Rapper – um orgulho em ser humano que exala a melodia que promove modificações para muita gente!

 

Hoje, o artista conversou com o CULTURA VIVA e relatou um pouco de sua jornada até aqui. Que honra!

 

Acompanhe! 

 

CULTURA VIVA: Em sucintas palavras, como o Rap chegou em sua vida? Qual a sua relação com esse estilo?

NEGUETO RAPPER: Primeiramente, Deus me escolheu para ser porta-voz de verdades. Tive toda minha raiz fincada no Evangelho, em cultos semanais, em congregações evangélicas. O Rap encantou os meus ouvidos com o sucesso "Cachimbo da paz", do Rapper Gabriel o Pensador, em 1997, sendo um estouro nas rádios cariocas e uma das primeiras críticas sociais delatoras. O sistema que denunciava o falso moralismo das autoridades e que, de certa forma, sublimava, conseguiu espaço. No mesmo ano já ouvia a rádio Gospel FM, da Igreja Renascer em Cristo, liderada pelo Apóstolo Estevam Hernandes e a Bispa Sonia Hernandes, onde tocavam rappers, como Pregador Luo, da banda Apocalipse 16, ao qual possuo uma tatuagem no braço esquerdo de grupos, como RDJ, por exemplo, e, outra vez fora do contexto religioso, o grupo Racionais Mcs, com a música Negro Drama. Em 2013, me mudei para São Paulo com o intuito de atuar como baterista, mas fui parar no salão 100”, onde conheci, pessoalmente, algumas celebridades e fui convidado a integrar, como Back Vocal, o grupo de rap “X da questão”, em Sorocaba, que abria 30% dos shows dos racionais Mcs e o grupo Gangsta Realidade Cruel, com público equivalente a 14 mil pessoas. Ao terminar a temporada de shows, escrevi minha primeira letra, chamada Alívio, aprovada pelo grupo, com participação da cantora Deborah Pinheiro, lançada no meu álbum Acredita, lançado no ano de 2015. A minha relação com o rap é que sempre ouvi de tudo, mas não tinha esclarecimento acerca de política, geografia, diversidade cultural, poesia e militância, temas que só fui aprender ouvindo rap, e descobri que poderia me expressar verdadeiramente com a arte e colocar para fora tudo o que eu via e ouvia, como indivíduo de maneira expressiva e realista, sem mimimi.

 

C.V.: A música, em si, sempre te motivou? Dedicar seu tempo a ela reflete algo de especial para você?

N.R.: Sempre ouvi música: Michael Jackson e suas batidas, as bases pesadas, a soul music, os sucessos lançados pela gravadora Motown. Eu queria entender como tudo aquilo era possível. Ouvia Fat Family e compus a minha primeira canção, aos 13 anos, inspirado pelo Fat Family, com a música Eu não vou não. Dedicar o meu tempo me resignifica, pois me sinto inserido, útil e consagro a minha representatividade na forma de ser. Nós, negros, sempre fomos pioneiros em tudo, principalmente relacionado ao tipo de arte e à criatividade no meio social. Porém, pouco reconhecidos. Por causa disso é que os nossos ancestrais trouxeram para o mundo tudo quanto é tipo de som, arte e estilo que influenciaram várias nações e artistas, até os dias de hoje.


 

C.V.: Suas letras retratam a realidade social de muitos jovens que vivem em comunidade. Isso seria uma forma de dar voz a eles?

N.R.: Eu me preocupo muito com o que escrevo e canto, pois trago uma bagagem pesada de um passado, de um povo sofrido, lá do Morro do Feijão, comunidade que nasci, em São Gonçalo, e, simplesmente, relato o que vi, li, ouvi e vivi naquela quebrada. Não tinha como cantar outra coisa, pois nosso povo sempre cantou o que viveu. É lamentável hoje os MCs que só pregam ostentação, carros luxuosos, bebidas e cigarros na mão, imitando os americanos que, na verdade, vivem em um outro contexto social, bem diferente do nosso, aqui no Brasil, e sem falar nas muitas letras gringas que, apesar da batida pesada, só falam merda.

 

C.V.: Em sua opinião, como os governantes e grandes empresários podem colaborar para uma vida mais digna para estes jovens e adolescentes, com uma educação de qualidade e plano de carreira profissional?

N.R.: Acredito que a manutenção e a ampliação dos programas de fomento e incentivo à equiparação nos mecanismos que visem afastar a desigualdade social, já na fase inicial dos bebês de comunidades pobres, eliminando a fome por completo, trazendo mais saúde e educação, livros, mais inteligência emocional, menos inteligência artificial para que mentes não se tornem vazias e, não só o filho dos grandes magnatas tenham ensino de qualidade, pois enquanto seus filhos vão para Disney, crianças pobres com os pés descalços vagam pelas vielas  e becos das favelas apreciando o porte de armas e a devastação que a droga já causa no período gravídico de uma mãe.

 

C.V.: Por que decidiu estudar Direito, um dia? Qual a sua especialidade?

N.R.: Quis a virada de chave como diferencial dos meus demais colegas, amigos e parentes de comunidade, e almejei ser perseguido pelos sonhos e não mais por viaturas; não ser mais um daqueles meninos a sentar no banco dos réus e estar do lado de lá do sistema, não por me achar melhor, mas capaz. Todos os meus interesses na faculdade de Direito foram meramente premeditadas e intencionais nas matérias que dizem respeito a questões sociais, como  o direito à vida, à saúde, à  dignidade da pessoa humana inseridas em três dos ramos que mais me chamam atenção, como o Direito Imobiliário, que possui relação direta com a moradia dentro do escopo constitucional no Brasil, com milhões de sem teto; Direito Criminal e Criminologia, que pode ser prolatada, combatendo as violências , os abusos e as violações  cometidos pelo poder público  contra negros e pobres que, estando  longe dos grandes holofotes, são exterminados por um grupo genocida em um pais que mais mata negro no mundo,  pois favela é o lugar onde o couro come todo dia  e ninguém nunca sabe nada, e nada vê.

 

C.V.: O Direito te ajuda a entender melhor estas questões sociais que transmite em suas letras?

N.R.: A Universidade de Direito e o seu instituto, dentre suas teorias hermenêuticas e históricas, não só me ensinaram o motivo do mundo ter vivenciado e praticado o holocausto, por exemplo, na Alemanha, e o racismo em todo mundo, como me esclareceu o que é viver em uma sociedade que não tem direitos. As constituições outorgadas e promulgadas, em vários países, denotam a grande falácia que os poderosos se apropriam para, de forma muito inteligível, neutralizar a eficácia do meio. O Direito não só me ensinou os mecanismos de defesa, mas quem são os dedos que movimentam as marionetes. Eu ainda não deixei de ser marionete, pois dentro de uma filosofia, quase todos nós somos controlados. Mas, hoje, sou a marionete que observa os dedos de quem movimenta nos bonecos, e luto para me desprender destas cordas de forma mais inteligível e ainda, nos tempos de hoje, sou obrigado a ser um jurista que não só fala de Direito, mas lardeia a ausência dele na nossa sociedade.

 

C.V.: Para 2024 prepara algo de novo para seu público?

N.R.: Como ainda não sou totalmente livre, estou trabalhando em uma das duas músicas bem comerciais, de acordo com o cenário atual do TRAP (subgênero do rap). N[ão era o tipo de letra que eu gostaria de cantar, mas é a única forma de ser visto e abrir portas porque o meu estilo predileto é marreta. Mas, estou tendo a honra de lançar músicas com versos de poetas do município de São Goncalo, como Décio Machado, J C Gomes e outros que estão surgindo nesse EP chamado ‘Prosas In Rap”, com selo de Tudo pela Arte e apoio da Atriz , cantora e escritora Ligia Carvalho, e Dom Sarau.


 

C.V.: Quais são as suas redes sociais?

N.R.: Minhas redes sociais são: 

https://www.tiktok.com/@negueto_?_t=8hX4RD0O5ll&_r=1

https://instagram.com/negueto_rapper?igshid=M2RkZGJiMzhjOQ== 

https://youtube.com/@neguetoRapperRap?si=SNtkJADJ9tZrYfst

 

Fotos: Divulgação

 


 

Christiane Torloni, Edney Silvestre e Sílvia Pfeifer


O jornalista e escritor Edney Silvestre movimentou a Livraria da Travessa do Leblon com o lançamento do livro "Segredos de um Repórter" nessa quinta-feira (23).

 

Publicada pela editora Almedina Brasil, a obra reúne as dicas, truques, conselhos, histórias e alguns vexames de um dos melhores jornalistas do Brasil, escalado para cobrir marcos históricos como os atentados de 11 de Setembro e os últimos dias de Saddam Hussein no Iraque.

 

Renata Ceribelli, Maju Coutinho, Christiane Torloni, Sílvia Pfeifer, Paulo Betti e Mariana Gross estão os rostos conhecidos que prestigiaram o evento.


Renata Ceribelli, Sílvia Pfeifer e Christiane Torloni

 

Com experiência de sobra, Edney reflete sobre o faro jornalístico, a arte de conduzir uma boa entrevista e a necessidade de criar fontes. Ele lista exemplos de perguntas eficazes, explica por que um repórter deve saber mais sobre o entrevistado do que o próprio entrevistado e oferece insights sobre como lidar com as situações imprevisíveis, traiçoeiras e comuns que um repórter enfrenta durante transmissões ao vivo.

 

Edney Silvestre e Mariana Gross


Ganhador dos prêmios Jabuti e São Paulo de Literatura, Silvestre conversa com estudantes, jornalistas em início de carreira e profissionais experientes na área, além de escancarar a realidade (nada) glamourosa de quem trabalha de frente para as câmeras.

 

Sinopse do livro "Contestadores"


 

Edney Silvestre não sabia nem sequer como segurar um microfone diante das câmeras quando deixou o status consolidado de correspondente e cronista de O Globo em Nova York para, já passado dos 40 anos, encarar o desafio de virar correspondente internacional de uma das cinco maiores redes de TV do mundo. Não foi fácil. Nem sem críticas contundentes, como ele mesmo admite neste livro, que é uma mistura rica e bem-humorada de bastidores de notícias, memórias de tropeções e de acertos em coberturas e entrevistas. Com a mesma audácia que enfrentou a timidez, a dislexia e as dificuldades de fala, Silvestre é um dos grandes repórteres da TV brasileira, tendo coberto desde os horrores dos atentados terroristas do World Trade Center, até percorrido o tapete vermelho do Oscar, entrevistando algumas das maiores estrelas de Hollywood, dos teatros da Broadway e da música internacional. A lista de celebridades que compartilharam o microfone com ele é longínqua. Ganhadores do Prêmio Nobel, artistas formidáveis, nomes do universo musical, da MPB, além de (seus entrevistados favoritos) as mulheres e os homens admiráveis e anônimos do nosso país, mostrados em seu programa Brasileiros. Hoje consagrado como um dos melhores jornalistas de sua geração, e um dos grandes correspondentes internacionais que já passaram pela TV Globo, Edney Silvestre firmou-se também como escritor de ficção, vencendo o Prêmio Jabuti de Melhor Romance e o Prêmio São Paulo de Literatura, os dois maiores prêmios literários do Brasil, pelo romance Se eu fechar os olhos agora. Aqui, ele conta, sem restrições, como foi este percurso vitorioso. Nunca nenhum repórter revelou bastidores tão profundamente.  

  

Um pouco mais do evento:

 

Edney Silvestre e Sílvia Pfeifer


Edney Silvestre e Renata Ceribelli


Edney Silvestre e Maju Coutinho


Paulo Betti

 

Renata Ceribelli e Maju Coutinho 

 

Fotos: Almedina Brasil

 


Pedro Rodrigo e a Dança que conduz uma vida profissional de conquistas

26 novembro 2023 |

 



Ele faz da vida um passo de Dança. Talento, empenho e dedicação refletem seu trabalho, que marca uma geração de artistas que se engajam em projetos que, concretizados, chegam a ser premiados até fora de sua cidade, Rio Bonito, no interior do Rio de Janeiro. Assim é o cotidiano do jovem Pedro Rodrigo. Produtor Cultural e apaixonado pela Dança, de forma em geral, escreve um novo capítulo de sua história a cada dia, deixando sua boa impressão em dezenas e mais dezenas de espectadores. Viva! Bravo! Mil aplausos para este mestre dos palcos!

 

Hoje, o rapaz conversou com o CULTURA VIVA e abriu o livro de sua vida profissional.

 

Acompanhe!

  

CULTURA VIVA: Seu talento para a Arte e a Dança vem de família?

PEDRO RODRIGO: Minha família não tem histórico em relação à Arte. Então, acredito que, por ter tido uma infância meio solitária, estimulou a minha criatividade e imaginação, que são fundamentais para todo artista.

 

C.V.: Sempre teve apoio de familiares e amigos na decisão da carreira? 

P.R.: Para todo artista é meio difícil essa aceitação e apoio da família e dos amigos. Então, no início, meu trabalho não era levado muito a sério. Com o tempo, tive que provar, para mim mesmo, que poderia seguir nesse caminho, mas, através de muito trabalho, persistência e conquistas.


 

C.V.: Qual foi o momento mais complicado que já encarou em um dos seus trabalhos artísticos?

P.R.: Recentemente, dentro do período de um ano, tive três dos maiores e mais desafiadores trabalhos da minha carreira: o meu grupo de dança, chamado Sense Companhia, foi o primeiro da história de Rio Bonito a ser aprovado e a participar do Festival de Dança de Joinville (SC), reconhecido como o maior do mundo. Também Idealizei e produzi o Festival de Artes de Rio Bonito e o Show Transfigurar da cantora Castilios. Foram projetos que exigiram bastante da minha saúde física e mental.

 

C.V.: Teve algum tipo de Dança que mais demorou a acertar o passo?

P.R.: Eu já estudei algumas danças e, sem dúvidas, o Ballet Clássico foi a mais desafiadora. Apesar de ser maravilhoso, é um estilo de dança que exige muita disciplina, dedicação e constância. Então, a minha história no Ballet acabou sendo bem curta.

 


C.V.: Para uma pessoa que deseja aprender a dançar um ritmo específico leva quanto tempo, em média, para estar perfeito? Nesse caso, o que pode atrasar o desempenho desse aluno?

P.R.: Qualquer pessoa, em qualquer idade pode (e deve) dançar. Mas, existem alguns fatores importantes que diferem o tempo e o processo de cada pessoa. Como, por exemplo, se a pessoa quer ser uma bailarina profissional, com certeza, levará anos para ela atingir um nível profissional. E, para alguém que quer dançar como hobbie e apenas se divertir, nas primeiras aulas ela já está dançando. Mas, tudo depende de como a essa pessoa se dedica à dança. Sua dedicação ou falta, é o principal fator para ajudar ou atrasar a evolução de alguém.

 

C.V.: Dos espetáculos que já participou, qual o que deu maior visibilidade ao seu trabalho?

P.R.: Estou muito feliz com a repercussão do espetáculo “Cartas da Noite” da Sense Companhia, que foi estreado no Festival de Artes de Rio Bonito e será reapresentado no dia 09/12, com entrada gratuita, na Sociedade Musical e Dramática Rio Bonitense. Como diretor, coreógrafo e bailarino, sinto que elevou meu trabalho na cena cultural riobonitense.


 

C.V.: Em sua opinião, os riobonitenses gostam da Dança de forma geral, ou apenas apreciam?

P.R.: Em 10 anos que atuo na dança, em Rio Bonito, sempre me impressionei em como as pessoas aqui gostam e são engajadas em relação à dança. A dança, em Rio Bonito, é muito rica, com estúdios, grupos e profissionais. E me alegra ver que existem pessoas de todos os lugares e idades que amam dançar!

 

C.V.: Quais são suas redes sociais?

P.R.: Todos os meus trabalhos e projetos podem ser encontrados no Instagram com os endereços @pedro.rodrigoss, @festivaldeartesderiobonito, @sensecompanhia e @boaformadanca, além dos canais no YouTube dos mesmos.  

 

Fotos: Arquivo pessoal de Pedro Rodrigo


Danielle Corrêa relata sua trajetória de excelência na Educação

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Ela é uma professora que faz história na Região dos Lagos e representa muito bem a sua classe. A cada dia que passa, mais se dedica à Educação e o conhecimento que adquiriu transmite aos colegas de profissão até em sua rede social.

 

Sem dúvidas, Danielle Corrêa é um ser humano que faz a diferença e o Estado do Rio de Janeiro tem orgulho em acolher uma pessoa tão responsável e capacitada como ela.

 

Hoje, o CULTURA VIVA conversou com ela e a mesma relatou um pouco sobre sua trajetória profissional.

 

Acompanhe! 

 

CULTURA VIVA: Enveredar pelo caminho da Educação foi uma decisão sua ou recebeu influências?

DANIELLE CORRÊA: Desde muito nova sempre pensei em ser professora. Iniciei no Magistério aos 14 anos, sendo professora auxiliar de turma e, desde este período, não consegui mais optar por outra profissão.

 

C.V.: Como avalia o mercado de trabalho na Região dos Lagos? Considera a Educação o caminho mais possível para se conseguir uma oportunidade, se comparado a outras profissões?

D.C.: Considero que o mercado de trabalho, na Região dos Lagos, melhorou muito. De acordo com o aumento do número de pessoas que migraram para essa região, proporcionou, para muitos, a oportunidade de emprego, principalmente na área da Educação devido ao aumento de alunos nas Unidades Escolares em toda a região. Diante desta questão, as pessoas tiveram muitas oportunidades de emprego nesta área, principalmente o ingresso ao Magistério, através do concurso público.


 

C.V.: Sua vida é marcada e pautada na Educação. Que fato marcou melhor sua trajetória até aqui, dentro da função?

D.C.: Sim, nunca exerci outra função fora da Educação. Iniciei a minha jornada no Magistério sendo auxiliar de turma, depois passei a ser professora. No ano de 2009 fui convidada a assumir uma direção de escola, na qual atuei por 13 anos e, atualmente, trabalho em dois departamentos na Secretarias de Educação, com assessoramento técnico/pedagógico.

 

C.V.: Por quanto tempo a senhora lecionou? Qual é o seu currículo?

D.C.: Sou professora do Primeiro Segmento do Ensino Fundamental, fiz Licenciatura de Matemática na Universidade Salgado de Oliveira e Pós-graduação em Gestão Escolar na UFF. Trabalhei, dos 14 aos 23 anos, em escolas particulares, no Município de São Gonçalo. Atuei como professora contratada por 4 anos no município de Iguaba Grande. Sou concursada dos municípios de São Pedro da Aldeia e Iguaba Grande como professora, há 20 anos. Atuei como Diretora de escola por 13 anos. Participei como membro dos Conselhos Municipais de Educação e do Fundeb. Fui tutora por 5 anos do Programa Formação pela Escola. No ano de 2022, atuei em sala de aula como professora por três meses. Atualmente, trabalho na Secretaria de Educação de São Pedro da Aldeia, coordenando a Equipe Pedagógica da Secretaria de Educação, assessorando nos Programas Federais e no Saeb. Em Iguaba Grande, assessoro nos Programas Federais, sendo Formadora para os professores do 4º e do 5º ano do Primeiro Segmento, na Disciplina de Matemática, e como Coordenadora do Saeb.

 

C.V.: Como foi o seu período como Diretora de Escola? Encontrou muitos desafios?

D.C.: Foi um período de muito sucesso! Recomendo todo professor passar por uma Direção de Escola. Os desafios sempre são superados e o crescimento profissional é muito válido para quem deseja ser um Diretor. Atuei nesse cargo por 13 anos e consegui trazer para escola muitas conquistas, seja na esfera administrativa, pedagógica, na parte da infraestrutura (onde adequei com recursos próprios da Escola e verba federal: ar condicionado para todas as salas de aula, por exemplo), e  tenho muito orgulho de ter conquistando a nota do IDEB, respectivamente 6.3, 7.2 e 7.2 em três versões consecutivas para esta Unidade Escolar, colocando o município em lugar de destaque em todo o Estado do Rio de Janeiro.

 


C.V.: A que se deve essa conquista do resultado do IDEB no período em que foi  Diretora?

D.C.: A muito trabalho em conjunto com a equipe, inclusive de ir também para sala de aula junto com o professor e ensinar o que eu sei para os alunos, além de ajudar a controlar a frequência dos alunos, evitando a evasão escolar e fazendo, principalmente, visita domiciliar para trazer de volta esse aluno para a escola. Além disso, é importante entender o que é IDEB e estar sempre atento às legislações que estão vigentes. Isso é fundamental para ter um resultado satisfatório.

 

C.V.: Atualmente, onde está trabalhando?

D.C.: Por ser uma pessoa muito interessada e comprometida com tudo o que faço, recebi, no ano de 2022, um convite para atuar na parte pedagógica/ técnica do município de São Pedro da Aldeia e de Iguaba Grande. Além de cuidar de toda a parte que envia recursos para os municípios e para as Unidades Escolares através dos Programas do FNDE, coordenei, junto com toda a Equipe das respectivas Secretarias, a preparação para o Saeb 2023 devido à minha experiência nesta Avaliação Externa. O trabalho que foi realizado durante todo o ano letivo, envolveu, acima de tudo, formação profissional para os Professores e adequação dos Conteúdos para ambas as Redes Municipais, dando a possibilidade das Unidades Escolares do campo terem a possibilidade de obter a mesma oportunidade de aprendizagem para as turmas do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental.

C.V.: Te sigo nas redes sociais e percebo que se dedica sempre a formar educadores pelas  redes sociais, tendo uma boa visibilidade e um bom êxito. De quem foi a ideia?

D.C.: Não vejo problema nenhum em repassar conhecimentos que aprendo através das minhas redes sociais, geralmente via storie. Entendo que um profissional atualizado e capacitado consegue fazer um trabalho melhor em sua Unidade Escolar. 


 

C.V.: Tendo ciência do novo Plano de Educação que está sendo discutido pela esfera federal, o que os municípios, onde atua, tem feito para contribuir com essa questão?

D.C.: Durante este ano realizamos, no município de São Pedro da Aldeia, a Conferência Municipal de Educação intitulada “Avaliação e Monitoramento das Metas e Estratégias do Plano Municipal 2014/2024” e, seguindo uma recomendação Estadual, realizamos, recentemente, a Conferência Intermunicipal de Educação entre os municípios de São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Araruama, onde discutimos os eixos que serão apresentados no novo Plano Nacional de Educação, trazendo por representatividade os diversos segmentos da sociedade e da área Educacional dos respectivos municípios.

 

C.V.: Quais são suas considerações Finais?

D.C.: Agradeço aos meus Secretários Sheila de Moraes Santos Atalla  e Jales Lins de Oliveira pela oportunidade e confiança do trabalho que está sendo realizado neste ano de 2023. Sou grata, também, a todos os Secretários que passaram em minha jornada profissional: Dulcinéia Bertozzi , Zilda de Oliveira, Enildo Pereira, Marli Cândido e Fred de Carvalho.

 

Fotos: Arquivo Pessoal de Danielle Corrêa