Resumir em poucas linhas o Móveis Coloniais de Acaju é uma tarefa das mais difíceis. Descrever a sonoridade e a energia ao vivo do grupo exigiria um espaço considerável. Além disso, ainda há o lado empreendedor dessa banda-empresa que organiza seu próprio festival, produz e vende seus produtos (camisetas, acessórios, discos, etc) e planeja suas turnês. Em linhas gerais, saiba um pouco sobre a trajetória do Móveis.
Em 1998 a banda Móveis Coloniais de Acaju surgiu com ideais que se confundem a outras bandas. Um grupo de jovens amigos que buscavam uma sonoridade singular, diversão e, quem sabe, o sucesso. Mal sabiam, naquele momento, que estavam a iniciar um dos mais ambiciosos e interessantes projetos musicais que o Brasil abrigaria.
Logo no início, adotaram o grandioso nome Móveis Coloniais de Acaju. Era sonoro, diferente e ainda permitiu que se homenageasse a obscura "Revolta do Acaju" - episódio histórico acontecido na Ilha do Bananal (?). Também no início, a ideia era ter diferentes instrumentos - gaita, trompete, escaleta, flauta, além de guitarra, bateria e baixo. Ao nome extenso e à formação esquisita, a incansável vontade de tocar e se apresentar ao vivo completavam a essência do Móveis.
Nos primeiros anos, foram muitos e muitos shows por Brasília. Bailes de formatura, festas de centros acadêmicos, shows de reggae, rock, metal... tudo! Além de Brasília, a banda se aventurou por Goiânia e São Paulo. Mas, em 2003, quando foram a única atração local selecionada para figurar o palco principal do Brasília Music Festival (abrindo para Live, Ultraje a Rigor e Charlie Brown Jr), viram que a coisa tinha que se profissionalizar.
Depois de 2003, passaram a ter mais cuidado com equipe técnica, equipamentos e a qualidade dos shows. Perceberam também a necessidade em gravar um disco - até então, além de fitas e cds demo, tinham lançado somente um EP (homônimo, de 2001). Procuraram produtores e fecharam com Rafael Ramos (que havia recém lançado a Pitty).
Idem, o primeiro disco, foi gravado em outubro de 2004 no Rio de Janeiro, no estúdio Tambor, sob o olhar de Ramos e os cuidados de Jorge Guerreiro. Foi a primeira grande experiência em estúdio. Reunia 12 das melhores composições da banda à época, que sintetizavam a "feijoada búlgara" - termo gastronômico usado pelo Móveis para explicar a mistura do rock, ska a ritmos brasileiros e do leste europeu.
O lançamento do cd aconteceu em 2005. Um marco para a banda - não somente por se tratar de um primeiro disco, mas por expandir a vontade do grupo em ampliar o alcance do seu trabalho. A partir de 2005 a banda começou a investir mais em shows fora de Brasília, percebeu que podia realizar seus próprios eventos (organizaram, em parceria com produtores amigos, a festa de lançamento de Idem em Brasília, para mais de três mil pessoas) e viu a importância de sua performance ao vivo.
Ainda em 2005 a banda viria a se destacar em sua apresentação no Curitiba Rock Festival. O mesmo aconteceu em Goiânia e São Paulo - praças já conhecidas da banda. Mas, a partir de 2006, que se intensificaram as viagens. Em pouco tempo a banda viria a fazer parte dos principais festivais brasileiros e logo o Móveis conquistou posição de destaque em todos eles. Era o desempenho ao vivo mostrando sua força. E isso se fez presente em apresentações de TV, como o especial Raul Seixas no Som Brasil (TV Globo).
A incansável vontade de tocar e ampliar seus horizontes levou a banda para uma turnê de seis shows pela Europa - Bélgica, Suíça, Rep. Tcheca e Alemanha, em agosto de 2008. Sem exceção, o Móveis foi ovacionado em todas as apresentações. Os novos ares ajudaram a banda a fechar o repertório do segundo disco, que seria gravado a partir de outubro de 2008 - com o apoio da Trama, que forneceu todo o cuidado e a estrutura para sua gravação, mixagem e masterização.
De volta ao Brasil, e desta vez com o acompanhamento (quase fraternal) de Carlos Eduardo Miranda, a banda dedicou-se ao c_mpl_te (complete) - o aguardado segundo cd. Também com 12 faixas, o álbum destaca a união, o trabalho em grupo e a consolidação da identidade sonora. Os detalhes e as canções são bastante evidentes nesse disco. Nas palavras de Miranda, "sem dúvida, um dos melhores e mais importantes discos que eu fiz na vida".
http://moveiscoloniaisdeacaju.com.br/
Móveis Coloniais de Acaju no Comitê
LOCAL: COMITÊ / www.comiteclub.com.br
Rua Augusta 609. Bela Vista / CEP 02541-852 / São Paulo / SP
Tel. (11) 3237. 3068
Capacidade: 700 pessoas.
DATA: 28 de agosto de 2010.
HORARIO: Abertura da casa às 22h / Início do show às 00h
Fechamento da cozinha: 03h.
Móveis Coloniais de Acaju no Comitê
24 agosto 2010 Postado por JORNAL CULTURA VIVA por Edson Soares às 21:16 | Marcadores: Show
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