KÁTIA ABRE O CORAÇÃO E FALA DA CARREIRA

17 janeiro 2009 |


Entrevistada: Kátia.
Ocupação: Cantora.

CULTURA VIVA: Nem todo mundo que canta, passa emoção. O que você acha disso?
K.: Eu acho que a emoção vai muito do sentimento, tem pessoas que passam realmente muita emoção e têm outras que não passam nada e é complicado isso porque se a pessoa sente o que está cantando, obviamente, vai saber transmitir e a gente tem que cantar tudo o que a gente sente. Se você canta uma música que você não sente, é difícil passar emoção. Aí seria uma emoção fabricada.

C.V.: O que Roberto Carlos representou no início da sua carreira?
K.: Tudo porque se não fosse ele, por exemplo, hoje a gente não estaria aqui. Ele me apresentou ao mundo artístico, me indicou para fazer um teste numa gravadora... Fiz o teste, fui aprovada, lancei minha música “Tão só”, que foi do meu primeiro disco, no “Fantástico” e, para minha surpresa, ele me apadrinhou artisticamente. Foi um presente que ele me deu. Antes mesmo de eu fazer o meu primeiro sucesso, que foi o “Lembranças”. Ele é exemplo como pessoa, como gente, como artista: um exemplo de vida, acima de tudo, tanto que está até hoje aí, ocupando o seu lugar e ninguém tira.

CULTURA VIVA: Como é o contato de vocês hoje?
K.: De vez em quando a gente se fala por telefone ou se encontra. Esse ano a gente ainda não se encontrou, mas já começamos a tratar de coisas que vão acontecer no meu DVD e eu já comecei a tratar com ele, embora a gente já tivesse tratado de parte disso no ano passado.

C.V.: Você acha que as novas tendências musicais conseguem transmitir a força do amor como as músicas românticas antigas?
K.: Alguma coisa. Não tudo. As músicas, hoje, são muito descartáveis, elas vêm e vão muito rapidamente. Você vê que hoje alguém grava um CD e a música fica, mais ou menos, dois meses nas paradas e depois aquela música já não está e vem outra música daquele grupo. É uma coisa muito rápida, é um meteoro que passa no rádio e já é substituído. Isso não deixa as músicas se tornarem imortais, mesmo que elas sejam ótimas. Por exemplo, “Lembranças” ficou nas paradas seis meses em primeiro lugar.

***PING PONG:

Uma música.
- “Ben”, de Michael Jackson.

Um prato preferido.
- Churrasco.

Uma mania.
- Assistir filmes, DVD e navegar na internet.

Um artista.
- Roberto Carlos, é claro!

Um sonho.
- Montar a minha produtora e ver os deficientes visuais trabalhando no ramo de radiodifusão.

O Brasil.
- Um país que tem tudo de bom, mas algumas coisas que precisam ser consertadas, principalmente o apoio do Governo às pessoas portadoras de necessidades especiais, suas famílias e ao trabalho dos profissionais sérios envolvidos nessa área.

Uma frase.
- “Com amor tudo se pode. E, com Deus, mais ainda.”

Foto: Edson Soares

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