E ‘tudo mudou’ para... Sarah Sheeva

21 dezembro 2008 |


Jovem, bonita e talentosa. Três quesitos necessários para fazer sucesso, hoje, no meio artístico. Porém, muita gente que já provou da fama, prefere seguir novos caminhos em que não sejam tão idolatradas e sintam-se mais naturais, mais gente. Foi, justamente, o que aconteceu com Sarah Sheeva. No auge da carreira, integrante do grupo SNZ com suas irmãs Nana Shara e Zabelê, conta que teve um real encontro com Jesus e, a partir de então, dedica sua vida e carreira ao Ministério Geração Sal da Terra, com músicas gospel e mensagens de fé aos jovens. Dona de uma bela voz, lançou o CD “Tudo mudou”, que segue o mesmo estilo do SNZ e revela sua nova fase de vida. Filha de um casal-marco na cultura musical brasileira, Pepeu Gomes e Baby do Brasil, Sarah abre o jogo, exclusivamente, para o “Cultura Viva”.

CULTURA VIVA: Como foi sua infância convivendo com os pais, que eram famosos? Isso te afetou em alguma coisa?
SARAH SHEEVA: Minha infância foi boa, mas naquela época havia um excessivo assédio dos fãs e da mídia em cima dos meus pais, isso me afetou um pouco porque me deu uma certa “aversão” à fama. Eu não queria trabalhar com música por causa disso, achava que o artista não tinha liberdade. Me tornei desenhista de moda e trabalhei no comércio de 1995 a 1996. Mas, a partir de 96 comecei a cantar nos shows de minha mãe, juntamente com minhas irmãs, depois em 98 eu e minhas irmãs criamos o “SNZ”.

C.v.: Quais as recordações que você tem do grupo SNZ?
S.S.: As boas recordações que tenho são as minhas irmãs porque nós sempre nos divertimos juntas... Elas são maravilhosas, engraçadas e muito talentosas... Tenho saudades de trabalhar com elas... Mas, não tenho outras boas recordações... Na verdade, eu não suportava mais trabalhar com música “mundana”, queria fazer uma música que levasse uma mensagem transformadora para vida das pessoas. Eu também não agüentava mais ser “estrela”, tem muita idolatria envolvida, muito fanatismo... Eu não agüento. No final das contas, cheguei à conclusão de que a fama “aprisiona”; quando se vive dela e para ela, ela te aprisiona. Não quero viver da fama, quero viver por um ideal maior que isso, e que a fama seja apenas uma conseqüência, e não uma necessidade.

C.V.: E os fãs da época, você ainda tem contato?
S.S.: Tenho contato com alguns fãs que continuaram acompanhando o meu trabalho. Mas, acredito que muitos fãs não me acompanharam porque não ficaram nem sabendo o que estou fazendo agora, isso porque o meu trabalho gospel não foi muito divulgado logo de início. Muitos me ligam ou me enviam e-mails perguntando onde encontrar o CD... Em breve, acredito que estará disponível em todas as lojas do ramo Gospel.

C.V: Qual o significado da palavra “fama” para você, hoje?
S.S.: Ser famoso não significa ser feliz, nem ser admirado. Aliás, uma pessoa pode ter fama, e essa fama pode ser uma “má” fama... Muitas pessoas têm fama simplesmente porque seu estilo de vida atrai a publicidade e cria polêmica, porém, isso não quer dizer que o que essas pessoas fazem está certo, isso não quer dizer que elas estão ajudando outras pessoas. Se a fama tem o poder de influenciar, deveríamos dar credibilidade à fama dos que influenciam positivamente, e que ajudam a melhorar a vida das pessoas. É isso que desejo fazer com a fama que adquiri: usá-la para divulgar a mensagem do Evangelho de Cristo sobre todas as nações.

Foto: Divulgação.

0 comentários: