Para subir na vida é preciso escalar muitas montanhas, negar-se a si mesmo e os outros, enfrentar combates e desafios, os quais, geralmente, não se está capacitado a encarar. Mas existe, no fundo do coração, um objetivo forte que deve ser conquistado. Por isso, não importam as barreiras ou as distâncias necessárias a percorrer. Só importa uma coisa: chegar ao topo. Mesmo que se deixe alguém para trás, abandone conceitos e valores, transformando-os por novas filosofias de vida, frias o bastante para tornar a pessoa calculista e atuando a partir de comportamentos estranhos, diferentes de outrora, tem sua recompensa.
Se for mister ficar longe de pessoas que não têm a mesma ambição, logo essa atitude é tomada. Então, o caminho passa a ser outro, a maneira de se vestir, expor suas opiniões e posicionamentos não parecem mais em nada com “os conhecidos” de sua origem. Agora, “sua turma” é outra, sofisticada, enjaulada em um ciclo de suposta amizade, tão perigoso que se deve estar de olho em todos porque, a qualquer momento, um desses “superamigos” pode puxar o tapete. Não existe confiança nem cumplicidade. Há maldade, falsidade e inveja. Os sentimentos bons são expressos de forma aparente, tão perfeitos que parecem de fato existirem. Pena que é só uma “capa” linda guardando algo negro e obscuro. Se revelado, pode destruir todo o ciclo. O melhor, neste momento, é manter “a capa” porque se revelar o escondido, que é feio e assusta, o engano não vai existir mais. E o engano é tão emocionante...
O mais sério em tudo isso é que, para se chegar ao topo, o caminho a percorrer se torna distante e doloroso, mas se houver esforço, logo as circunstâncias se rendem e o sonho é realizado. Só é amargo acreditar que, para quem está lá em cima, a queda pode ser rápida e toda a conquista virar pó, como um castelo de areia desfeito. Nessa hora, em que se vê num calabouço, onde estão os componentes do novo ciclo de amizade? Será que estão ocupados o bastante que não podem estender a mão e ajudar o sofrido a sair do fundo desse poço? Se àqueles cidadãos forem amigos, até a amizade mudou seu comportamento, está vaidosa, arrogante e solitária. Quando perceber que os verdadeiros amigos foram renunciados por um desejo malicioso de alcançar seu ápice, o indivíduo se sente um trapo, pior que um papel amassado no lixo. Sentir-se insignificante e inútil, dá a impressão de que não é mais humano, se tornou um robô, uma máquina fria e controlada pelo próprio orgulho. Valeu a pena tanto esforço? Conquistar o impossível foi tão maravilhoso o quanto era esperado? Garantiu um futuro brilhante e recompensador? A pessoa pode não ter nada nesta vida, mas se encontrou um amigo sincero, tem um cofre repleto de tesouros, pedras preciosas. Isso, sim, vale a pena.
Assim, vale analisar no relacionamento dos amigos de origem, o valor que davam aos bons sentimentos e ao respeito. Então, quem sabe se procurá-los e buscar uma reconciliação... Quando as pessoas prezam, de verdade, por estes pontos fundamentais da vida, sabem perdoar. Aliás, conhecem o caminho da compreensão e do perdão. As palavras de um amigo podem ser até duras e fortes, porém sinceras, a fim de desviar “o cego” do caminho errante. Palavras simples que muitas vezes se está cansado de ouvir, mas vem no momento certeiro e produzem efeito concreto. Também, de quem veio, só se esperava um bom resultado... Por isso, dê sempre importância às palavras de um verdadeiro amigo. Mesmo sendo fortes, são palavras, nada mais. É para o seu bem.
PALAVRAS, NADA MAIS
06 agosto 2010 Postado por JORNAL CULTURA VIVA por Edson Soares às 19:50 | Marcadores: Edson Soares
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