PENSAR EM MIM

Pensar sobre mim. Refletir o que absorvo do tempo que se vai e das horas que me experimentam em questões cabíveis ou não em minha bagagem de vida. De tanto analisar, vem uma perturbação felina que, com suas garras afiadas, intenta me devorar, destruir o que, depois de muito esforço, refiz. Não posso aceitar. Seria um desperdício alguém como eu – ser racional e capaz de mudar o mundo à minha volta com ideias e novidades – se encontrar vencido pelo alheio. Não. Tem algo errado. O tempo pode correr, a vida pode passar, mas se existo e coexisto com outrem (pessoas, objetos, situações), exijo respeito com minha pessoa. Quem disse que devo me curvar perante a tudo? Humildade nunca foi sinônimo de humilhação.

 

Questionador de mim. Já não está mais em questão “quem sou, de onde vim e para onde vou”; a emergência se traduz em dar conta do presente, tornar o meu cotidiano não em instantes de sobrevivência, mas um marco no capítulo da História da Vida. Mereço destaque nessa trama. Posso ser mais do que sonhei. Lutar por mim e por quem precisa se estiver em meu alcance auxiliar. Chega de perguntas sem respostas. Não quero mais ser uma “enquete”, mas práticas de um ser humano resolvido, ativo e proativo. De que me adiantaria passar toda a vida em função de mim mesmo e não chegar a ponto algum? Quando cuido dos interesses do que clama, a Vida cuida dos meus.

 

Em paz comigo. A partir de hoje decidi não mais render-me às tribulações, preciso de sossego. Se a paz existe, por que não pode morar comigo? Será que alimento sentimentos que não podem conviver com ela em meu interior? Não estou dizendo.. Preciso mesmo mudar. Ser alguém mais avante, confiante. Aliás, vou lucrar muito mais acreditando do que duvidando. Em certos casos, enquanto palestro com a dúvida, perco tempo em estar na labuta por um dia melhor hoje, amanhã e depois. “Pensar em mim” envolve tantos assuntos... Prefiro parar por aqui. Tenho muito a fazer.