“A imprensa desenvolve papel fundamental para a consolidação da democracia no país, uma vez que colabora para o desenvolvimento da sociedade”. Essa afirmação vem do diretor de imprensa e comunicação da empresa Sempre Comunicação e Editora, em Santos (SP), Luciano Guimarães. Para ele, quanto mais livres circularem as informações, mais desenvolvido se torna o país. O problema atualmente, segundo o jornalista, é que a massa de informações recebidas pelas pessoas é tão grande que apenas pouca coisa consegue ser retida. “Hoje, uma criança de 10 anos já recebeu mais informações do que um homem com 70 anos, do século XIX”, citou como exemplo.
CULTURA VIVA: Até que ponto essa precisão da informação tem utilidade e o que pode acontecer se ela, pela pressa de um veículo em dar a notícia primeiro, pecar gravemente?
LUCIANO GUIMARÃES: A pressa pelo furo jornalístico sempre acaba propiciando erros de avaliação que deixam a informação imprecisa. É muito fácil para a mídia construir e destruir imagem de entidades, empresas e pessoas. Creio que é necessário haver mais critérios de avaliação do que é bom ou ruim, na hora de publicar algo.
C.V.: Os meios de comunicação têm cumprido o papel de gerar um público analítico ou se preocupa mais em influenciar as opiniões?
L.G.: Não me lembro de algum veículo de comunicação que se preocupasse em formar um público analítico. Desde a pauta até a publicação das reportagens, a mídia tenta influenciar os leitores/ouvintes/telespectadores.
C.V.: Que orientação você pode dar quanto a obter uma informação na mídia e checar sua veracidade?
L.G.: Acho que o jornalista que já tem suas fontes mais ou menos fiéis, não precisa se preocupar, mas é sempre bom que, em caso de dúvida, cheque com os próprios envolvidos. É melhor dar uma história chata, mas verdadeira, do que noticiar uma boa história mentirosa.
Foto: Arquivo pessoal de Luciano Guimarães
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