NAS PÁGINAS DA VIDA

27 julho 2010 |


A vida pode ser considerada como um livro. Cada página, uma nova expectativa, novos desafios e situações em que os personagens da história lutam por suas conquistas, enfrentando, a cada passo, a resistência das oposições. Páginas numeradas que delimitam o tempo cronológico da história e, assim, marcam uma época, uma geração. Esta vida que sobrevive aos seus contratempos, encara os seus problemas e guerreia as próprias guerras, além de ter a consciência de que todo o processo ocorrido foi reservado para si, ninguém mais poderia passar pelas mesmas circunstâncias. Outros personagens têm suas vidas, seus livros, suas tramas, episódios roteirizados exclusivamente para eles. Entender o “para quê?” de cada acontecimento é bem mais proveitoso e proposital. O “por quê?” angustia, sufoca, pode até banir o juízo porque procura-se respostas para coisas que não se responde, apenas compreende-se para buscar soluções, estabelecer metas e, com cautela, batalhar a fim de “alcançar o tesouro”.

Os capítulos desse livro trazem novidades, impasses, inimigos, companheiros, indivíduos que surgem na caminhada do protagonista com o intuito de colorir e temperar os episódios. Só o artista principal fica muito chato. Tem que haver mais seres em cena. Trazem novas idéias que estimulam dar seqüência à leitura. Essas idéias podem ser peças fundamentais na resolução de questões nada compreensíveis.

No momento em que os opositores demonstrarem-se fortes e parecer derrotar a vítima, um susto se apodera do leitor, preocupando-o com o resultado. Em cena, tudo pode acontecer. De repente, o inimigo pode estar fortalecido o bastante para vencer “o bem”. Mas acontece que, mesmo “o mal” tendo toda a armadura necessária e tecnologicamente avançada, nem sempre consegue vencer. Aliás, tudo o que é “mal” já nasce derrotado. Contrapartida, o “bem” é gerado com a essência do sucesso, da ascendência, a certeza de conquistas vem junto com ele e a vitória é inevitável. A menos que desista de lutar, se canse da jornada e entregue os pontos ao “bandido”. Mas quem é do “bem”, não “nega fogo” e vai à luta, sabe que já entra em campo de batalha com a vitória nas mãos.

Em todas as histórias, o público leitor torce por um final feliz. E a sua história não é diferente. Os seus admiradores aguardam o seu sucesso como resultado, estão na arquibancada do “Maracanã da vida” gritando por você, frases do tipo “já venceu, já venceu!”. Essa torcida gera forças, te faz sentir-se apoiado e amparado. Ainda existem pessoas sinceras que, mesmo impedidas de atravessar a barreira que separa a arquibancada do campo de batalha (porque se pudessem o fariam), gastam o tempo e a voz para te fortalecer à distância. Se conseguir olhar, vai ver em cada rosto o incentivo, o estímulo e uma certeza: “estou contigo, não desista”. Não reclame da difícil história que você está passando. Lembre-se de que o final feliz dela depende somente do seu esforço. Torcida você já tem. Então, chega de perder tempo com discursos que só impedem chegar ao topo, fale menos e aja em favor da sua própria vida. Sua história também merece ter um final muito feliz. Ganhe tempo pensando nisso.

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