Bob Cunha... Uma coreografia da vida

30 novembro 2008 |


O dançarino e coreógrafo Bob Cunha, 48 anos, dedica seu tempo integral à Dança. Em parceria com Áurya Pires, forma uma dupla que encanta o público em todas as apresentações. Nesse ano, faria números ao ar livre no evento “Arte em Laranjeiras e Cosme Velho”, no Rio de Janeiro, mas devido à chuva, não foi possível. Premiado, respeitado no mundo da Dança e com agenda cheia com shows também no exterior, Cunha deu entrevista exclusiva para o “Cultura Viva”.


CULTURA VIVA: Em que momento de sua vida despertou o desejo pela Dança? Quando tomou a iniciativa de se dedicar a ela, teve apoio da família ou houve resistência?
BOB CUNHA: Já tinha feito moda, pintura e estudava Arquitetura; então comecei a fazer dança. Na época não existia bolsista, então pagava pelas minhas aulas de turma e particulares. Sem mais dinheiro, comecei a dar aulas para fazer aulas. Por problemas particulares e também pela dança não falo com minha irmã há doze anos, e minha mãe, quando viva, também não era a favor.


C.V.: Você e a Áurya Pires formam parceria há muitos anos. Na sua opinião, a que se deve essa sintonia?
B.C.: Responsabilidade. No geral, as pessoas acham que tudo é uma grande brincadeira e desde o início a Áurya sempre foi muito responsável. Com o tempo e muitas aulas Jazz, Contemporâneo, Tango, Dança de Salão, Pilates e mais a experiência do palco trouxe uma qualidade acima da média. No meu caso a coragem de novos desafios, que, a meu ver, são desafios para uma pessoa mais jovem e não para alguém de 48 anos (às vezes arrisco até minha saúde e minha vida). Enfim, popularidade não tem nada a ver com qualidade!

C.V.: Com um currículo tão vasto, pode-se analisar um Bob Cunha ontem e hoje mediante a experiência adquirida. Para a arte da dança a dedicação é importante ou basta o dom?
B.C.: Dedicação total, a Dança não admite stop, preguiça, cansaço, e sobreviver dela não é fácil. “Dom”, isso não é fundamental. Somos realmente um país de Terceiro Mundo. Fala-se de cultura, mas o apoio é ínfimo, falta apoio municipal, estadual, federal e da iniciativa privada; espaço na mídia para tudo isso ser falado (cobrado) . Eu hoje continuo exigente, sou mais ponderado, dança para lazer, dança para terceira idade e dança para profissionais. Continuo tentando entender que os jovens políticos podem mudar essa favelização geral e também da Educação. Tem muita gente que não vive da Dança, não tem um RG, mas atrapalha, suja e prega conceitos sem nenhum respaldo. Acho que as informações deveriam chegar de uma forma mais transparente ao público.

C.V.: Como analisa o “Arte em Laranjeiras e Cosme Velho”? Eventos desse porte têm apoio da sociedade e de empresários para sua realização? Há interesse de empreendedores?
B.C.: É a primeira vez que participamos, e a apresentação não aconteceu por causa da chuva. Nos outros anos, estava viajando. Quanto ao apoio, eu não sei, porque fui convidado para dançar, não faço parte da organização. Acho que a sociedade e empresários têm que ter algum abono para apoiar a cultura e para a classe, muito mais do que uma Lei Rouanet, que não funciona.

C.V.: Que dica você daria a quem está começando, profissionalmente, na arte da Dança?
B.C.: Vou ser prático e direto, tudo é difícil, além de muito esforço, dedicação e disciplina, se tiver a chance tente carreira no exterior. No seriado “Bope” tem um paradigma, ou você se omite ou se corrompe ou vai à guerra. Eu fui à guerra. Faça a sua opção e boa sorte!

Bob Cunha e Áurya Pires
Contato para aulas, shows e eventos dentro e fora do Brasil:
Tels.: 21 – 25567765 / 96293072
auryapires@yahoo.com.br
www.bobcunhayauryapires.com

A Árvore de Natal da Lagoa é um sonho!

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A inauguração da Árvore de Natal da Lagoa ontem, dia 29 de novembro, foi marcada por muitos imprevistos. Minutos antes de dar início ao espetáculo que faria a abertura oficial do evento, a natureza fez sua participação: começou a chover. Centenas de pessoas e dezenas de famílias, que lotaram o Parque do Cantagalo, na Lagoa Rodrigo de Freitas (RJ), já estavam cansadas de esperar tantos minutos para o grande momento. Mesmo com imensos transtornos, por volta das 20h50m, a produção teve que atender ao desejo do público: soltou um som de orquestra e iluminou a Árvore, no meio da Lagoa. O povo gritava, emocionado. A construção de 85 metros traz anjos, notas musicais e um tema especial, “Uma melodia de paz para a família brasileira”.
Em seguida, os artistas convidados, deram início à programção, reduzida pela intempérie. Entre os artistas, se apresentaram: Roberta Sá, Turíbio Santos, Carol McDavit, Elba Ramalho e João Bosco, apresentados pela jornalista Renata Fan, da Rede Bandeirantes de Televisão.
Sobre o evento, a funcionária pública da área de Justiça, Hustenira Fragata, 53 anos, considera o evento uma tradição. “É o terceiro movimento maior. Primeiro é o carnaval; segundo, o revéillon. Um evento gratuito que as pessoas estão sempre esperando. Eu acho o máximo! É, sem dúvida, uma pré-confraternização”, disse.
Também na platéia, a operadora de Telemarketing, Silvia Silveira, 41 anos, faz parte da inauguração todos os anos. “Acho superinteressante acontecer eventos como este nessa época do Natal. Isso é mais cultura. Para nós que somos amantes das artes, gostamos muito disso”, afrmou.
Com apoio da Bradesco Seguros e Previdência, Prefeitura do Rio e Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Árvore de Natal da Lagoa fica posta até o dia 6 de janeiro de 2009.
Vale a pena conferir tamanha beleza!

Natal no Circo: uma homenagem aos Palhaços - Edson Soares

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Desejo a todos os admiradores do jornal Cultura Viva e do nosso Blog um Feliz Natal, repleto de paz, amor, saúde e união sem falsidades! Nesse ano, fiz uma homenagem diferente: comemoro o Natal com todos vocês homenageando os Palhaços - os maiores artistas do mundo - que levam humor não só às crianças, mas aos adultos também. E, a propósito: quem nunca fez uma "palhaçada" na vida? De certa forma, todos nós já atuamos como "palhaços" em algum momento. Só que não tivemos tanto talento como eles, os profissionais, claro!
Que o Senhor Jesus renasça em cada coração!
Assista: http://www.youtube.com/watch?v=b3zYJj87MCU

Qual a maior dificuldade do aluno hoje na escola?

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“A dificuldade é uma dona-de-casa sair cedo, chegar tarde, cansada e ainda ir para o colégio.
Tem também a dificuldade que vem pela idade porque as matérias são diferentes, complicadas. Tive que passar por muitos obstáculos, principalmente da vergonha de ter que estudar com pessoas mais jovens que eu, mas acabei tirando de letra. Foi uma grande conquista, uma vitória e realização de um sonho.
Hoje passo essa experiência para todos aqueles que querem estudar na minha idade. É só ter fé e confiar em Deus.”

Alzenira Gonçalves
Estudante

Nilza Moraes Rolim lança 'Estados D'Alma'

28 novembro 2008 |


A poetisa do município de Rio Bonito (RJ), Nilza Moraes Rolim (foto), lançou o livro "Estados D'Alma", no dia 5 de novembro, no Salão Nobre do Esporte Clube Fluminense, no Centro da cidade. A noite foi um marco para o público presente. Com apoio da Prefeitura Municipal de Rio Bonito, Nilza realizou um de seus sonhos: publicar seu próprio livro. Familiares, amigos e admiradores dos textos da professora aposentada, lotaram o ambiente e participaram de um evento especial, com apresentações musicais e alunos das escolas municipais declamando poemas contidos em "Estados D'Alma" em homenagem à escritora. A obra foi distribuída gratuitamente a todos os presentes.
Sucesso, dona Nilza, a senhora merece!

Da Informática para os palcos... Rodrigo Rocha!

27 novembro 2008 |


“Não fui eu que escolhi esta carreira, e sim ela me escolheu”. Esta frase do ator Rodigo Rocha, 26 anos, revela o segredo de seu sucesso. Aos 17, se dedicava por completo à área de Informática, onde fez cursos, lecionou como professor de Informática Básica e chegou a se formar em Bacharel em Informática. Com o passar do tempo, o cotidiano “cibernético” do rapaz foi se tornando estressante demais. Por passar horas frente ao computador, Rocha buscou algo para relaxar. E, como a vida tem seus planos, no meio do caminho, surge uma nova proposta. “Por acaso, andava por uma das ruas próxima à minha casa, e cruzei com um cartaz amarelo chamativo que tinha informações sobre um curso de teatro. Foi aí que comecei a fazer o curso e me apaixonei pela área de artes cênicas. Depois de alguns anos larguei tudo e quando percebi, estava me dedicando por completo nessa área. De inicio, quase ninguém sabia, fazia o curso por prazer próprio. Logo depois que tive minha primeira estréia nos palcos, convidei amigos e familiares para assistir e, desde então, sempre tive o apoio de todos”, detalha.
Preparado para atuar, o ator fez uma oficina de teatro básico. Em seguida, encarou um curso profissional técnico. Toda sua formação, em Curitiba (PR), teve muito esforço: passou por uma banca junto ao SATED do Estado para ter o registro DRT. “Hoje em dia é muito importante para quem quer seguir essa área ter alguma formação, pois cresce absurdamente a concorrência dia após dia. Se o ator não tem um diferencial, acaba mesmo ficando para trás. Precisamos estar sempre nos atualizando, fazendo cursos e buscar sempre novos horizontes em paralelo”, orienta.
Entre os principais trabalhos que já atuou, estão: “Guerra dos Sexos - Um casamento pra lá de Pós Moderno”, onde foi sucesso no Festival de Teatro de Curitiba 2008. “Esse espetáculo teve casa lotada todos os dias, e tivemos que abrir sessão extra. Foi um trabalho muito gratificante onde pude contar com minha amiga-atriz Gil Priandi”, detaca. “Parem o Mundo que eu Quero descer”, “A Vida Após o Casamento”, o musical “Música para Ver, Dança para Ouvir”, dentre outros. Na TV fez alguns episódios de um seriado para um programa local de Curitiba, comerciais e gravou alguns pilotos, como da novela “O Novo Síndico”. No cinema, participou no filme “Corpos Celestes”, além de alguns festivais com diversos curtas.
Sobre a mídia, o jovem atuante, tem sua opinião formada. “Acredito que está melhorando o espaço para as pessoas pouco conhecidas, pois a própria mídia tem buscado caras novas. Antigamente era sempre o mesmo pessoal nas telas dos nossos televisores e cinemas. Mas se pararmos, hoje, na frente de uma TV, veremos que existem diversas pessoas pouco conhecidas. E isso é muito bom para aqueles que buscam o seu espaço. Sempre haverá indicações, seja hoje, ontem e amanhã. Assim também como sempre haverá testes e por aí vai, mas diante de tudo isso, acredito que o momento seja favorável para aqueles que buscam o seu ingresso na mídia”, opina.
Especificamente sobre o teatro, Rocha acredita que “seria mais interessante se as pessoas fossem mais ao teatro ou qualquer outro tipo de cultura”. Ele ressalta que uma peça, em si, leva muitas pessoas ao teatro quando o ator é divulgado na mídia. Se um espetáculo for montado com atores não reconhecidos, é complicada sua valorização. “As pessoas reclamam muito dos preços das bilheterias do teatro, sendo que muitas vezes um lanche em um shopping sai mais caro do que assistir um bom espetáculo. Porém, tudo isso é contraditório, pois nosso público está disposto a pagar qualquer preço para um espetáculo com pessoas famosas. Acho que a consciência cultural do nosso país precisa amadurecer e muito. E não podemos esquecer do grande problema que enfrentamos hoje com as carteirinhas de estudantes falsificadas, onde todos os produtores elevam o preço, pois a grande maioria paga somente meia entrada, e quem não tem esse benefício acaba deixando de ir ou paga um preço absurdo. Isso dificulta sempre a valorização do teatro”, reclama.
O ator garante que o profissional precisa ter sorte, conhecer pessoas certas, estar no lugar certo e na hora certa para que conquiste espaços no mercado. “Tudo isso pode influenciar na sua carreira. O importante é estar aberto a novas oportunidades. Quem faz o que ama com muito carinho, tem grandes chances de ter uma carreira ascendente.”
Para 2009, Rocha busca novos horizontes. “Me desprendi da minha cidade de origem (Curitiba). Atualmente, estou morando em Campinas (SP), onde pretendo fazer cursos e estar me aperfeiçoando. Tenho conhecido pessoas maravilhosas. Já tenho alguns projetos no teatro selecionados para 2009. Acredito que estar em um novo Estado, posso estar abrindo portas e aumentando as opções de trabalho. Quero estar fazendo trabalhos nos palcos, estar ligado a algum trabalho beneficente, acreditando sempre que o próximo ano vai ser melhor que o anterior!”, acredita o jovem.

Lino Corrêa estréia na Rede TV!

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Lino Corrêa, sucesso na TV, no teatro e no cinema, estará na novela "Afinidade" a ser exibida em 2009, na Rede TV! O ator viverá o personagem "Dr. Peçanha" e promete muitas novidades na telinha. Aguarde!
Na foto em destaque, Lino está nos batidores da gravação.

Mulheres entendem de futebol?

25 novembro 2008 |

Quem disse que mulher não entende de futebol?

Em rodas de amigos, em qualquer discussão sobre futebol, a presença masculina é sempre predominante. Mas a idéia e o preconceito de que só eles é que entendem e que podem discutir sobre o assunto está indo por água abaixo. Lançado recentemente, há um pouco mais de um mês, o site Bela da Bola (www.beladabola.com.br) chegou para mostrar que a mulherada não só sabe sim de futebol, como também adora esse esporte como muitos homens.

O site é escrito apenas por jornalistas mulheres que são apaixonadas pelo jornalismo esportivo e principalmente por futebol. A idéia surgiu em maio do ano passado, quando a estudante de Comunicação Social Fernanda Belém resolveu criar um blog, com o mesmo nome do atual site, para poder escrever crônicas de jogos, cobrir treinos e entrevistar jogadores. Ela só não contava que o número de visitas pudesse crescer tão rápido, sem divulgação.

Foi então que depois de um ano, resolveu que estava na hora de profissionalizar um pouco mais a sua idéia. Convidou outras três amigas, que também são apaixonadas pelo esporte e juntas colocaram as mãos na massa e estão dando o que falar. Isabella Amorim, Pamella Lima, Raquel Vieira e Fernanda Belém formam o time Bela da Bola e ainda contam com a participação especial da jornalista da rádio Manchete, Marise Zuriaga, que por muitas vezes colabora com o grupo com matérias super interessantes e entrevistas importantes com as estrelas do futebol.

- Quando Fernanda me chamou, nem pensei duas vezes. Sou apaixonada por futebol desde criança e adorei a idéia de poder ter um site sobre o assunto e invadir esse espaço que ainda é tão restrito aos homens – declara Isabella.

Atualmente o foco do site é o futebol carioca, mas as meninas não pensam em ficar só pelas terras do Rio de Janeiro não. Esperam conseguir montar, o mais breve possível, uma estrutura sólida e crescer cada vez mais.

- O projeto bela da bola é uma proposta original que tem o objetivo de dar visibilidade ao trabalho de mulheres jornalistas (estudantes e graduadas) no futebol. A idéia fundamental é dar oportunidades e mostrar a capacidade feminina em lidar com o esporte em questão, provando que futebol não é uma questão de gênero, mas é concebido por quem gosta e entende, sejam homens ou mulheres – explica Pamella Lima.

Se você ainda não viu essa novidade no meio do futebol, confira o quanto antes.

- O site ainda não está completo, faltam alguns ajustes, mas já contamos com algumas entrevistas exclusivas, crônicas e colunas. Convidamos a todos para que confiram o site e nos enviem sugestões e críticas, para podermos ir melhorando cada vez mais. O site ainda é um bebê, mas logo ele estará no ponto. – finaliza Fernanda.

Como é o dia-a-dia de um Fã-clube?

23 novembro 2008 |


“No caso do Fã-clube da Fafá de Belém, não foi muito difícil montá-lo. Entrei em contato com o escritório da empresária dela (Marina Ghiaroni), me pediram algumas informações pessoais e, em alguns dias depois, o fã-clube estava autorizado.
A Fafá é sempre muito presente em tudo o que acontece com o fã-clube. É muito atenciosa com todos os membros, atendendo a todos da melhor maneira possível, faz fotos, dá autógrafos, etc.
Costumamos dizer que o fã-clube é a Família Fafá, quase todos participam bastante. Não posso dizer que fazemos encontros sempre, porque temos membros de vários estados do Brasil e até fora, como Portugal e Estados Unidos, mas a Fafá conseguiu unir o grupo de uma maneira muito forte.
O nosso dia-a-dia é tranqüilo: eu e Marina Vieira, que também faz parte do fã-clube, fazemos sempre uma busca na internet, revistas e jornais por notícias da Fafá; a Marina atualiza o site do fã-clube, com as notícias encontradas, com fotos de shows e datas de novas apresentações. Eu respondo os e-mails e atualmente administro duas comunidade referentes à Fafá no orkut (Fafá de Belém é Diva e Doidinhos da Fafá). Nossas atividades são maiores quando temos show e lançamentos de CD. Nessa época ligamos para rádios, escrevemos para programas de TV pedindo músicas e participação da Fafá na programação. Ainda fazemos camisas, geralmente com a capa do CD que está sendo lançado para a estréia do show, recebemos membros do fã-clube aqui no Rio ou somos recebidos em outros estados ou cidades para as apresentações.”

Érica Freire Távora
Fã-Clube Tua Presença de Fafá de Belém
São Gonçalo (RJ)
http://www.fctuapresenca.com.br/

Como é o dia-a-dia de um Fã-clube?

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“Não temos uma sede (ainda), mas as reuniões acontecem mensalmente em Mossoró (RN), onde residem a maioria da presidência do FÃ-CLUBE, que foi fundado em 2000. Somente em 2005 Joanna assinou a ata e participou da solenidade de posse e oficialização. Nosso contato com ela é muito próximo. Ela não participa de todas as reuniões de corpo presente, mas se mantém informada de tudo o que acontece e sempre que possível está conosco. Recentemente, promovemos mais um encontro de 14 a 17 de abril com ela em todos os momentos e a acompanhamos em turnê pelo Nordeste.
Nosso dia-a-dia é ativo, promovemos obras de ação social nos bairros carentes de Mossoró; estamos sempre juntos comemorando seja o que for, com o escudo do fã-clube a frente (carnaval, copa do mundo, São João, etc.); pagamos uma mensalidade para gastos locais e quando é para as viagens nos juntamos para sair mais barato. O importante é manter esses vínculos com a cantora, que é sempre muito atenciosa conosco. Nenhum fã-clube se mantém sem união e compreensão dos associados: o nosso é um exemplo disso.”

Fernando Filgueira Barbosa JúniorFã-clube Oficial Encontros e Encantos de Joanna
Pau dos Ferros (RN)


"Quando a gente amadurece..." - Edson Soares

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... A vida revela um novo lado, onde as cores e as circunstâncias não se traduzem mais por máscaras, não há muita novidade nos resultados, sejam favoráveis ou não; as ilusões encontraram seu fim e o que era mágico agora se veste da verdade nua e crua. Parece que o mundo virou uma rotina constante em todos os setores, ou seja, a regra funcional é a mesma para os diversos campos da existência.
Com relação à vida afetiva, nos achamos, em certos momentos, mais sensíveis e compreendemos melhor o outro ser. Mesmo quando a intolerância quer ascender, entendemos o limite, a hora de darmos um ponto final nas questões e, assim, conseguimos apertar na tecla “pause”. Evitamos, com isso, tragédias. Ganho conquistado com o amadurecimento.
Ainda assim, guardamos no peito os anseios de menino e sonhamos com coisas que ainda aguardamos o curso natural das situações. Tem causas que não dependem do nosso esforço ou vontade, mas de terceiros. Lamentamos, mas somos obrigados a esperar. A tolerância também é um fruto valioso de alguém amadurecido.
De nada ou para nada adianta a ansiedade, o desespero e o estresse. Estes só levam à morte. Quem de fato tem idade e amadurecimento suficiente para encarar a vida com presteza, consegue entender suas facetas, desvendar os seus códigos e, então, tira de letra as respostas para continuar sobrevivendo... Porque a vida é um milagre que merece ser respeitado e aproveitado.
Se você ainda não consegue enxergar os seus momentos assim, procure amadurecer e verá que as impossibilidades podem se tornar facilidades a partir do seu comportamento e prisma das situações vigentes. Tente.

Cultura de 25 anos

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Em 1982, um projeto valioso se torna realidade. Um grupo de crianças acompanhadas por alguns profissionais apresenta ao país “A Turma do Balão Mágico”. Entre as crianças que participaram, Simony, Jairzinho, Tob, Mike e Ricardinho. A proposta retratava a infância sadia dos anos 80 e encantou o público. Crianças e adultos curtiam a garotada ao som de “Superfantástico”, “Amigos do Peito”, “Barato bom é da barata” e “É tão lindo”, em meio a dezenas de sucessos. Foram mais de dez milhões de discos vendidos. Participaram, em algumas canções, Roberto Carlos, Fábio Jr., Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Simone e Erasmo Carlos.
O sucesso foi tão grande que em 1983 a Rede Globo contratou o grupo para apresentar o infantil “Balão Mágico” e durou até 1986. Na companhia de Luciana (prima de Simony), Fofão (mistura de homem com cachorro) e Castrinho que, além de ajudar a comandar o programa, também interpretava o personagem “Cascatinha”. Essa turma emocionou gerações, lotava estádios e casas de espetáculos. Inclusive, quando se apresentavam no evento anual “Chegada de Papai Noel no Maracanã”, arrancava gritos da multidão, e nos shows no Scala Rio, estendiam as datas em cartaz. Era a infância mais pura, simples e ingênua. Precocidades vieram depois com o novo formato de programa infantil.
Enfim, “A Turma do Balão Mágico” completa 25 anos e a menina que agitava a garotada, hoje mãe de 3 filhos, a Simony, lança o CD “Superfantástica”, em comemoração a essa conquista. Vale a pena conferir e apresentar aos pequeninos de hoje. Revela uma infância de sonhos, sem fantasias, e inesquecível.

Roberto Cawet no Show do Tom

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O humorista Roberto Cawet tem uma história de muita garra. Já trabalhou como ajudante de pedreiro e vendedor ambulante. Atualmente, atua como Sargento dos Bombeiros no Rio de Janeiro servindo no CSMM/moto em São Cristovão, além de excelente ator. Entre as peças que atuou, estão: "Contos de Veríssimo" e "Mistérios de Poe". A mais recente, "A Greve dos Sexos", teve temporada no Teatro Princesa Isabel, em agosto de 2008. A direção e adpatação foi assinada por Bruno Rodrigues. Além disso, participou do 3º Festival de Piadas no "Show do Tom", em Julho de 2005, onde chegou à Grande Final com o personagem "Jeitoso" - um mecânico bronco que conta os casos do cotidiano de seu trabalho. Pelo sucesso e repercussão, mais uma vez Cawet volta ao palco do apresentador Tom Cavalcante no próximo dia 6 de dezembro. Assim, ele representa o Rio no 5º Festival de Piadas onde chega à Finalíssima, novamente.

No momento, Cawet faz stand up, convenções, festas em empresas, entre outras atividades no ramo. "Estamos preparando um grande show em Nova Iguaçu para o mês de dezembro, com a participação de outros humoristas do Show do Tom", adiantou exclusivamente para o "Cultura Viva".

Áurya Pires promove grande baile para festejar seu aniversário

21 novembro 2008 |


Para festejar o seu aniversário, a bailarina, professora e coreógrafa Áurya Pires vai reunir amigos e promover um grande baile de aniversário, em Botafogo, no dia 14 de dezembro de 2008. Além da sua apresentação, ao lado do parceiro, Bob Cunha, e de seus alunos, o público poderá apreciar a participação de vários bailarinos profissionais também convidados para a festa. "Os próprios convidados vão ditar o ritmo da festa, mas acredito que haverá um pouco de tudo: Bolero, Soltinho, Samba, Salsa, Zouk, Forró e Tango", ritmo a que Áurya e Bob têm se dedicado particularmente nos últimos anos.

Vale lembrar que o casal conquistou o título de Vencedor do Campeonato Tango Rio 2006 e foi Semifinalista do IV Campeonato Mundial de Tango, realizado na Argentina no mesmo ano. Recentemente, eles realizaram o bem sucedido Búzios Tango Weenkend, evento que com participação dos renomados bailarinos argentinos Pablo Nievas e Valeria Zunino.

Há dez anos, Bob Cunha e Áurya Pires promovem a Milonga del Domingo (baileregular de Tango), além de se apresentar e ministrar aulas em clubes, colégios, academias, casas noturnas e musicais em todo o Brasil.


Saiba mais:

Áurya e seu parceiro conquistaram várias premiações e adquiriram experiência nacional e internacional, com apresentações e workshops em Portugal, França, Espanha, Chile, Uruguai, Japão, Coréia do Sul, Tahiti eGabão. Possuem experiência na realização de aulas em grupo, inclusive para empresas, como Vale, Petrobras, Xerox do Brasil, Schering-Plough e Roche. Já se apresentaram nos principais hotéis do Rio de Janeiro, como o Sheraton, onde fazem shows há 15 anos. Em Búzios, possuem um contrato exclusivo com a rede Chez Michou e a Estância Don Juan, há quatro anos. São sempre convidados para inaugurações e apresentações em diversos formatos e lugares.




Anote em sua agenda:

Baile de Aniversário de Áurya Pires

14 de dezembro - das 19:00h às 23:00h

Rua São Clemente, 155 – Botafogo – Rio de Janeiro (RJ)

Reservas: (21) 2556-7765 e 9629-3072

Carlos Navas e suas 'Canções de Faz de Conta'

16 novembro 2008 |


Em 2004, Carlos Navas dedicou seu trabalho ao público infantil com o CD “Algumas Canções da Arca...”, onde releu parte das canções da “Arca de Noé”, LP lançado nos anos 80. Esta foi a primeira vez em que apresentou um trabalho específico para a garotada. “O projeto começou no palco em julho de 2004, para, meses depois se transformar em CD. Era uma vontade antiga trabalhar com as crianças e este sonho tomou forma após um período conturbado da minha vida pessoal. Foi transformador”, conta.
O sucesso foi tão grande que gerou o segundo CD entitulado “Canções de Faz de Conta”, com músicas de Chico Buarque. Segundo ele, o sucesso das canções da “Arca de Noé” o surpreendeu e envaideceu muito. “De repente eu estava ali relendo clássicos de Vinicius de Moraes que foram interpretados pela nata da MPB com arranjos suntuosos nos dois discos e especiais de TV originais, que marcaram época e também a minha vida. O show ainda acontece pelo Brasil, ultrapassando 100 mil espectadores, sem mídia global, nem patrocínio. É pretensioso dizer, mas sinto que fiz uma leitura destes clássicos do meu modo e isto vem tocando platéias de faixas etárias e classes sociais muito distintas. Não pensava num segundo disco infantil, pois tenho muitos projetos adultos para tocar, mas surgiu a oportunidade e o contato com a gravadora Lua Music e eu tinha de fazer algo à altura da Arca. Daí a idéia de interpretar Chico Buarque. Os arranjos e uma interpretação despretensiosa, porém personalizada, são o forte do trabalho, mas, na minha opinião, o link com o público se deve ao fato de termos conseguido manter a alma lúdica destas canções”, explica.
De acordo com Navas, o público infantil de hoje recebe as músicas de Chico Buarque e Vinícius de Moraes muito bem, com frescor e alegria. “Daqui há 100, 200 anos, quando elas forem bem cantadas e tocadas, estou certo que a reação será a mesma. Vejo os olhos das pessoas brilharem nas platéias, independente da idade. O mesmo acontece com as canções de roda, de ninar. A mediocridade da mídia jamais conseguirá acabar com isso”, enfatiza.
O cantor deixa um recado para as crianças. “Que sejam crianças sempre, na alma e coração. O tempo é uma circunstância que pode ser feliz ou não. Que saibamos todos lidar com ele de forma construtiva e saudável. Que se preocupem com o bem estar do próximo e do nosso planeta. Que pensem, façam, ouçam, se alimentem e digam sempre coisas boas, pois isto pode transformar o Universo”, finaliza.

Contato para shows: (11) 3865-9078.
E-mail: carlosnavas@carlosnavas.com.br
Site: http://www.carlosnavas.com.br/

‘Faz um Milagre em mim’: música de Regis Danese faz sucesso no país

13 novembro 2008 |


O cantor e compositor gospel Regis Danese já compôs músicas populares para grandes nomes da MPB, como por exemplo Daniel e Só para Contrariar. Evangélico, já há alguns anos, tomou uma outra direção profissional: preferiu se dedicar somente ao meio gospel. Um rapaz simples de Uberlândia (MG), Regis já tem três CDs-solo gravados e, em cada um, uma história diferente para contar. O primeiro, “O Meu Deus é Forte” apresentou o compositor ao meio evangélico e o consagrou como um dos melhores no segmento. O segundo “O Melhor que eu tenho”, trouxe uma mensagem forte de confiança em Deus e dependência do Seu amor e poder. O mais recente, “Compromisso”, tornou-se o cumprimento das promessas divinas sobre o jovem compositor. Como destaque, a música de adoração “Faz um Milagre em mim” está na boca do povo. Inclusive, de pessoas não-evangélicas. A canção, que Regis interpretou com coração aberto, conquistou o público e só veio reafirmar o talento de alguém que nasceu para louvar suas próprias composições. Isso é um presente.Em entrevista exclusiva ao “Cultura Viva”, Regis Danese fala desse momento.


CULTURA VIVA: Você tem uma carreira brilhante: já compôs músicas para os maiores artistas brasileiros, entre eles, Alcione e Daniel. Continua compondo músicas populares?

REGIS DANESE: Não componho mais para o secular porque hoje entendo que o meu talento é usado somente para glorificar o nome do senhor Jesus.


C.V.: Seu terceiro e mais recente CD “Compromisso” está fazendo o maior sucesso. Inclusive, a música “Faz um milagre em mim” está na boca do povo. A que se deve a identificação das pessoas com essa canção? Qual a história dessa composição?
R.D.: Vejo que esta história é minha historia há nove anos atrás, e muitas pessoas estão se convertendo, outras pessoas voltando para igreja, mas fiquei muito alegre porque Deus operou um grande milagre na vida de uma criança que nasceu com cinco meses, estava na UTI e sua avó começou a cantar “sou pequeno de mais, me dá a tua paz”, e esta frase mexeu com ela e ela disse: “Senhor, esta criança é pequena demais, mas o Senhor é grande e pode operar um milagre. E a criança saiu da UTI e passa bem. Glória a Deus!


C.V.: Quais são seus próximos projetos para este ano ainda e o próximo?
R.D.: Cumprir a agenda desse ano e o ano que vem gravar um DVD.


Letra:


Faz Um Milagre em Mim
Composição: Regis Danese


Como Zaqueu eu quero subir

O mais alto que eu puder

Só pra te ver, olhar para Ti

E chamar sua atenção para mim

Eu preciso de Ti, Senhor

Eu preciso de Ti, Oh! Pai

Sou pequeno demais

Me dá a Tua Paz

Largo tudo pra Ti seguir


Entra na minha casa

Entra na minha vida

Mexe com minha estrutura

Sara todas as feridas

Me ensina a ter Santidade

Quero amar somente a Ti

Porque o Senhor é o meu bem maior

Faz um Milagre em mim

'TRAIÇÃO': CELEBRADA PEÇA DE HAROLD PINTER EM CARTAZ NO SOLAR DE BOTAFOGO

09 novembro 2008 |


Com direção de Ary Coslov, ‘Traição’ é a segunda produção do Solar


Prestes a comemorar dois anos de existência, o Centro Cultural Solar de Botafogo apresentou no dia 26 de setembro sua segunda produção teatral. Escrita por um dos mais reverenciados dramaturgos do século XX, o inglês Harold Pinter, a peça ‘Traição’ (‘Betrayal’) ganha o palco do Teatro Solar sob a direção de Ary Coslov, em produção conjunta do Solar de Botafogo e Arcos Produções Artísticas. Isabella Parkinson, Leonardo Franco e Isio Ghelman, que também assina a tradução do texto, dão vida ao trio de personagens da trama escrita em 1978 e considerada por muitos o melhor trabalho do autor britânico, Prêmio Nobel de Literatura de 2005.

Fã de longa data da obra de Pinter, Ary Coslov adquiriu os direitos de ‘Betrayal’ após assistir a montagem há três anos, em Londres. “Esta é a realização de um antigo sonho: dirigir uma peça de Pinter, e em especial esta, considerada uma de suas melhores, um de seus textos mais pessoais”, ressalta. Sócio do Solar de Botafogo ao lado da esposa, a atriz Claudia Lira, Leonardo Franco faz coro: “É muito importante o Solar receber este projeto como sua segunda produção teatral. Nossas escolhas sempre recaem sobre textos de qualidade”, destaca.

Para verter o texto para o português, Isio Ghelman estabeleceu como principal objetivo o cuidado em ser o mais fiel possível ao original: “Não se trata de uma adaptação, tento manter ao máximo na tradução o clima do que é dito em inglês. Acho importante para a atmosfera do espetáculo que ele seja ambientado na Inglaterra da década de 70, como no original”, explica. “Tive também o cuidado de não alterar algumas referências a locais geográficos, como nomes de rua, mas cortei outras muito específicas, como o nome de uma livraria, que não acrescentariam nada para o entendimento do público e ao mesmo tempo não comprometeriam as intenções do autor”, completa.

Conhecido pela concisão de seus diálogos e pelas pausas, tão significativas quanto as falas, Pinter não foge nesta peça ao estilo que consagrou seu trabalho. No entanto, trata-se, para muitos críticos, do texto com mais força de comunicação de sua obra, o que mais se aproxima do público; mais ainda por falar sobre um tema que, direta ou indiretamente, cria de imediato uma identificação com a platéia.


A PEÇA

Um triângulo amoroso formado por um homem, sua esposa e o amante desta é o ponto de partida para uma trama em que a traição mais óbvia e aparente é apenas uma das muitas que compõem o caleidoscópico relacionamento dos três personagens, em que cada movimento muda o papel de cada um. Robert (Leonardo Franco) e Emma (Isabella Thompson) são casados e Jerry (Isio Ghelman) é o melhor amigo de Robert, padrinho do casamento e também amante de Emma, em uma relação extra-conjugal que se estende por sete anos.

Contada de trás para frente, a história começa com o encontro dos ex-amantes dois anos depois do fim de seu relacionamento adúltero. “A inversão da ordem cronológica faz do público cúmplice da história ao revelar antecipadamente o desfecho e, com isso, desloca o foco do espectador do que acontece para como acontece. Ele passa a saber mais que o personagem”, explica o diretor. Ele vai mais longe ao afirmar que o artifício usado por Pinter é uma forma de provocar a participação da platéia: “Esta estrutura é fundamental dentro da peça. É como um jogo proposto ao público e que exige sua participação, como se desvendar o comportamento daquelas pessoas fizesse parte da dramaturgia. É um golpe de mestre”, entusiasma-se.

Ao longo das nove cenas em que o espetáculo é dividido, o espectador se depara com os outros lados do triângulo amoroso. De traidor, Jerry passa a ser o maior traído quando descobre que, em certa altura de sua relação com Emma, Robert fica a par do adultério pela própria esposa e os dois nada lhe falam a respeito. Jerry descobre ainda que Robert foi também infiel no casamento e, como seu melhor amigo, nunca lhe contou sobre suas aventuras amorosas.

Em um cenário despojado assinado pelo premiado cenógrafo Marcos Flaksman, diversos móveis empilhados no fundo da cena são dispostos no palco para recriar os ambientes onde a história se passa. Uma cama, mesas, cadeiras e poucos elementos cênicos transformam o espaço ora em uma biblioteca, ora na sala de estar do casal, ora no apartamento em que os amantes se encontram ou ainda no pub e no restaurante onde parte da ação acontece. O clima de cada cena é reforçado pela luz de Aurélio de Simoni, que dialoga ainda com a projeção de datas sobre o cenário e com o uso de neons, recursos cenográficos criados por Flaksman.

Cada mudança na inversão dos papéis é sutilmente sublinhada pelos figurinos naturalistas criados por Rô Nascimento, que se vale de um jogo cromático criado exatamente para acentuar o momento de cada um na trama: “Mantive um tom de sofisticação uniforme, pertinente ao nível sócio-cultural dos personagens, com ternos, coletes, pulôvers e cardigans, mas brinco com as cores, principalmente entre os dois homens. São pequenos detalhes que pontuam essas mudanças”, descreve. Vértice do triângulo amoroso, a mulher usa sempre vestidos, que compõem de forma equilibrada os tons ora clássico ora sedutor.


O AUTOR

Aos 78 anos, Harold Pinter é, sem exagero, o mais proeminente autor teatral da atualidade. Vencedor de importantes prêmios, em que se destaca o Nobel de Literatura recebido em 2005, o inglês é também ator, diretor e autor de roteiros para o cinema, dentre os quais ‘A mulher do tenente francês’, que recebeu uma indicação ao Oscar, assim como o próprio ‘Betrayal’, levado às telas por um elenco encabeçado por Jeremy Irons, Ben Kingsley e Patrícia Hodge. Entre suas 29 peças teatrais, as mais conhecidas são ‘A volta ao lar’, ‘Festa de aniversário’, ‘Traição’ e ‘O Zelador’. Separado de seus pais quando tinha apenas nove anos de idade, em plena eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, Pinter se tornou um ferrenho opositor à guerra e defensor dos direitos humanos, assumindo publicamente suas posições políticas. Apesar do fracasso inicial de sua peça de estréia - ‘A festa de aniversário’, em 1958 –, o autor estabeleceria já em sua segunda obra, ‘The Caretaker’, a base para a consagração de uma carreira pontuada pelo sucesso e reconhecimento da crítica especializada.



"Traição" está em cartaz até o dia 7 de dezembro no Solar de Botafogo Centro Cultural, que fica na Rua General Polidoro, 180, Botafogo. E, em 2009, a temporada prossegue na casa.

Mais informações, acesse http://www.solardebotafogo.com.br/

Foto: Guga Melgar

EDSON SOARES NO JORNAL 'BOTAFOGO EM DESTAQUE'

08 novembro 2008 |


Estreou hoje no site do jornal "Botafogo em Destaque" a minha coluna "Reflexões da Vida". O tablóide circula em Botafogo, na Praia de Botafogo, na Urca, em Humaitá e adjacências, com grande aprovação na localidade. Dirigido por Marcellus Cunha, o jornal fala sobre cultura, saúde, lazer, educação e diversos assuntos. Minha coluna, por enquanto, colabora apenas com o site e está disponível no link http://www.botafogoemdestaque.com/edsonsoares.htm

Vale a pena conferir!

'TANGOLOMANGO' NO CIRCO VOADOR

07 novembro 2008 |


Solar de Botafogo Centro Cultural: espaço onde a arte se encontra cada vez mais viva através dos espetáculos da casa

04 novembro 2008 |

Em Botafogo se instala uma das casas de espetáculo mais aconchegantes do Rio de Janeiro: Solar de Botafogo Centro Cultural. Dirigido pelo casal de atores Leonardo Franco e Claudia Lira, a casa apresenta ao público atividades culturais ricas em informação e divertimento. Abaixo, três espetáculos que aconteceram, recentemente, e levaram dezenas de pessoas ao local.
Quem quiser mais informações sobre o Solar, pode acessar www.solardebotafogo.com.br. Vale a pena conferir!

Guta Stresser e Ana Paula Pedro em ‘Primeira Chuva no Deserto’

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Segundo a atriz e escritora Ana Paula Pedro, quando o Leonardo Franco (dono do Solar) fez as obras no prédio, deixou a sala onde acontece o espetáculo ainda em obra (c/ os tijolos e massas de concreto expostos) para que fosse usado para algum trabalho futuro. Chamou um artista plástico e ele, então, deu ao ambiente um tom de “deserto”. Como elas precisavam estrear a peça e encontraram ali, naquela sala, o espaço preparado para a encenação, logo fecharam o acordo.

Ana Paula conta que é a primeira vez em que encena poemas e considera a experiência algo marcante em sua carreira. Como do livro “Primeira Chuva no Deserto” (lançado também no Solar), rendeu a peça, ela destaca: “Considero isso o máximo”.

Para a atriz Guta Stresser, a experiência está sendo maravilhosa, mais uma soma na carreira. A peça que encerraria a temporada no dia 14 de setembro, foi prorrogada até o fim-de-semana seguinte (dias 20 e 21). Segundo ela “prova que o trabalho deu certo”.

Se comparado com seu personagem no seriado “A Grande Família” (Rede Globo), a “Bebel”, Guta diz que a tal só se encaixa na cena em que ela faz uma mulher que dirige no Rio de Janeiro e, o tempo todo, quer descobrir, onde fica a “Rua da Relação” por ser uma figura mais cômica. E, sobre o futuro da Bebel, Guta disparou. “É muito incerto, a gente nunca sabe essas coisas, é um ciclo. Aliás, só tenho boas notícias sobre o seriado; a audiência está sempre boa e já me comunicaram que ‘Grande Família’ continua em 2009”, adiantou.

Durante a peça, as duas dançam e citam os poemas do livro. É interessante perceber a sintonia no olhar de ambas, que conduzem todo o espetáculo sozinhas. Mudam cenário, mexem com o público e o mais legal: todos que assistem acabam se tornando poetas. Elas, no início da peça, falam sobre o “cadáver” como forma de escrever poemas num objeto em formato de rolo que é passado de mão em mão para que escrevam versos (sem assinar) e, no final da peça, elas lêem e brincam com os mais engraçados. O público ri do início ao fim.

Na apresentação do dia 13 de setembro, inclusive, no meio da peça, um celular toca. Guta procura, não encontra e diz: “Já sei! Está na pasta do jornalista (Edson Soares)!”... Não estava. Era o celular da operadora de som. Guta pega o parelho, atende: “Alô! Quem está falando? Ah, sim, a Renata está, mas trabalhando comigo na peça. Quem sou eu? Eu sou a atriz da peça. Ah, ta! Tudo bem.” Desliga o celular, devolve à assistente e reclama: “Marcela, se até o fim da temporada isso continuar, não vai dar certo. Era o seu namorado e ele pediu para você ligar para ele depois.”. Olha para a Ana Paula e faz um ar de cansaço. O público cai na gargalhada. Na verdade, era uma forma humorística para descontrair.

“Primeira Chuva no Deserto” faz os espectadores refletirem sobre suas vidas, seus desejos, anseios e ambições. Retrata o cotidiano de qualquer cidadão e o público se vê ali, de cena em cena. De acordo com Guta, “quem nunca se viu perdido no Centro do Rio ou nunca deparou com alguém caído na calçada passando mal?”. Coisas da vida.

Durante os intervalos... Nada melhor que um solo de piano

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Nos intervalos entre um espetáculo e outro no Solar de Botafogo, o pianista Daniel Katzenstein Pontes dá seu show. Enquanto o público faz um lanche ou bate-papo, ele faz solo de várias canções, o que torna o ambiente mais agradável. Escolhe muito bem seu repertório, por sinal. “É comum aos músicos enfrentarem dilemas em relação ao gosto pessoal e ao gosto do público que nem sempre desenvolve uma escuta mais abrangente e daí se detém em alguns poucos gêneros musicais e seus representantes. Cabe a nós, músicos e compositores, eventualmente, direcionar a renovação do repertório e do estilo.Dentro do meu trabalho autoral, busco sempre um balanço entre a minha maneira de ouvir e a do público”, diz.
Sobre sua escolha para ocupar tal posto, na verdade, ele foi recomendado à equipe do Efe Café do Teatro pelo músico João de Carvalho do grupo “Partido Leve”, em que participa tocando “Fender Rhodes” e teclados. “Eles queriam alguém com o meu perfil para tocar durante os intervalos das peças e eventos que acontecem no espaço. Posteriormente, me aproximei da equipe artística do teatro”, conta.
Pontes conhece a história do piano no Brasil. “Os primeiros instrumentos chegaram com D.João VI. Porém, como a música Sacra predominou até início do Século XIX e a música Popular era restrita aos salões e a manifestações teatrais, não se tem registro do primeiro concerto em si, mas com a chegada desses instrumentos trazidos pela côrte, iniciou-se um hábito por todo o país de tocar e manter o instrumento”, explica.
Para quem inicia no instrumento, segundo Pontes, as primeiras dicas são: “ter objetivo dentro do instrumento escolhido, paciência para aguardar os resultados, aceitar críticas e investir algum tempo para a prática do instrumento”.
Além do piano, o músico toca acordeão, percussão e alguns instrumentos de corda. Na escolha do repertório pesa a sua intenção com o possível gosto de quem está ouvindo.
Fatores como estilo, faixa etária, discurso e comportamento do público, determinam o que vai tocar. Eventualmente, promove algum contraste e considera “interessante” perceber como o público reage.
Como o piano assim como o sax são instrumentos românticos, Pontes adverte que os instrumentos até o momento de serem manuseados são peças estáticas e sem vida que, quando começam a soar, se transformam e isso leva a imaginação humana criar diversas associações. “Mesmo sem escutarmos um piano ou um sax, a simples imagem desses instrumentos nos remete a esse estado, que é o momento em que eles criam vida própria. O sax com seu sopro aveludado, que lembra o sussurrar da voz humana, e o piano, com sua clareza e expressividade, são muito bem sucedidodos em alcançar nossas emoções”, define.
Para contratar o pianista para shows e apresentações, basta ligar ( 21) 2554-7324 e 9492-9671, ou, se preferir, enviar e-mail para danikatzenstein@gmail.com. Sem sombra de dúvida, vale a pena conferir o talento do rapaz!

Claudia Lira e João Carlos Assis Brasil em ‘Gosto que me Enrosco’

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“Gosto que me enrosco”. Esta frase por si só basta. Traduz a vontade de alguém. E, no caso específico de um show em que, por mais de uma hora, a atriz Claudia Lira interpreta canções dos anos 30, 40 e 50, acompanhada do pianista João Carlos Assis Brasil, revela a paixão da moça por ritmos nacionais e internacionais de um gosto, cá entre nós, muito apurado. Gosto por música de qualidade. O espetáculo em cartaz no Solar de Botafogo Centro Cultural, embala o público com o melhor da MPB, como “Só louco” (de Dorival Caymmi – a quem fez homenagem) e “Fascinação”.

Para abrir o show, todas as luzes se apagam. Um solo de piano introduz e, ao fundo a narração feminina de um poema incentiva o público a experimentar coisas novas, destaca a “mudança” como algo fundamental na existência e a encara como “a salvação pelo risco, sem a qual a vida não vale a pena”.

Em seguida, as luzes do palco se ascendem, o pianista prossegue o solo, surge Claudia com um vestido verde longo num cenário todo decorado com teclas de piano. Ela entoa “Gosto que me enrosco” e outras músicas.

Um tempo depois, a atriz sai do palco e uma narração feminina fala sobre a Era de Ouro do Rádio na Rádio Nacional, a MPB, apresenta o pianista João Carlos Assis Brasil e evidencia: “Um dos maiores pianistas do Brasil”, sem dúvidas! Na seqüência, ele faz um solo no piano. O público vibra e aplaude. Desce um “globo de pista de dança” (fica no alto do palco e começa girar; as luzes ao refletirem no objeto levam ao cenário imagens que mais parecem estrelas piscando. Ela senta junto do músico e canta a próxima música de costas para ele, enquanto tecla o instrumento como se fosse algo muito fácil. Depois, ela passa o microfone para ele e este diz: “Incluímos nesse repertório algumas canções de vários idiomas também do período dos anos 30, 40 e 50. Nós gostamos. Espero que vocês também gostem”. Claudia, então, apresenta o lado internacional do show com duas músicas americanas, uma francesa, uma espanhola e uma alemã. Incrível!

Para encerrar, entoou “Nada além” e um pot-pourri com as músicas “Taí”, “Abre alas” e “Cidade Maravilhosa”. Os dois, de mãos dadas, agradecem e saem do palco. Insatisfeito, o público grita e insiste: “Mais um!”. Eles voltam e repetem “Gosto que me enrosco”.

Desde o início, observa-se que o conjunto da obra é, sem dúvida, harmônico: a atriz-cantora interpreta as canções como muitas artistas não conseguem; são caras e bocas seguidas de coreografias e “jogadas” de cabelo para ninguém botar defeito; o pianista – um show à parte! – arrasa em cada melodia; a iluminação adequa-se a cada história contada através dos poemas melódicos.