Projeto patrocinado pela Samsung é a mais moderna
plataforma digital para revelar talentos da música, e inclui a criação e a
promoção de um plano de carreira para os vencedores. As inscrições podem ser
feitas até 31 de julho pelo site www.efestival.com.br.
SÃO PAULO, Brasil– Até o final de
julho será oferecido aos artistas maiores de 18 anos a oportunidade de revelar
seu talento e alavancar suas carreiras. Os candidatos podem se inscrever nas
categorias Canção e Música Instrumental, para grupos de até cinco
integrantes. As instruções e o regulamento estão no site, e é preciso preencher cadastro com informações sobre o artista ou banda e enviar link de vídeocom sua apresentação musical.
Na sequência, a comissão julgadora, comandada pelo
curador artístico Thomas Roth, cantor, compositor e produtor musical, irá
selecionar os cinco melhores e mais talentosos de cada uma das duas categorias. Os escolhidos terão suas músicas disponíveis no site para votação
eletrônica do público geral, de 20 de agosto a 5 de setembro.
O público também poderá avaliar os
finalistas e escolher os vencedores, por meio de entrevistas que o curador fará
com os artistas classificados.
O Samsung E-Festival premiará os três melhores da cada categoria, respectivamente com: 1°lugar – R$ 30 mil; 2°lugar –
R$ 15 mil e 3°lugar – R$ 5 mil. Já o artista mais votado de
cada categoria receberá também o apoio do artístico de Thomas Roth e da
curadoria do projeto para construção de seu plano de carreira.
Coroando todo o trabalho de participantes, público
e comissão julgadora, o Samsung E-Festival terá um encerramento nacional e em
grande estilo. Estão previstas apresentações dos ganhadores com grandes nomes
da MPB em São Paulo, Porto Alegre e Salvador, em datas a confirmar.
Organizado pela Dançar Marketing e patrocinado pela
Samsung, o Samsung E-Festival chega para dar continuidade à plataforma de
incentivo à cultura da Empresa e está conectado ao propósito da marca.
“Lançamos não apenas produtos, fazemos produtos que lançam pessoas. A Samsung
não é exclusivamente uma Empresa de tecnologia. Somos uma plataforma de
lançamento, que ajuda pessoas a realizarem seus sonhos, paixões e seus
potenciais”, explica Mario Laffiitte, vice-presidente de Assuntos
Institucionais da Samsung para América Latina.
Sobre a Samsung no
Brasil
A Samsung
Eletrônica da Amazônia tem dois complexos industriais, localizados em Manaus
(AM) e em Campinas (SP). A Empresa conta atualmente com mais de 10 mil
funcionários e está presente nos segmentos de smartphones, tablets, produtos de
áudio e vídeo (TV, DVD, Blu-Ray, home theater, mini systems e smartcameras),
eletrodomésticos, ar condicionado, monitores, notebooks e soluções de
impressão. No Brasil desde 1986, a Empresa investe continuamente em Pesquisa e
Desenvolvimento, bem como em modernas e eficientes estruturas de produção.
Sobre a Samsung Electronics Co., Ltd.
A Samsung
Electronics é líder global em tecnologia e abre novas possibilidades para
usuários em todo o mundo. Por meio de um processo de constante inovação,
estamos transformando os mercados de televisores, smartphones, computadores
pessoais, impressoras, câmeras, eletrodomésticos, soluções LTE, equipamentos
médicos, semicondutores e soluções de LED. Empregamos 286 mil pessoas, em 80
países, com vendas anuais superiores a US$ 216.7 bilhões. Nosso objetivo é
criar novas possibilidades para as pessoas ao redor do mundo. Para saber mais,
acesse: www.samsung.com.br
A HISTÓRIA DA MPB E DE GRANDES ASTROS
PASSA
PELOS FESTIVAIS DA CANÇÃO
Nas
décadas de 60 e 70, em plena ditadura militar, os festivais de música
estouravam nas rádios, emissoras de televisão e teatros. Em 1965, Edu Lobo e
Vinícius de Moraes apresentaram com “Arrastão”, interpretada pela revelação
Elis Regina, e assim iniciavam a era do reinado dos grandes eventos da MPB –
com direito a torcidas como nos grandes eventos esportivos. O último evento
dessa natureza foi realizado em 85, intitulado “Festival dos Festivais”, e
Chico Buarque despontoucomo o maior vencedor de todos.
Qual
era a principal função dos grandes festivais da canção? Revelar intérpretes,
compositores e instrumentistas. Mas por conta da ditadura, que impunha controle
em vários segmentos da sociedade, as composições serviam como uma forma de
protesto, ainda que nas entrelinhas.
Transmitidos
pela televisão para várias cidades do País, a partir de São Paulo, os eventos
revelaram a maioria dos artistas que em boa parte ainda reinam no cenário
musical nacional. Aconteceram o Festival de Música Popular Brasileira, da TV
Record, a Bienal do Samba, Festival Internacional da Canção – FIC, encabeçado
pela TV Globo, que ainda promoveu o Festival Abertura, MPB 80, MPB Shell e
Festival dos Festivais, em 85.
Edu
Lobo, por exemplo, ganhou em 65 com “Arrastão”, em parceria com Vinícius de
Moraes, e dois anos depois com Ponteio, em dobradinha com Capinam e cantando ao
lado de Marília Medalha, Momento Quatro e Quarteto Novo.
A
revelação Elis Regina mostrou ser umapapa-título, ficando em primeiro em 65,
eleita melhor intérprete em 67 e vencendo da Bienal do Samba ao lado dos Originais do Samba
com a música “Lapinha”, de Baden Powell e Paulo César Pinheiro.
Os
festivais tiveram dois períodos áureos, entre 65 e 70 e de 71 a 85. Depois dos
eventos promovidos pela TV Record vieram os encabeçados pela TV Globo, com um
raro momento da extinta Tupi em 75, e novamente a emissora carioca até o
Festival dos Festivais.
Geraldo
Vandré, em duas oportunidades, nos anos 60, ganhou com “Porta Estandarte, em
parceria com Fernando Lona, e “Disparada”, com Théo de Barros e interpretada
pelo jovem Jair Rodrigues e os trios Marajá e Novo. A música empatou em
primeiro com “A banda”, de Chico Buarque,
que cantou com Nara Leão.
Chico
Buarque voltaria a vencer, mas na opinião de júri popular, em 68, com
“Benvinda”, cantada por ele; e no Festival Internacional da Canção – FIC de 68,
com “Sabia”, assinada com Tom Jobim. O IV Festival de MPB, a propósito, teve
como vitorioso, para o júri especial, “São Paulo meu amor”, de Tom Zé e cantada
por ele.
Vale
lembrar que nem sempre os vencedores eram aplaudidos e alguns artistas também
não assimilavam bem as vaias: quem não se lembra de Sérgio Ricardo quebrando o
violão em pleno palco? Ou dos apupos para vencedores como BR-3 (FIC 70), de
Antonio Adolfo e Tibério Gaspar, com Tony Tornado e Trio Ternura. Ou ainda as
vaias para Lucinha Lins, no MPD Shell (81), por “Purpurina”, de Jerônimo
Jardim. E mais uma, no encerramento do Festival dos Festivais (Globo, 85), para
Tetê Espíndola com “Escrito nas estrelas”, de Arnaldo Black e Carlos Rennó.
Aplausos
ou apupos à parte, surgiram nessa época artistas como Gilberto Gil (segundo em
67 com “Domingo no parque”, cantada por ele e Os Mutantes), Caetano Veloso,
Paulinho da Viola, Nana Caymmi, Evinha (intérprete de duas vitórias, em 69 com
“Cantiga por Luciana”, de Edmundo Souto e Paulinho Tapajós, e “Kyrie” (71), de
Paulinho Soares e Marcelo Silva), Maria Alcina, Jorge Ben, Fagner e mais uma
infinidade de talentos.
Cronologia
O Festival da Música Popular Brasileira, da TV Record, teve quatro edições, de 1966 a
1969, com os vencedores:
1966: "A banda" (Chico Buarque)
empatada com "Disparada" (Téo de Barros e Geraldo Vandré),
interpretadas, respectivamente, por Nara Leão e Jair Rodrigues;
1967: "Ponteio" (Edu Lobo e Capinam),
com Edu Lobo e Marília Medalha;
1968: "São, São Paulo meu amor" (Tom
Zé), interpretada por Tom Zé, Canto 4 e Os Brasões, na votação do júri
especial, e "Benvinda" (Chico Buarque), interpretada por Chico
Buarque e MPB 4, na votação do júri popular;
1969: "Sinal fechado" (Paulinho da
Viola), com o autor.
O Festival
Internacional da Canção (FIC), em sua
fase nacional, teve a primeira edição realizada no Maracanãzinho, Rio de
Janeiro. Ao todo foram sete edições entre os anos de 1966 e 1972. O II FIC
revelou ainda Milton Nascimento como melhor Intérprete, com
"Travessia", sua composição em parceria com Fernando Brant, e segunda
colocação.
Caetano
Veloso participou do III FIC com "É proibido proibir". A música foi
vaiada e Caetano protestou: "Vocês não estão entendendo nada." A
canção foi desclassificada. O público também vaiou a grande vencedora,
"Sabiá", em favor de "Caminhando (Pra não dizer que não falei de
flores)", de Geraldo Vandré.
FIC, 1966, “Saveiros”, de Dorival Caymmi e
Nelson Motta, cantada por Nana Caymmi;
FIC
1967, “Margarida”, de GutembertGuarabyra, com ele mesmo e Grupo Manifesto;
FIC
1972, “Fio Maravilha”, de Jorge Bem, com Maria Alcina;
A
TV Record ainda realizou I Bienal do
Samba, que teve como vencedora a composição
"Lapinha" (Baden Powell e Paulo César Pinheiro), defendida por Elis
Regina. Nessa primeira Bienal do Samba foram desclassificados pessoas da velha
guarda como Pixinguinha e Donga, além de compositores do porte de Adoniran
Barbosa e Herivelto Martins.
Festival
Abertura, 1975, “Como um ladrão”, de Carlinhos Vergueiro com o próprio.
Festival
de MPB, 1979, “Quem me levará sou eu”, Manduka e Dominguinhos, com Fagner.
Na década de 80 a Globo promoveu o MPB-80, conferindo o
primeiro lugar à canção "Agonia" (Mongol), interpretada por Oswaldo
Montenegro, que também recebeu o prêmio de melhor Intérprete. No ano seguinte,
o MPB-81 deu avitória a "Purpurina" (Jerônimo Jardim), interpretada
por Lucinha Lins.
MPB
- 82, “Pelo amor de Deus”, Paulo Debétio e Paulinho Rezende, com Emílio
Santiagol;
Festival
dos Festivais, 1985, “Escrito nas estrelas”, de
Arnaldo Black e Carlinhos Rennó, com Tetê Espíndola.