Há tempos em que se tem tudo
Dinheiro, jóias, bens, status social
Orgulho sem medida
Caridade falsa às vezes aparece
Luxuosa em seus paetês
Bondade, que nada!
Pena dos menos favorecidos
Quanta maldade!
Falta de humanidade
Pobre rico miserável!
Lá no fundo do peito
Um espaço que não se preenche com nada
Mas, e as festas? As baladas? As noitadas inesquecíveis?
Com tanto prazer, ainda sobraria um vazio
No coração de algum ser?
Bebidas, mulheres, homens...
O seu momento invadindo o momento dos outros
E comprando, usurpando, usando os seres como produtos descartáveis
Frágeis às suas manipulações
Nada de sentimento, só prazer e tormento
Na óptica humana, parece ter tudo
Mas, a aparência engana os olhos
Sua desfaçatez promove uma essência que não existe
Há um íntimo
Um coração que bate no peito
Que o torna tão humano como qualquer outra pessoa
Nessa hora em que o “eu” se manifesta
A mentira se curva e a verdade vem à tona
É inevitável
Por que não ser um pouco mais singelo e leal?
Nesse tempo do tudo, o nada corre paralelo
E se torna bem mais significativo
É mais gritante, pede socorro, tem urgência
Antes de satisfazer o exterior,
Procure conhecer as necessidades intrínsecas
Que a riqueza e suas regalias
Jamais preencherão
Há um anseio além, que brota no horizonte do coração
Se este for atendido,
Não precisa se preocupar com o restante, não!
TEMPO DO TUDO... OU DO NADA?
01 julho 2009 Postado por JORNAL CULTURA VIVA por Edson Soares às 23:35 | Marcadores: Edson Soares
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