Por Daniel Romano
Tom Hanks vive Richard Phillips, um comandante naval experiente, que aceita trabalhar com uma nova equipe na missão de entregar mercadorias e alimentos para o povo somaliano. A trama se inicia quando Phillips recebe a mensagem de que piratas armados tentam invadir o navio. A história é baseada em fatos reais, o que deixa tudo muito mais interessante. O cineasta britânico Paul Greengrass mais uma vez acerta o ponto. Sua filmagem com a câmera sempre em movimento deixa tudo mais tenso do que já é. Reparei que todos dentro da sala do cinema viviam aquele pavor do personagem silenciosamente. Ninguém soltava nenhum suspiro sequer. Era um misto de tensão com o desespero do personagem e o pavor de pensar na possibilidade de que qualquer um poderia estar na pele do Phillips.
...A trama põe em foco a diferença de um país desenvolvido para outro de terceiro mundo. Faz a gente se perguntar que rumo teria tomado um caso como esse no Brasil e aplaudir o profissionalismo da Marinha norte-americana. Capitão Phillips não é um filme surpreendente, mas é um filme espetacular e muito bem produzido. Tom Hanks está (mais uma vez) incrível. É impressionante o trabalho desse cara. O ator Barkhad Abdi, que faz o vilão, é outro que também merece muitos elogios. O personagem Muse é um homem perigoso, mas que consegue passar um pouco de humanidade sem se tornar caricatural, seja pelas dificuldades que viveu na vida ou por perceber que se meteu em algo que fugiu de seu controle. O cineasta e o roteirista armam tudo de forma competente e minuciosa. O filme é tão bom que nós, espectadores, também nos tornamos reféns.
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