Conduzir a vida com histórias. Embalar crianças com músicas que complementam
lendas, romances, aventuras, fantasias infantis. É justamente dessa forma que a
Contadora de Histórias Bianca Barboza,
32 anos, faz a diferença na vivência de muitas crianças e professores também
por onde passa. Com seu jeito doce e simpático de ser, educa, instrui e faz seu
público viajar por lugares talvez alcançados somente por um guia assim como
ela... Que embarca e mergulha junto curtindo todos os momentos, tornando-os
inesquecíveis!
Com
apresentações fixas em todos os domingos na casa de shows Imperator, no Méier – Zona Norte do Rio de Janeiro, além de contar histórias no Centro Cultural João Nogueira e no Hospital Hemorio, ambos também no município do Rio de Janeiro, a
moça também conta históras na Bibliotecal
Municipal Joaquim Manuel de Macedo, em Itaboraí.
Com
exclusividade, ele conversou com o CULTURA VIVA. Confira!
CULTURA VIVA: Em que
momento de sua vida percebeu o dom para contar histórias?
BIANCA BARBOZA: Há seis anos, quando iniciei o
trabalho voluntário no hospital Hemorio, pela Associação Viva e Deixe Viver.
C.V.: Como se preparou
para se tornar uma profissional na área?
B.B.: Cursei Letras na UFF e Teatro na
Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Pena. Fiz e faço muitos cursos livres
de contação de histórias pela Associação Viva e Deixe Viver, e em outros
lugares. Acredito que me preparo para este ofício há anos, mesmo sem imaginar que
trabalharia como narradora, pois hoje percebo que todas as minhas experiências
foram somadas e canalizadas para o universo infantil.
C.V.: Existe uma
formação específica para quem deseja contar histórias?
B.B.: Existem cursos livres ótimos, como os
oferecidos pelo grupo Os Tapetes Contadores de Histórias, pelo Costurando
Histórias, pela atriz Priscila Camargo e pelo contador Francisco Gregório. Em
São Paulo há uma instituição chamada A Casa Tombada que oferece curso de pós-graduação
Lato Sensu. Os cursos teóricos são essenciais, mas são as crianças que nos
ensinam verdadeiramente a contar histórias.
C.V.: Em sua opinião,
quem mais gosta de ouvir histórias: as crianças ou os adultos?
B.B.: Hahahahha! (risos) Os dois
gostam. Vejo pai e filho com os olhos
encantados... (risos)! No hospital, às vezes a criança não quer ouvir história
porque está cansada ou não está se sentindo bem, mas o adulto que está acompanhando
pede para contar.
C.V.: Qual o tema que
percebe o público mais atento e interessado em ouvir? Por que será?
B.B.: Temas escatológicos sempre fazem
muito sucesso com as crianças e muitas vezes com os adultos também... (risos)!
Livros como: “Até as princesas soltam pum” (Ilan Brenman), “Cocô no trono”(Benoit
Charlat) e “Que bicho será que fez a coisa?” (Angelo Machado) são sucessos. Histórias
com lobo e bruxa também agradam muito.
C.V.: Contar histórias e
cantar se torna um show completo. Em todas as suas apresentações, faz questão
que haja música?
B.B.: Sim, eu percebo que a música atrai e
concentra o público. Ouvir adultos e crianças cantando juntos me emociona, é
uma vibração maravilhosa. Tenho investido cada vez mais na música, estou
estudando violão.
C.V.: Qual sua opinião
sobre o mercado para quem sobrevive dessa profissão?
B.B.: Trabalhar com arte é sempre muito
difícil, mas percebo que o mercado está em expansão. Centros culturais, escolas
e diversas empresas têm investido na contação. Muitas pessoas ainda não conhecem
o trabalho de um contador de histórias, mas se encantam quando são apresentadas.
C.V.: Quais os seus
contatos para apresentações?
B.B.: São os seguintes:
Fotos:
Divulgação
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