Jornal Cultura Viva por Edson Soares: Árvore de Natal da Bradesco Seguros tem inauguração com espetáculo impressionante

Mais um evento de inauguração da Árvore de Natal da Bradesco Seguros impressiona o público com mensagens de fé e esperança de um mundo melhor. Assim uma grande equipe de profissionais – no palco e nos bastidores – apresentou ontem, dia 30 de novembro, um dos espetáculos mais esperados do Rio de Janeiro. Por volta das 18h já chovia na Lagoa Rodrigo de Freitas, mas o público crescia a cada instante: todos aguardavam, ansiosos, o anoitecer e o ascender de 3,1 milhões de microlâmpadas que decoram o monumento. Em sua 18ª edição, a festa, aberta ao público, atrai cada vez mais gente de várias partes do Estado. Era comum ouvir, entre os presentes... “É a primeira vez que eu venho. Pena que está chovendo”, lamentavam alguns, contudo ninguém arredou o pé.

Em torno das 20h o espetáculo deu início com uma apresentação teatral incrível, com Daniel Boaventura e elenco, além da cantora Simone, do Coral da Fundação Bradesco com 55 Adolescentes e da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa. Cada apresentação um verdadeiro espetáculo à parte. Toda a programação foi realizada através de um espetáculo musical, com clássicos, entre eles, “Depende de nós”, interpretada por Boaventura e o Coral, e “Imagine” na voz de Simone. Na trama, o bilionário “Nestor Zampano” (Boaventura) havia destruído a natureza para construir fábricas, mas era um homem só que ia passar o Natal em solidão. Daí surge um menino que o representa em sua infância, cheio de sonhos e esperanças de um mundo feliz e igualitário. O menino mostra para o empresário o que ele era e o que virou devido à ganância. Durante todas as cenas, uma música complementava a ideia.

No decorrer do evento, a chuva cessou. A Árvore de Natal da Lagoa foi acesa, por vota das 21h, sem chuva e grande era a animação do público, que estava emocionado durante todo o tempo.

A estrutura da Árvore

Considerada a maior árvore flutuante do mundo, esse ano o tema é “Uma celebração à Vida”. Incluindo as etapas de montagem, inauguração, manutenção e desmontagem estão envolvidos cerca de 1.200 profissionais, entre produtores, engenheiros, técnicos, artistas e etc. A Árvore tem 85 metros, equivalente a um edifício de 28 andares; pesa 542 toneladas, tem uma base de 810m², composta por 11 novos flutuadores de 12m de comprimento, 30m de largura e 2,44m de altura cada um, interligados por vigas que formam uma base de 30m x 30m, para apoio. Efeitos de 120 mil metros de mangueiras luminosas reproduzem cenografia na Árvore através das 3,1 milhões de microlâmpadas, já citadas. Sete geradores embarcados, sendo cinco de 550 KVA fazem a iluminação básica.

A energia do público

O advogado Jorge Madeiro, 48 anos, morador da Barra da Tijuca, que foi à inauguração pela primeira vez, levou a filha Manuela, de 6 anos, e a sobrinha Maria Luiza, de 11. “Minha mãe veio no ano passado e gostou muito. Ela falou tanto que me deu curiosidade, vim trazer as crianças e também pela tradição do evento”, alegou. Sobre a ideia do evento, Madeiro, analisou: “As pessoas vêm desarmadas para cá; vêm com espírito de Natal, de fim de ano, sem espírito de vandalismo”. Com esperança, o advogado aguarda um novo momento na história do Rio de Janeiro em 2014. “Espero mais segurança e mais união entre o povo carioca: a gente percebe as pessoas muito dispersas e precisam se achegar mais”, observa.

Para a produtora musical Maria Orleide dos Anjos, 56 anos, moradora do Flamengo, esse evento deve mesmo pertencer oficialmente ao Calendário da cidade. “Espero muita paz para o evento de hoje”, disse momentos antes da abertura. “Venho desde o 11º ano e não me arrependo, é muito lindo”. Maria tem uma expectativa para este fim de ano. “Que tenhamos menos violência no Rio”, frisou.

Acompanhada por familiares e amigos, a vendedora Lucia Mota, 45 anos, residente em Rocha Miranda, contou que esse foi o segundo ano que participa da inauguração da Árvore. “Esse evento representa paz, união e confraternização”, define. Ela fez um apelo. “Quero mais segurança para o Rio de Janeiro, que as pessoas tenham o direito de ir e vir, sem temer a nada”.

Além desses, caravanas de vários bairros compareceram, e com muita animação. Gritavam, cantavam, sorriam. Era transparente a alegria do povo. Com destaque para a senhora Sueli e seus amigos da Academia da Terceira Idade, em Marechal Hermes, que se divertiram e curtiram muito o evento. Sem falar no comportamento dos presentes: centenas sentados, muitos em pé, mas sorrindo, conversando, um ambiente totalmente familiar. Bom se o Rio de Janeiro fosse assim todos os dias, de ponta a ponta.

Mais um pouco do evento: