Samsung E-Festival Premiará Novos Talentos da MPB

24 junho 2014 |

Projeto patrocinado pela Samsung é a mais moderna plataforma digital para revelar talentos da música, e inclui a criação e a promoção de um plano de carreira para os vencedores. As inscrições podem ser feitas até 31 de julho pelo site www.efestival.com.br.



SÃO PAULO, Brasil– Até o final de julho será oferecido aos artistas maiores de 18 anos a oportunidade de revelar seu talento e alavancar suas carreiras. Os candidatos podem se inscrever nas categorias Canção e Música Instrumental, para grupos de até cinco integrantes. As instruções e o regulamento estão no site, e é preciso preencher cadastro com informações sobre o artista ou banda e enviar link de vídeocom sua apresentação musical.

Na sequência, a comissão julgadora, comandada pelo curador artístico Thomas Roth, cantor, compositor e produtor musical, irá selecionar os cinco melhores e mais talentosos de cada uma das duas categorias. Os escolhidos terão suas músicas disponíveis no site para votação eletrônica do público geral, de 20 de agosto a 5 de setembro.

O público também poderá avaliar os finalistas e escolher os vencedores, por meio de entrevistas que o curador fará com os artistas classificados.

O Samsung E-Festival premiará os três melhores da cada categoria, respectivamente com: 1°lugar – R$ 30 mil; 2°lugar – R$ 15 mil e 3°lugar – R$ 5 mil. Já o artista mais votado de cada categoria receberá também o apoio do artístico de Thomas Roth e da curadoria do projeto para construção de seu plano de carreira.

Coroando todo o trabalho de participantes, público e comissão julgadora, o Samsung E-Festival terá um encerramento nacional e em grande estilo. Estão previstas apresentações dos ganhadores com grandes nomes da MPB em São Paulo, Porto Alegre e Salvador, em datas a confirmar.

Organizado pela Dançar Marketing e patrocinado pela Samsung, o Samsung E-Festival chega para dar continuidade à plataforma de incentivo à cultura da Empresa e está conectado ao propósito da marca. “Lançamos não apenas produtos, fazemos produtos que lançam pessoas. A Samsung não é exclusivamente uma Empresa de tecnologia. Somos uma plataforma de lançamento, que ajuda pessoas a realizarem seus sonhos, paixões e seus potenciais”, explica Mario Laffiitte, vice-presidente de Assuntos Institucionais da Samsung para América Latina.
  

Sobre a Samsung no Brasil

A Samsung Eletrônica da Amazônia tem dois complexos industriais, localizados em Manaus (AM) e em Campinas (SP). A Empresa conta atualmente com mais de 10 mil funcionários e está presente nos segmentos de smartphones, tablets, produtos de áudio e vídeo (TV, DVD, Blu-Ray, home theater, mini systems e smartcameras), eletrodomésticos, ar condicionado, monitores, notebooks e soluções de impressão. No Brasil desde 1986, a Empresa investe continuamente em Pesquisa e Desenvolvimento, bem como em modernas e eficientes estruturas de produção.

Sobre a Samsung Electronics Co., Ltd.

A Samsung Electronics é líder global em tecnologia e abre novas possibilidades para usuários em todo o mundo. Por meio de um processo de constante inovação, estamos transformando os mercados de televisores, smartphones, computadores pessoais, impressoras, câmeras, eletrodomésticos, soluções LTE, equipamentos médicos, semicondutores e soluções de LED. Empregamos 286 mil pessoas, em 80 países, com vendas anuais superiores a US$ 216.7 bilhões. Nosso objetivo é criar novas possibilidades para as pessoas ao redor do mundo. Para saber mais, acesse: www.samsung.com.br


A HISTÓRIA DA MPB E DE GRANDES ASTROS
PASSA PELOS FESTIVAIS DA CANÇÃO

Nas décadas de 60 e 70, em plena ditadura militar, os festivais de música estouravam nas rádios, emissoras de televisão e teatros. Em 1965, Edu Lobo e Vinícius de Moraes apresentaram com “Arrastão”, interpretada pela revelação Elis Regina, e assim iniciavam a era do reinado dos grandes eventos da MPB – com direito a torcidas como nos grandes eventos esportivos. O último evento dessa natureza foi realizado em 85, intitulado “Festival dos Festivais”, e Chico Buarque despontoucomo o maior vencedor de todos.

Qual era a principal função dos grandes festivais da canção? Revelar intérpretes, compositores e instrumentistas. Mas por conta da ditadura, que impunha controle em vários segmentos da sociedade, as composições serviam como uma forma de protesto, ainda que nas entrelinhas.

Transmitidos pela televisão para várias cidades do País, a partir de São Paulo, os eventos revelaram a maioria dos artistas que em boa parte ainda reinam no cenário musical nacional. Aconteceram o Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, a Bienal do Samba, Festival Internacional da Canção – FIC, encabeçado pela TV Globo, que ainda promoveu o Festival Abertura, MPB 80, MPB Shell e Festival dos Festivais, em 85.

Edu Lobo, por exemplo, ganhou em 65 com “Arrastão”, em parceria com Vinícius de Moraes, e dois anos depois com Ponteio, em dobradinha com Capinam e cantando ao lado de Marília Medalha, Momento Quatro e Quarteto Novo.

A revelação Elis Regina mostrou ser umapapa-título, ficando em primeiro em 65, eleita melhor intérprete em 67 e vencendo da  Bienal do Samba ao lado dos Originais do Samba com a música “Lapinha”, de Baden Powell e Paulo César Pinheiro.

Os festivais tiveram dois períodos áureos, entre 65 e 70 e de 71 a 85. Depois dos eventos promovidos pela TV Record vieram os encabeçados pela TV Globo, com um raro momento da extinta Tupi em 75, e novamente a emissora carioca até o Festival dos Festivais.

Geraldo Vandré, em duas oportunidades, nos anos 60, ganhou com “Porta Estandarte, em parceria com Fernando Lona, e “Disparada”, com Théo de Barros e interpretada pelo jovem Jair Rodrigues e os trios Marajá e Novo. A música empatou em primeiro com “A banda”, de  Chico Buarque, que cantou com Nara Leão.

Chico Buarque voltaria a vencer, mas na opinião de júri popular, em 68, com “Benvinda”, cantada por ele; e no Festival Internacional da Canção – FIC de 68, com “Sabia”, assinada com Tom Jobim. O IV Festival de MPB, a propósito, teve como vitorioso, para o júri especial, “São Paulo meu amor”, de Tom Zé e cantada por ele.

Vale lembrar que nem sempre os vencedores eram aplaudidos e alguns artistas também não assimilavam bem as vaias: quem não se lembra de Sérgio Ricardo quebrando o violão em pleno palco? Ou dos apupos para vencedores como BR-3 (FIC 70), de Antonio Adolfo e Tibério Gaspar, com Tony Tornado e Trio Ternura. Ou ainda as vaias para Lucinha Lins, no MPD Shell (81), por “Purpurina”, de Jerônimo Jardim. E mais uma, no encerramento do Festival dos Festivais (Globo, 85), para Tetê Espíndola com “Escrito nas estrelas”, de Arnaldo Black e Carlos Rennó.

Aplausos ou apupos à parte, surgiram nessa época artistas como Gilberto Gil (segundo em 67 com “Domingo no parque”, cantada por ele e Os Mutantes), Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Nana Caymmi, Evinha (intérprete de duas vitórias, em 69 com “Cantiga por Luciana”, de Edmundo Souto e Paulinho Tapajós, e “Kyrie” (71), de Paulinho Soares e Marcelo Silva), Maria Alcina, Jorge Ben, Fagner e mais uma infinidade de talentos.

Cronologia

O Festival da Música Popular Brasileira, da TV Record, teve quatro edições, de 1966 a 1969, com os vencedores:

1966: "A banda" (Chico Buarque) empatada com "Disparada" (Téo de Barros e Geraldo Vandré), interpretadas, respectivamente, por Nara Leão e Jair Rodrigues;

1967: "Ponteio" (Edu Lobo e Capinam), com Edu Lobo e Marília Medalha;

1968: "São, São Paulo meu amor" (Tom Zé), interpretada por Tom Zé, Canto 4 e Os Brasões, na votação do júri especial, e "Benvinda" (Chico Buarque), interpretada por Chico Buarque e MPB 4, na votação do júri popular;

1969: "Sinal fechado" (Paulinho da Viola), com o autor.

O
 Festival Internacional da Canção (FIC), em sua fase nacional, teve a primeira edição realizada no Maracanãzinho, Rio de Janeiro. Ao todo foram sete edições entre os anos de 1966 e 1972. O II FIC revelou ainda Milton Nascimento como melhor Intérprete, com "Travessia", sua composição em parceria com Fernando Brant, e segunda colocação.
Caetano Veloso participou do III FIC com "É proibido proibir". A música foi vaiada e Caetano protestou: "Vocês não estão entendendo nada." A canção foi desclassificada. O público também vaiou a grande vencedora, "Sabiá", em favor de "Caminhando (Pra não dizer que não falei de flores)", de Geraldo Vandré.
 
FIC, 1966, “Saveiros”, de Dorival Caymmi e Nelson Motta, cantada por Nana Caymmi;
FIC 1967, “Margarida”, de GutembertGuarabyra, com ele mesmo e Grupo Manifesto;
FIC 1972, “Fio Maravilha”, de Jorge Bem, com Maria Alcina;
A TV Record ainda realizou I Bienal do Samba, que teve como vencedora a composição "Lapinha" (Baden Powell e Paulo César Pinheiro), defendida por Elis Regina. Nessa primeira Bienal do Samba foram desclassificados pessoas da velha guarda como Pixinguinha e Donga, além de compositores do porte de Adoniran Barbosa e Herivelto Martins.
Festival Abertura, 1975, “Como um ladrão”, de Carlinhos Vergueiro com o próprio.
Festival de MPB, 1979, “Quem me levará sou eu”, Manduka e Dominguinhos, com Fagner.

Na década de 80 a Globo promoveu o
 MPB-80, conferindo o primeiro lugar à canção "Agonia" (Mongol), interpretada por Oswaldo Montenegro, que também recebeu o prêmio de melhor Intérprete. No ano seguinte, o MPB-81 deu avitória a "Purpurina" (Jerônimo Jardim), interpretada por Lucinha Lins.
MPB - 82, “Pelo amor de Deus”, Paulo Debétio e Paulinho Rezende, com Emílio Santiagol;
Festival dos Festivais, 1985, “Escrito nas estrelas”, de Arnaldo Black e Carlinhos Rennó, com Tetê Espíndola.


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