Tanta gente já perdeu “o depois” porque acelerou “o antes”, não soube experimentar cada instante das situações e exagerou: se envolveu com vícios, amizades destrutivas, percorreu caminhos errantes e fáceis demais. Em seu pensamento, “para que batalhar de sol a sol se é possível conseguir de maneira tão simples?”. Maneira pervertida de viver.
Quando olhamos para trás, temos nostalgia de pessoas queridas e os bons momentos que vivemos juntos e poderiam ser estendidos, aproveitados mais. Muito mais. Preferiram adiantar, avançar o sinal e, tão logo, a vida se recolheu num triste adeus.
Restamos nós. Sobrevivemos. Aqui se inicia uma nova etapa onde o percurso pode ser diferente. Vivamos para fazer valer o que nossos queridos perderam e nos deixaram como legado, acaso dissessem “vivam daqui para frente por nós a vida que interrompemos”.
Cientes de que podemos ser vencidos por circunstâncias dessa terra, precisamos ser vigilantes, escapar de certos momentos para o nosso bem. Em minutos podemos ser furtados pelos problemas. Não podemos dar confiança. Estufar o peito e prosseguir vai determinar um futuro vencedor. Diante dos contratempos e decepções, resta-nos permanecer confiantes em nossa capacidade de conquista. Nessa hora é preciso ter “veneno” para que a “picada” do mal jamais surta efeito em nós. Podemos ser abordados e “picados” por ele; jamais enfermos por sua afronta.
Não precisa adiantar os acontecimentos na nossa vida. Para cada situação, há um dia agendado, é só aguardar. Tudo se desdobra mediante nossa natureza e instinto – isso também exige respeito – num curso natural. Nada como um dia após o outro para amadurecer e adquirir equilíbrio para, assim, estar fortalecido com a intenção de encarar opositores e dificuldades, a seu tempo. Sempre a favor do tempo, nunca contra.
Foto: Arquivo pessoal de Edson Soares
ADIANTAR... PARA QUÊ?
19 março 2009 Postado por JORNAL CULTURA VIVA por Edson Soares às 23:00 | Marcadores: Edson Soares
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