Mal podemos imaginar o bem que faz um desprezo. Que situação constrangedora se sentir rejeitado por alguém! O chão desaparece e flutuamos no nada. Infelizmente, embora seja necessário, o desprezo provoca reações benéficas a quem o propõe. Quando a outra pessoa começa a entender que está sendo excluída, logo fica inquieta. Tem gente que nem dorme, perde a fome, emagrece, chora e sofre. Tem gente que não dá a mínima no início, mas depois que sente o “gelo”, grita de alguma forma. Para alguns, esse grito vem em forma de silêncio... Sumiço!
Ao ser desprezado, passa na mente todo um filme de sua vida com aquela pessoa: os momentos, as alegrias, as desavenças, os ajustes e os desajustes, entre dezenas de episódios vividos. Fica a lembrança. Chora a saudade por um tempo que, talvez, não volte nunca mais. Mesmo que o “nunca” seja algo muito distante do nosso presente e o amanhã possa transformar esse “senhor” em algo à tona, há pessoas que, pela petrificação do coração, jamais permite retornar-se ao convívio.
A partir daí, vale a pena repensar a vida e traçar novas metas, outros rumos; decidir por outras escolhas, mudar todo o sistema. Até então, os planos traduziam-se de uma forma; depois da intempérie, o “autor” é obrigado a mudar o trajeto para que a história tenha um final feliz. A vida não vai deixar de sorrir pelas perdas que temos. Elas não significam derrotas e, sim, caminhos para vencer em outras fases, em outras instâncias.
Já que o “bendito desprezo” aconteceu, por que passar todos os seus dias lamentando? Para que viver em pranto por algo que, de repente, nem valia tanto assim? Vale mais o ser desprezado por ainda estar de pé e batalhar para prosseguir! Se o “desprezador” preferiu ser radical... Fazer o quê? O “desprezado” vai tocar seu barquinho e seu leme o ancorará em porto seguro.
Temos a reflexão: quem jamais amargou as agruras do desprezo? Portanto, isso não é um problema único no mundo, mas comum. “Bola para frente!” Boas notícias estão por vir!
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