Usar a voz de forma
inesperada e descobrir justamente naquele momento que as cortinas do futuro se
abrem e uma profissão chega revelando uma carreira brilhante... Só mesmo para
quem já teve essa experiência. E o locutor da Rádio Relógio AM 580, no Rio
de Janeiro, Denilson Chaves, já
passou por isso e, num bate papo com o CULTURA
VIVA, compartilhou um pouco de sua carreira que, no momento, deslancha no
mercado.
Simpático, atencioso com os
ouvintes e com uma voz marcante, Chaves vem marcando não só uma trajetória
profissional, mas registra um capítulo à parte na história do rádio brasileiro.
Mil aplausos para este
locutor super gente boa e que brilha nas ondas do rádio!
Acompanhe!
CULTURA VIVA: Em sucintas palavras, como foi seu início no rádio?
Sempre foi um sonho profissional?
DENILSON
CHAVES:
A minha carreira começou, na verdade, aos 16 anos, quando descobri a minha voz
em uma quermesse. Todos (inclusive eu) ficaram espantados quando, pela primeira
vez, por falta de uma pessoa que organizasse o ambiente, tive minha primeira
oportunidade. Então, naquele momento foi meu despertar para o uso da voz. Porém,
somente em 2003 foi que consegui dar os primeiros passos em uma emissora, a
extinta Manancial FM. Quanto ao sonho profissional, sim. Depois dessa
descoberta da voz e todos ao redor meu recomendando seguir carreira, o sonho
foi se avolumando em meu coração.
C.V.: No início da profissão sofreu alguma dificuldade ao lidar com o sistema de rádio?
D.C.: Quem nunca? As
oportunidades não são costumeiras. Bati em muitas portas e todas muito bem
fechadas, infelizmente. Não é nada fácil para quem está começando na carreira.
Mas, perseverar e fazer networking é a melhor maneira de estar próximo de quem
pode ajudar, realmente.
C.V.: Já passou por algum apuro no ar? Que saída encontrou para a resolver a situação?
D.C.:
Então,
novamente, quem nunca? (Risos). Costumamos a dizer que nunca fizemos isso. Não
dá para corrigir muito o que fazemos de errado, mas, no caso, eu achei que
tinha fechado o microfone, após a fala de uma notícia bem complicada de ler com
muitos termos científicos por se tratar de remédios em alta de preços, não
fechei o microfone e gritei para a produção: “Vocês querem me ferrar com essa
nota?”. Bom, já tinha ido para o ar... A solução foi, quando voltei, abri o microfone
e brinquei de trava-línguas com os ouvintes pedindo para repetir as palavras
difíceis. Enfim, a tragédia virou brincadeira!
C.V.: Sua família aceitou bem sua decisão profissional? E
os amigos?
D.C.:
Como
não tenho ninguém em minha família que atua na área, não tive o famoso
empurrão. Tudo foi sozinho e lutando muito no secreto e orando a Deus para que
me desse a direção. Como fui ministro de louvor na igreja, também, os meus
amigos e irmãos sempre me abraçaram nessa causa.
C.V.: Quem é sua maior referência no rádio?
D.C.:
Um
ponto fora da curva chama-se Luiz Nascimento, o nosso “Nassa”. Voz padrão da
Rádio Relógio e ícone do rádio brasileiro. Meu grande sonho era poder, um dia,
captar um pouco da sua experiência e, para glória de Deus, hoje trabalhamos juntos
na mesma emissora. Claro que tenho outros amigos, como o Cleber Ribeiro, o Alex
Ferreira (hoje na JBFM), o Alexandre Teixeira (da 93FM), o Angelo Araujo (da
Mood), entre tantos outros grandes companheiros de profissão.
C.V.: Em quais rádios já atuou? Sempre no meio evangélico?
D.C.:
No
segmento Gospel, trabalhei na Manancial FM 101,5, na CPAD FM 96,1 (Paraíba), na
Alfa FM 107,5, na Maranata FM 107,3, na Rede do Bem 91,1, na Rádio 97,1 FM e,
atualmente, na Rádio Relógio Am 580. Em emissoras seculares, fiz estágio na
Manchete AM 760, na Tropical AM 580, onde ainda atuo com um programa de Flash
Back e Love Songs, já há 4 anos.
C.V.: Qual o tipo de programa mais gosta de apresentar, no rádio: debate ou musical?
D.C.:
Me
dou bem com ambas programações. Mas, o debate, a entrevista e o novo movimentam
bem meu coração. Sou fã da interatividade com o ouvinte, da proximidade. Esse é
o rádio atual, de proximidade.
C.V.: Em sua opinião, qual a importância do rádio para a
Comunicação?
D.C.:
Com
o advento das redes sociais, canais de streaming e outras formas de comunicação
imediata, acaba que o rádio, mesmo que ainda imediatista em muitas
circunstancias, passou a concorrer com toda essa tecnologia. Mas, eu creio que
ainda é um meio muito importante e tem, sim, seus valores. O que precisa ser
feito, a meu ver, é humanizar ainda mais esse contato com o ouvinte; perceber
que ele tem as suas imaginações, quando nos ouve, e isso precisa ser
valorizado.
C.V.: Existe algo que deseja realizar, na área radiofônica, que ainda não aconteceu?
D.C.: Eu creio que recebi de Deus o melhor presente da minha vida, me deixando fazer uma carreira falando Dele e para Ele. Sou abençoado porque hoje vivo o que pedi, diretamente, para o meu Senhor. O que vier, e se vier, que seja da vontade Dele para mim.
C.V.: Quais são as suas redes sociais?
D.C.: Estou
no site www.locutores.com.br com o link www.locutores.com.br/denilsonchaves,
meu instagram é @denilsonchavesradio, meu Facebook é www.facebook.com/denilsonchavesradio
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Fotos: Divulgação