O setor cultural ainda enfrenta muitos embates para se manter no mercado. Falta incentivo, atenção, cuidado, investimento. No Brasil, muitos vivem desse mercado e, mesmo frente às constantes dificuldades, batalham para fazer valer nossa cultura, nossa língua, nossos costumes e, acima de tudo, valorando a educação e o conhecimento. Este país se orgulha por existir, em São Paulo, a Fundação Padre Anchieta. Na instituição funciona a TV Cultura, a TV Rá-tim-bum e as rádios Cultura AM e FM. Centenas de profissionais trabalham noite e dia para, constantemente, levar ao ar programação de qualidade comprometida com a cultura do nosso povo. Estúdios de TV e rádio altamente capacitados, suítes (de onde o diretor e profissionais de áudio e vídeo regulam as gravações) e ainda um setor de Corpo de Bombeiros para garantir a segurança do local.
Totalmente subdividida, a empresa tem seus setores em ambientes específicos. De um lado, a presidência, a administração e o Conselho Curador; de outro, os estúdios de TV e de rádio; a produção de cada programa exibido pela TV Cultura fica numa sala enorme, onde, separados por mesas, produtores e diretores decidem as pautas. De acordo com a responsável por este setor, Leila Maria, “quando há necessidade de uma reunião, dependendo do caso ou assunto, a equipe vai para uma sala reservada”. “Mas, já estamos acostumados com esse barulho daqui mesmo!”, comentou Leila com um sorriso. No mesmo local, onde fica instalada a produção do programa “Cocoricó”, o ator Fernando Gomes, dublador do persanagem “Julio”, conversando com a equipe.
Todo o acervo musical da Fundação é separado em móveis de arquivos e os vinis tem uma sala separada. Atualmente, o material já se encontra digitalizado, segundo o setor de Comunicação da empresa.
Na forma de conservar a memória viva, alguns equipamentos desde o início da TV Cultura, como primeiras câmeras, o boneco original “Garibaldo” do programa “Vila Sésamo” (de 1972) e vários adereços do “Castelo Rá-tim-bum”, como o figurino e a peruca da “Morgana”, o livro que ela usava, o porteiro do Castelo, o gato que ficava na biblioteca do Dr. Vitor, o ratinho de metal que corria pelo Castelo, dentre muitos outros, podem ser conferidos da sala de Memórias da TV Cultura. O setor referido enfatizou que o “Garibaldo” tem cor azul devido à forma de imagem, ainda em preto e branco, na época, e que ele foi restaurado em 2007.
A TV Rá-tim-bum também tem seu espaço reservado, com uma equipe que trabalha o dia inteiro projetando a programação da casa. Em uma de suas salas, a “cadeira do Dr. Vitor” hoje é utilizada por um dos profissionais.
A redação jornalística, muito agitada, evidencia a responsabilidade da empresa com a informação precisa e instantânea.
Nas rádios, programação ao vivo e convidados chegando para entrevista.
Em todos os compartimentos da Fundação, belas obras de arte, fotos e quadros dos artistas e personagens das emissoras da Fundação decoram a empresa.
O CULTURA VIVA esteve na Fundação no dia 20 de outubro, acompanhado por três alunas universitárias de São Paulo e trouxe uma reflexão para este espaço: a cultura brasileira precisa de incentivo. Políticos, empresários, sociedade civil, todos devem privilegiar empresas, eventos e profissionais que dedicam o tempo e o conhecimento que adquirem na “indústria cultural”, auxiliando na ampliação dos conteúdos e no incentivo, que ora necessitem.
O país se orgulha de empresas como a Fundação Padre Anchieta e a respeita como patrimônio nacional. Ela mostra para outros países que somos seres também preocupados com a ciência e a tecnologia. Todo o sucesso ainda é pouco para esse pessoal de garra. O CULTURA VIVA parabeniza a Fundação Padre Anchieta pelo célebre trabalho desenvolvido!
Confira fotos de alguns estúdios da TV Cultura:
Algumas imagens da área técnica da empresa:
A marcenaria onde confecciona os cenários:
Fotos: Edson Soares