Uma
voz que emociona o Brasil desde o tempo de sua infância, Amanda Acosta continua em alta. Com um timbre de voz ímpar, conquistou
o público infantil quando fazia parte do grupo infantil Trem da Alegria, e ainda hoje comanda jovens e adolescentes com o
programa “Inglês com Música” na TV Cultura. Mas esse sucesso vem bem
antes desses marcos na mídia. “Comecei com quatro anos e meio participando
do programa do Raul Gil. Cantei Ursinho Pimpão do Balão Mágico e comecei a
chorar na segunda parte da música porque tinha esquecido a letra. Aí comecei a
fazer comerciais, a participar de mais programas de calouros e fazer shows com
"Amanda e as Netinhas", grupo que era formado por mim, minhas duas
irmãs e minhas duas primas. Netinha vem do nosso sobrenome "Neto".
Depois fiz parte do grupo Dó-Ré-Mi e em seguida entrei no Trem”, discorre
Amanda.
Ontem a cantora e apresentadora conversou com o CULTURA VIVA. Acompanhe esse super bate papo:
CULTURA VIVA: Com quantos anos
entrou para o Trem da Alegria, quanto tempo ficou e como foi a experiência?
AMANDA ACOSTA: Entrei com oito para nove anos. Fiquei
cinco anos no grupo. A experiência não pode ser melhor. Era meu sonho entrar no
grupo, cantar e dançar aquelas músicas. Eu me identificava totalmente com tudo
o que eles faziam. Aprendi muito, conheci pessoas e profissionais incríveis,
admiráveis!
C.V.: A
passagem pelo grupo foi um divisor de águas em sua vida?
A.A.: Não vejo como um
divisor de águas, mas como um belo trampolim para um grande amadurecimento como
artista. Via tudo como um processo natural. Era só alegria, pois eu estava ali,
fazendo o que eu amava, conhecendo artistas que eu realmente admirava e interagindo
com estas pessoas e com o publico. Esta troca é a essência do que fazemos, ou
seja, tudo o que fazemos com entrega e envolvimento só acrescenta, só soma no
nosso desenvolvimento como ser humano e como profissional (e um não está
separado do outro, vale lembrar! ). Vivo o que faço, e não apenas estou no que
faço.
C.V.: Como foi deixar o grupo?
Ainda tem contato com os ex-integrantes? Como ficou o relacionamento de vocês?
A.A.: Foi um processo natural.
Já estávamos com treze/quatorze anos e queríamos cantar outras historias, que
tinham mais a ver com nosso momento, pré-adolescente. E também, já estava
começando uma mudança no mercado fonográfico. Claro que, quando paramos de
fazer shows todo final de semana e começamos a ficar distante do palco foi
muito triste e um momento de redescoberta. O Juninho e o Rubinho são irmãos. Eu
admiro demais esses caras! São grandes artistas! A Deda (Vanessa) é outra irmã
amada, admirável. Pena que não vejo muito, pois ela está morando fora. O
Lú vejo muito pouco, mas é um querido e um talento. Temos uma
relação muito boa! Gravei uma musica do Ju; convidei o Rubinho para tocar
e encantar no “Inglês com Música”... Estamos conectados... Sempre!
C.V.: Depois
dessa experiência, que definição você daria para a expressão “sucesso
profissional”?
A.A.: Fazer e estar trabalhando no que ama, e poder viver bem da sua profissão.
A.A.: Fazer e estar trabalhando no que ama, e poder viver bem da sua profissão.
C.V.: Ter grandes
responsabilidades desde criança formaram a Amanda de hoje?
A.A.: Não via como
responsabilidades, via como diversão e prazer. Agradeço e muito aos meus pais
que me conduziram bem nesta fase, e a todos os profissionais que trabalharam
com a gente, pois a maioria tinha a conexão com o sagrado do que estávamos
fazendo, respeito e cuidado com "as nossas crianças". Tudo o que
vivi formaram a Amanda de hoje e tudo que estou vivendo formará a Amanda de
amanhã. E assim é com todo mundo. Basta estar atento e conectado.
C.V.: E o programa “Inglês com
Música” na TV Cultura, como surgiu o convite?
A.A.: Já havia feito alguns
trabalhos na Cultura, e num deles conheci o querido Alexandre Pavan. Ele me
ligou um dia e fez o convite. Topei na hora!
C.V.: Para o ano de 2015 o
programa terá novidades?
A.A.: Infelizmente, não
estamos gravando mais. Estão reprisado as temporadas. Mas a torcida para o
retorno é imensa. Tenho verdadeira paixão por este programa.
C.V.: E a Amanda na música,
tem novos planos?
A.A.: Sim, tenho planos sim. No
momento estou no período de "gestação"... Daqui a pouco nasce!
C.V.: Agora, você está em cartaz
no Teatro Masp, em São Paulo, com a peça “Caros Ouvintes”. Como avalia esse
momento de sua vida?
A.A.: Realização e prazer.
Gratidão por estar fazendo um espetáculo genuíno, que conta a nossa história,
uma grande homenagem a radio novela e a todos os profissionais do radio; que
foi tão bem escrita e dirigida pelo Otávio Martins, que reuniu um elenco e uma
equipe de primeira grandeza. “Caros Ouvintes” e “Leonor Praxedes” são um grande
presente!
C.V.: De tudo o que já fez
dentro das artes, o que mais te fascina?
A.A.: O que fascina é a
catarse, é você transformar o estado ou até a vida de uma pessoa. Fazer as
pessoas saírem do lugar comum, do padrão do cotidiano e, assim, abrir a mente e
o coração para um despertar. Com isso, ter um novo olhar sobre alguma coisa já
engessada, já preconcebida. E a nossa vida também é transformada, pois a arte
faz a gente experimentar e explorar todo o real e o imaginário. Acho que todo
artista é um alquimista.
Fotos: João Caldas
1 comentários:
Sou idoso e fã da Amanda,assisto todos os dias,o programa na cultura,te amo Amanda
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