A vida pode ser considerada como um livro. Cada página, uma nova expectativa, novos desafios e situações em que os personagens da história lutam por suas conquistas, enfrentando, a cada passo, a resistência das oposições. Páginas numeradas que delimitam o tempo cronológico da história e, assim, marcam uma época, uma geração. Esta vida que sobrevive aos seus contratempos, encara os seus problemas e guerreia as próprias guerras, além de ter a consciência de que todo o processo ocorrido foi reservado para si, ninguém mais poderia passar pelas mesmas circunstâncias. Outros personagens têm suas vidas, seus livros, suas tramas, episódios roteirizados exclusivamente para eles. Entender o “para quê?” de cada acontecimento é bem mais proveitoso e proposital. O “por quê?” angustia, sufoca, pode até banir o juízo porque procura-se respostas para coisas que não se responde, apenas compreende-se para buscar soluções, estabelecer metas e, com cautela, batalhar a fim de “alcançar o tesouro”.
Os capítulos desse livro trazem novidades, impasses, inimigos, companheiros, indivíduos que surgem na caminhada do protagonista com o intuito de colorir e temperar os episódios. Só o artista principal fica muito chato. Tem que haver mais seres em cena. Trazem novas idéias que estimulam dar seqüência à leitura. Essas idéias podem ser peças fundamentais na resolução de questões nada compreensíveis.
No momento em que os opositores demonstrarem-se fortes e parecer derrotar a vítima, um susto se apodera do leitor, preocupando-o com o resultado. Em cena, tudo pode acontecer. De repente, o inimigo pode estar fortalecido o bastante para vencer “o bem”. Mas acontece que, mesmo “o mal” tendo toda a armadura necessária e tecnologicamente avançada, nem sempre consegue vencer. Aliás, tudo o que é “mal” já nasce derrotado. Contrapartida, o “bem” é gerado com a essência do sucesso, da ascendência, a certeza de conquistas vem junto com ele e a vitória é inevitável. A menos que desista de lutar, se canse da jornada e entregue os pontos ao “bandido”. Mas quem é do “bem”, não “nega fogo” e vai à luta, sabe que já entra em campo de batalha com a vitória nas mãos.
Em todas as histórias, o público leitor torce por um final feliz. E a sua história não é diferente. Os seus admiradores aguardam o seu sucesso como resultado, estão na arquibancada do “Maracanã da vida” gritando por você, frases do tipo “já venceu, já venceu!”. Essa torcida gera forças, te faz sentir-se apoiado e amparado. Ainda existem pessoas sinceras que, mesmo impedidas de atravessar a barreira que separa a arquibancada do campo de batalha (porque se pudessem o fariam), gastam o tempo e a voz para te fortalecer à distância. Se conseguir olhar, vai ver em cada rosto o incentivo, o estímulo e uma certeza: “estou contigo, não desista”. Não reclame da difícil história que você está passando. Lembre-se de que o final feliz dela depende somente do seu esforço. Torcida você já tem. Então, chega de perder tempo com discursos que só impedem chegar ao topo, fale menos e aja em favor da sua própria vida. Sua história também merece ter um final muito feliz. Ganhe tempo pensando nisso.
NAS PÁGINAS DA VIDA
27 julho 2010 Postado por JORNAL CULTURA VIVA por Edson Soares às 20:18 | Marcadores: Edson Soares
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário