Neste mundo globalizado, a marca que o identifica é a competição. Muita gente correndo de um lado para o outro buscando uma profissão, reciclagem, abrir empresas, adquirir bens, enfim, um desespero em que só vence o melhor. Aquele que estiver mais preparado, conhecendo as técnicas e consegue ‘pôr a máquina para funcionar’, dá conta do recado e encontra porta aberta mais facilmente, uma vez que se preparou para a função.
Triste, nessa caminhada, é olhar em volta e ver o pouco caso que ‘os preparados’ fazem dos desprovidos. Ter oportunidade é uma bênção divina que possibilita a realização de sonhos e dá a chance de viver daquilo que realmente se gosta. Mas nem todo mundo entende isso. Então, falta pouco esmagar o outro para ter nas mãos àquilo que vai garantir os seus dias. Será que é possível alguém conseguir dormir ou ter dias tranqüilos sabendo que passou por cima de outra pessoa? Esse indivíduo sabe de fato o que é ter paz? A humildade é um dom. Pena que tê-la é privilégio de poucos...
Pessoas dessa natureza podem até subir na vida, mas para cair, basta continuar erguidas. Qualquer vento contrário pode levá-las porque suas consistências são o orgulho, a vaidade, a maldade. Gente assim, não cresce, fica restrita a seu ‘mundinho’ de dinheiro e falsa aparência. Não conhecem o caminho da alegria verdadeira e da amizade sincera. Prezam por um querer próprio, singular, neutro, não tem cor e, sim, ganância e descontrole emocional.
Por outro lado, a competição faz com que a inveja conviva com as pessoas. Se alguém, com muito esforço, consegue comprar bens materiais, quem sabe até necessários para subsistência, o outro logo ‘cresce o olho’ e precisa ter os mesmos bens a fim de desfrutar do mesmo conforto. Se soubessem ‘o duro’ que o ‘pobre coitado’ deu, entenderia, não invejaria.
Estar feliz com a vitória do vizinho é sentimento de alguns. Porém, precisava ser de todos. Vê-se no lugar do outro, sentindo-se realizado com sua conquista e torcer para que tudo dê certo, cria, no ambiente, um clima de sintonia, cordialidade, compreensão e companheirismo. Mesmo à distância, torcer não custa nada. Vibrar nem se fala. Da arquibancada dá muito bem para comemorar com a vitória do ‘amigo’. O problema é quando querem estar no lugar dele, roubando o que está em seu direito.
Muita gente não se sente completa porque dedica parte do seu tempo para inspecionar a carreira de alguém. Esquece-se que também tem uma jornada para cuidar, construir e provar para todo mundo que não precisa copiar o outro. Copiar para que se é possível criar? Não custa nada ganhar tempo pensando em produzir tarefas e atividades que beneficiem o ambiente, seja em casa, no trabalho, na instituição de ensino ou na comunidade. Buscar integralizar as pessoas por uma causa nobre, pode transformar situações complicadas no local. Além disso, devolver amizades e permitir compartilhamento de dificuldades.
Nunca opte pelo ‘lado negro da competição’, que gera inveja e exclusivismo. Faça a sua parte, provando para quem está à sua volta que para viver nesta terra tem que valer a pena e para isso é necessário prezar pela amizade, humildade e amor. Se faltar estes três, fica difícil construir uma ambientação melhor. Lute por isso. Essa batalha também é sua.
O LADO NEGRO DA COMPETIÇÃO
23 novembro 2010 Postado por JORNAL CULTURA VIVA por Edson Soares às 23:16 | Marcadores: Edson Soares
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