Por Daniel Romano
Will Atenton deixa seu emprego de importante executivo em Manhattan e se muda com a esposa e duas filhas para uma cidade na Inglaterra. Mas, à medida que vão se adaptando à sua nova vida, eles descobrem que seu lar perfeito foi o local do assassinato de uma mãe e seus filhos. E a cidade inteira acredita que foi pelas mãos do marido que sobreviveu. Ao ler a sinopse, fica parecendo mais uma simples história de terror. Não é. Trata-se de um excelente suspense sobrenatural.
O mais interessante é que o sobrenatural não coloca medo em ninguém. Não existem espíritos feiosos assustando as pessoas e nem casa mal assombrada, o roteiro é bem mais elaborado do que isso. Fica difícil contar mais alguma coisa sem comprometer as surpresas do filme. Não posso deixar de falar da brilhante atuação de Daniel Craig. O meu xará bateu um bolão e, ao contrário de Pierce Brosnan, mostrou que tem talento de sobra para não ser eternamente lembrado como 007. Will Atenton e Peter Ward são completamente diferentes, o que dá mais crédito ao trabalho do ator.
O filme se sustenta com o psicológico da mente humana e fala também de amor pela família. Nem o clichê de um mocinho sair intacto de uma casa pegando fogo consegue estragar o que já estava evidente: o filme é bom! E estávamos precisando de bons filmes de suspense, já que a safra de 2011 não anda muito legal. A trama tem ótimas reviravoltas, o roteiro é tão bem feito que o sobrenatural fica natural e participa da trama de igual pra igual. Para finalizar, vou deixar uma pergunta: Como ficaria o psicológico de um homem que perde esposa e filhos assassinados? Difícil responder, né? Melhor assistir.
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