Apresentador do programa “Estação Saúde” do Canal
Futura e Diretor do Projeto Clownspital
de Palhaçaria Hospitalar, Sávio Moll,
43 anos, esbanja simpatia e talento no que faz. Uma pessoa simples e com
carisma-nato, conversou hoje um pouco com o CULTURA VIVA.
De segunda a sexta-feira no Canal Futura, às 16h, ele conversa com diversas pessoas e profissionais de Saúde sobre temas diversos. O programa informa e orienta com muita responsabilidade.
Mais informações sobre o Projeto Clownspital de Palhaçaria Hospitalar, curta a página na internet: facebook.com/clownspital .
Confira o bate papo!
CULTURA VIVA: Trabalhar em TV hoje no Brasil expõe muito
o profissional. Como você lida com esta questão? Como é a recepção do público
quando te encontra nas ruas?
SÁVIO MOLL: É curioso, pois
apesar do programa Estação Saúde estar no ar desde 2009, não me reconhecem
muito não. Tive poucas ocasiões em que fui abordado por pessoas que comentaram
algo mais ou menos assim: "Estou reconhecendo você? Você não é da
tv?" O que achei até um pouco engraçado, já que a TV é uma só, mas os
canais são vários. Houve até uma coisa que observei que é o seguinte: as
pessoas tendem a conhecer mais as pessoas que atuam em novelas. Quando o
Estação Saúde já estava no ar por volta de 3 meses, eu, por coincidência, fiz
também uma participação de uma novela da época, acho que era Passione. Um monte
de conhecidos me escreveram, ou me encontrando falaram: “Te vi na TV, Sávio”. E
eu, pensando no programa de saúde, rebati: “Ah, no programa!”. E eis que recebi
como retorno: “Não, na novela!”. Coisas do nosso cotidiano. Mas fazer o Estação
Saúde foi uma experiência magnífica. Conheci muita gente interessante. Um
barato.
C.V.: Seu programa “Estação Saúde”, além do
grande valor de orientar e informar acerca de diversas doenças, também funciona
como Utilidade Pública. É seu primeiro trabalho na área?
S.M.: Na TV sim. Mas
realizo um trabalho como Palhaço, visitando hospitais já há muitos anos. Essa
história de estar perto da Saúde é uma coincidência interessante. Ainda hoje
tenho trabalhado levando à frente o meu projeto que se chama Clownspital para 2
hospitais pediátricos na cidade do Rio de Janeiro: Hospital Municipal Jesus
(Vila Isabel) e o Hospital Municipal Nossa Senhora do Loreto (Ilha do
Governador).
C.V.: Além de exímio Comunicador, você está um
ótimo profissional de Saúde. Tem formação no setor?
S.M.: Puxa, em primeiro
lugar agradeço o elogio. Na verdade não. Minha formação é exclusivamente
artística como Ator e essa especialização na linguagem do Palhaço.
C.V.: Dos temas que já discutiu no programa, qual
o que, até o momento, mais te trouxe curiosidades e se tornou marcante para
você?
S.M.: Todos são muito
importantes, mas alguns me marcaram mais mesmo. Hanseníase é uma delas. A gente
houve pouco sobre a doença e menos ainda sobre o tratamento. Nesse mesmo
caminho a tuberculose, que está muito mais perto do que imaginamos, mas a que
mais me marcou mesmo, aquela que me deixou até meio ressabiado foi a
Leshimaniose: uma doença bem complicada transmitida pelo mosquito palha. Tudo
dela me foi novidade. O que era, como se transmite e o estrago que faz no ser
humano. Muito chata mesmo.
C.V.: Qual o tema que você ainda não levou ao ar
e gostaria muito de debater no “Estação Saúde”?
S.M.: Não tem nenhuma
que eu pensei em abordar e que o programa não tenha trazido, apesar de que a
equipe do Estação Saúde batalha por uma nova temporada porque assunto tem. E o
mais legal é podermos transformar assuntos que normalmente não temos muito
acesso em um programa informativo que certamente ajuda muita gente.
C.V.: Que dica você pode dar sobre os cuidados
com a saúde?
S.M.: Acho que de forma
geral temos que gostar de nós mesmos. É muito difícil termos disciplina nas
nossas escolhas em prol da nossa saúde. Vou dar um exemplo bobo, mas que ilustra
o que digo. Aprendi durante esse processo de gravação sobre temas de saúde que
refrigerante é o maior veneno. Não faz nada bem. Tem o ph muito ácido para o nosso
organismo, é carregado de sódio (sal) e de açúcar em excesso, e ainda rouba
cálcio dos nossos ossos. Isto é, não tem porque tomar. Mas eventualmente, numa
ocasião (festa, churrasco, etc.) onde o tal do refrigerante passa, eu acabo por
beber um copo. Então, acho que temos que ser firmes nos nossos hábitos e
procurar sempre escolher a nosso favor. Outro exemplo que também mostra muito
essa dificuldade de cuidarmos bem de nós mesmos é o cigarro. No caso eu não
fumo, mas todo mundo que é fumante sabe que o negócio não é legal, mas...
C.V.: Falando de saúde, você costuma advertir as
pessoas à sua volta quanto aos cuidados com cigarro e bebidas, uma vez que
muitos não se preocupam e perdem a vida por isso?
S.M.: Não muito. Quando
estou com amigos, ou em família, costumo comentar sobre o que aprendi quando
uma situação aparece, mas digo uma vez. Não fico sendo o educador o tempo todo.
Um tipo de Dr. Bactéria. Não, dou um toque e cada um cuida de si.
C.V.: Que recado você deixa para o público do
“Estação Saúde”?
S.M.: O recado é o que
uso para mim mesmo. Fique atento, olho vivo para suas escolhas. A vida é uma
só, é rápida e estamos aí para nos ajudar. O importante é seguir em frente e
estar bem consigo mesmo.
Fotos: Internet
2 comentários:
Boa reportagem.Um abraço Savio.
Vanessa Luiza de Pres.Prudente(sp)
... O programa apresentado é bom mesmo!
O assisto e confesso que já aprendi muito; saúde é coisa séria.
Além do apresentador mostrar ser uma baita pessoa - e nessa profissão tem de ser.
Rodrigo
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