Roqueiro bem radical, Gabriel Michelazzo jamais seria
evangélico. Calça rasgada, camisetas de bandas musicais, coturno nos pés e
bandana na cabeça... Assim o jovem levava sua vida, até que num belo dia,
Michelazzo se converte a Jesus Cristo. Como assim? “Me converti ao Evangelho no
início de 2005. Meus pais eram evangélicos e tentavam, de todas as formas, me
levar para a igreja, mas sempre dava um jeito de escapar. Em 2004, meu pai fez
uma campanha de um ano em favor da minha conversão e, exatos 365 dias depois,
lá estava eu chorando aos pés de Cristo”, conta. Mas, a confusão não para por
aí. Michelazzo, roqueiro, e o Ministro de Louvor de sua igreja, de um estilo
totalmente distinto. Daria certo? “O ministro de louvor daquela época na Igreja
Internacional da Graça de Deus era daquele estilo sertanejo... Resmunguei o
início do culto todo até que, na última canção que ele entoou antes da
pregação, o Espírito Santo me tomou e chorei entregando de vez minha vida a
Cristo”, revelou.
Hoje pastor e cantor gospel com uma vida dedicada ao Evangelho,
integralmente, Michelazzo deu entrevista exclusiva para o CULTURA VIVA e fala
de seu ministério ao longo dos anos. Acompanhe!
CULTURA VIVA: E a
música, como chegou a sua vida? Foi espontâneo ou já percebia o dom?
GABRIEL MICHELAZZO: Na
verdade, sempre fui envolvido com a música. Desde muito pequeno já treinava
sozinho tentando tirar as músicas que tocava nas rádios com um violão Di
Giorgio que pertencia a minha mãe. Costumo dizer que o que sei aprendi na
“escola da vida”. De lá para cá, toquei em muitas bandas, onde aprendi bastante
coisa. Mas, somente subi no altar para louvar pela primeira vez, quando
descobri a diferença entre música e adoração.
C.V.: De todas as canções que já entoou até hoje tem uma que mais te emociona?
G.M.: Eu creio que o Espírito Santo trabalha com
o momento de cada pessoa e, em cada momento da minha vida, Deus se mostrou bem
presente através de muitas canções. Gosto muito de cantar “Ele me ama”,
originalmente de John Mark, interpretada por vários cantores no mundo todo. É
uma canção que mostra que, independente do que nós fazemos, Ele nos ama
incondicionalmente. Me emociona muito, ainda mais pela história dessa música.
C.V.:
Em breve, o senhor lançará um CD com louvores. É o primeiro? O que vai
diferenciar Gabriel Michelazzo de outros cantores gospel do momento?
G.M.: Sim é o primeiro CD. Eu creio que Deus
levanta cada um com um propósito diferente. As almas que um determinado cantor
ganha ou toca são colocadas nas mãos dele, e outro não poderia ganhar por seu
estilo diferente do primeiro. Estou sendo levantado para abençoar as almas que
Deus colocará em minhas mãos.
C.V.: Qual o título do seu CD? Será direcionado aos jovens ou ao público em
geral?
G.M.: Ainda não tem um título específico. Está em
projeto. Mas, certamente, será direcionado ao público geral.
C.V.:
Além de conduzir o Ministério de Louvor da Igreja Internacional da Graça - Sede
no Centro de São Paulo, também mantém o pastorado. É um desafio conciliar essas
duas responsabilidades, simultaneamente?
G.M.: No
início era um pouco confuso na minha cabeça, pois achava que estava dividindo o
povo que vinha para me ouvir pregar e o povo que gostava das ministrações de
louvor. Hoje vejo que os dois ministérios se completam em minha vida e, se
estou fazendo uma coisa ou outra, sou usado para abençoar.
C.V.:
Além de tudo isso, o senhor ainda é responsável pelas reuniões dedicadas à Vida
Sentimental na igreja. Mediante a essa experiência, por que a quantidade de
casamentos desfeitos aumentou nos últimos anos, em sua opinião?
G.M.: O diabo
sempre trabalhou através das facilidades. Hoje é fácil se casar e descasar na
mesma semana. O problema é a desmoralização de um projeto familiar e, quando
não se respeita mais a família como uma instituição divina, o casamento fica
desgastado. Muitos se casam sem estar preparados para isso, iniciando
relacionamentos e os fundamentando em sentimentos odiosos e individualistas, e
quando se casam, obviamente, isso tende a piorar. Deus não tem sido mais a base
dos relacionamentos e, assim, o diabo consegue reinar com facilidade mostrando
que se as coisas não estão dando certo, a separação é a melhor solução,
trazendo o pecado para a vida da pessoa.
C.V.:
Que recado o senhor deixa para quem está sofrendo neste momento com problemas
sérios na família, seja com cônjuge, filhos ou parentes?
G.M.: Primeiramente, reconheça
aonde você poderia melhorar e comece com uma mudança em si próprio. Feito isso
busque a direção divina para saber o que fazer, com sabedoria, para resolver
questões familiares, lembrando sempre que o bom exemplo e o bom testemunho é o
melhor evangelismo dentro de casa.
Fotos:
Divulgação
3 comentários:
Gostei muito da entrevista. Esse relato da vida do Pastor Gabriel,mostra que para Deus, nada é impossível. E o seu pai acreditou.
Interessante. Acompanhava o Pastor Gabriel pela RIT, gostava muito dos louvores.
Senti tanta falta do pastor gabriel
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