Um caminho que conduz na direção certa. Uma
profissão jamais imaginada. Porém, as águas fluíram e confluíram para que,
hoje, tal ofício seja sua principal fonte de renda e traga prazer e alegria,
constantemente. Mais ou menos assim é a história do locutor da Rádio 93FM, no Rio de Janeiro, o Alexandre Teixeira,
48 anos.
Dono de uma voz com timbre ímpar e responsável por
atrair milhares de ouvintes em seu horário – cerca de 120 mil por minuto –, ele, nesta etapa de sua vida profissional,
escreve uma história que não favorece somente a si, mas abençoa milhões de
outras pessoas.
Num bate papo super sincero e rico em informações,
Teixeira abre o livro de sua carreira e faz grandes relatos.
Acompanhe!
CULTURA
VIVA: Trabalhar
em rádio sempre foi um sonho?
ALEXANDRE TEIXEIRA: Não. Foi meio
que por acaso. Na verdade, sempre achava muito legal os repórteres entrando e
falando na programação de rádio, mas, inicialmente, não tinha esta pretensão,
até porque, na minha cabeça e realidade social era um trabalho inacessível,
para mim.
C.V.: Que
detalhe destacaria sobre seu início no rádio?
A.T.: Na época em que
iniciei o rádio era algo mágico e enigmático, e isto mudou muito com o advento
da internet e especialmente das redes sociais, onde os locutores não são mais
apenas uma voz: agora nossa "cara" está exposta o tempo todo e, me
parece que aquela magia acabou, no sentido da imagem. O lado bom disso é que
nos "humanizou", tirou aquela impressão do imaginário de que o
locutor era uma espécie de "ser iluminado". Agora dá para vir que
somos iguais a qualquer um (risos).
C.V.: Sempre
atuou em rádio evangélica? Que experiência traz das emissoras anteriores?
A.T.: Comecei como
repórter em uma rádio AM da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. Não era
evangélica. Fazia cobertura política da região, inclusive, cobertura do
Carnaval local. Estas experiências nos trazem tranquilidade de transitar em
diferentes formatos de programas com menos dificuldade de adaptação. As
entrevistas e as coberturas no ao vivo dão uma bagagem muito boa para a gente.
Eu aprendi muito com isso. A arte de improvisar é um mecanismo de defesa do
locutor e eu aprendi isso nas reportagens.
C.V.: Tem
contato com locutores de outras rádios, tanto evangélicas, como seculares? Em
síntese, como é o relacionamento de vocês?
A.T.: Sempre temos
amigos em outras emissoras. Eu, particularmente, tenho poucos, mas bons
relacionamentos com eles. Alguns com quem já trabalhei; outros ainda
não.
C.V.: Seus
horários na Rádio 93FM tem bastante audiência e participação dos ouvintes. A
que se deve esse carinho e o retorno do público?
A.T.: Eu penso que é
pela forma como conduzimos nosso trabalho. Se a gente faz com respeito ao
ouvinte, carinho pelas pessoas e amor pela missão, os ouvintes percebem.
O profissionalismo, a técnica, a arte de falar, de se comunicar é importante,
mas isso não é fim em si: se não houver uma conexão com as pessoas não vai
fluir. Eu procuro ser o mais natural possível para gerar essa conexão e
identificação com quem me ouve. Acho que é isso.
C.V.: Seu
início na 93FM foi tranquilo?
A.T.: Acho que sim. Não
houve nada muito fora da normalidade. Teve certa expectativa quando eu fui
fazer parte de um produto que já tem uma história de sucesso na emissora.
Recebi algumas críticas de poucos, mas eu penso que são as críticas que nos põe
para cima. Se soubermos administrar nosso ego, com sabedoria, a gente consegue
virar isso a nosso favor.
C.V.: Em
sua opinião, como está o rádio hoje, frente às novas tecnologias?
A.T.: O Rádio é um veículo
extraordinário, incomparável e, ainda, o mais democrático dos meios de
comunicação. A pessoa só precisa ter um receptor, que é de baixo custo sendo superacessível
a qualquer classe social, ligar a uma fonte de energia e pronto: sintoniza a
programação preferida e tem acesso ao mundo mágico da comunicação imediata,
profissional e variada.
C.V.: O
rádio é um veículo de Comunicação extremamente poderoso e, ainda, tem muitos
amantes. O público que ouve rádio é um pessoal mais bem informado, em sua
opinião?
A.T.: Poderoso meio de
comunicação o rádio é sim, não tenho dúvida disto. Sobre o ouvinte de rádio ser
melhor informado eu não saberia te dizer, justamente porque, hoje, as
informações chegam com pressa e de muitas fontes. Onde houver interferência de
grupos de investidores não haverá isenção nem imparcialidade. Agora, o que é
notável em quem ouve e gosta de rádio é que são pessoas que emitem mais suas
opiniões e se posicionam com argumentos mais sólidos em diversos assuntos. Isso
não quer dizer que tenham razão no debate, mas debatem com muita clareza.
C.V.: Além
do rádio, o senhor também trabalha com publicidade. Como se dá esse trabalho?
A.T.: Na verdade, a
publicidade vem antes do rádio. Já atuei em alguns seguimentos da Publicidade.
Ultimamente, estou produzindo direcionado para audiovisual de empresas e
agências, e, por último, estou agenciando publicidade para o setor comercial da
Rádio 93 FM.
Com
os personagens “Lili” e “Dedé” do programa “Os Arrebatados”
C.V.: Quem
é sua maior inspiração no rádio?
A.T.: Esta é uma
pergunta que parece simples, mas, para mim, é muito difícil de ser respondida. Na
verdade, eu penso que a gente acaba se inspirando um pouco em cada um daqueles
que a gente gosta e admira o trabalho. Não voltarei tão longe no passado, mas
vou citar apenas dois: o Heleno Rotay é um locutor e apresentador que sempre
admirei, e um outro que, aliás, trabalha comigo e ainda aprendo com ele,
na 93FM, é o Fabiano. Ele tem uma locução com interpretação perfeita!
C.V.: Quais
são as suas redes sociais?
A.T.: Atualmente, uso
apenas Instagram @alexandreteixeiraoficial.
Fotos: Divulgação
8 comentários:
Esse cara é brabooooooo
Aqui Bete de Austim
Abraço meu amigo, o dono da voz
Esse eo barba 👏🏾👏🏾👏🏾🫂
Uma voz agradável! Um bom homem.
Tú é o cara mano👊
Te adoro meu irmão Alexandre Texeira xará do meu filho Alexandre Ferreira
Esse é bom mesmo Deus ti abençoe
Excelente... Deus te abençoe mais e mais. Aqui é o Dinho de três fontes.
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