Meu coração estava em pedaços. Quando a porta
fechou, pensei que tudo se renovaria. Novas oportunidades de vida me
apresentariam. Idealizei muitas aventuras para minha nova liberdade. A alegria
era tanta que cheguei a ultrapassar. Não precisava tanto. Esqueci que, para
tudo, há um limite, um tempo-espera. Mas, eu queria tudo e de tudo
demasiadamente.
Em
dado momento, um filme passou pela minha mente. Nessa sessão da vida – o filme
da tarde, bem dramático, romântico e também comediante –, pude enxergar você.
Senti solidão. Percebi que, em pouquíssimo tempo, tive tanta gente, mas que, no
fundo, eram pessoas-fantasmas. Não podiam ficar. Estavam tão atoladas com essa
vida e angariadas a tantas outras pessoas e complicações, que até eu
dispensava. Emaranhado demais para mim. Chorei com todas as cenas e, quando
aparecia você nos episódios, não dava para conter a emoção. Por que tem pessoas
que tem o dom de optar por escolhas erradas nessa vida? Que inclinação é essa
pelo equívoco?
Olho
em volta e não te vejo mais. Me angustio. Olho para a mesma porta que você
bateu e desejo que você a abra. Mas, onde está você? Com quem pode está agora?
A quantas anda seu cotidiano, uma vez que não faço mais parte dele? Me resta um
sonho, apenas: te encontrar. Não sei se terei palavras ou se apenas meu olhar
vai explicar o sentimento que ainda existe. Não tenho ideia.
Para
quem perdeu a chance de viver uma linda história de amor e hoje vive às mínguas
em relacionamentos conturbados, resta a análise: ainda há vida; sempre há um
recomeço... Feliz e pleno de bons momentos. Nunca é tarde para sonhar e viver o
sonho. Parar, reconhecer seus defeitos e procurar seguir caminhos saudáveis são
formas de facilitar a realização de vivências contidas no coração. No andar das
horas tudo pode mudar.
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