Por Daniel Romano
Em "O Lado Bom da Vida", Patrick é um ex-professor de história, interpretado por Bradley Cooper, que acaba de sair de um hospital psiquiátrico. A única coisa que Pat quer é entrar em forma, não ser agressivo e, principalmente, reconquistar sua ex-mulher. O ator Bradley Cooper está impecável. Ele vive um maluquete adorável e completamente diferente de seu personagem em "Se Beber Não Case". Não por acaso, Cooper concorre ao Oscar 2013 de melhor ator. Jennifer Lawrence não fica atrás e concorre como melhor atriz. Sua personagem também convive com remédios e transtornos psiquiátricos. Os dois se completam em cena e se igualam no talento. Vale ressaltar, também, que Robert De Niro e Jacki Weaver concorrem como melhores atores coadjuvantes. No total, o filme concorre a oito estatuetas. As outras quatro são de melhor edição, diretor, roteiro adaptado e melhor filme. Todas merecidas, mas chega de falar das premiações.
Tem muita coisa bacana para ser comentada da trama. A história ganha pela simplicidade. Os problemas mentais, que são graves, não são passados apenas de forma impactante e assustadora. A realidade é mostrada sem que o toque da comédia se perca e a carga dramática do assunto não se torne uma caricatura. Os protagonistas tem problemas mentais, precisam conviver com isso diante da sociedade, e não querem ser tratados apenas como loucos. O drama e o humor se unem e trazem pra gente uma "dramédia" brilhante, singela e gostosa de assistir. O casal principal é convincente e cativante. Os dois levam o público para o mundo da realidade nua e crua, já que o mundinho dos doidos é muito mais sincero e verdadeiro do que o mundo dos considerados "normais". A grande mensagem do filme é mostrar que somos pessoas diferentes e devemos acreditar nos sinais, no sentimento, e em algo ou alguém especial que nos dê um start e faça a gente se dar conta de que é sempre possível recomeçar, seguir em frente, e enxergar o lado bom da vida...
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