Por Meiry Kamia
Autoconfiança significa sentir confiança em si mesmo, em
seu potencial, em sua capacidade de realização. A pessoa autoconfiante sente-se
mais confortável para enfrentar situações diferentes, falar com pessoas
desconhecidas, sofre menos com a ansiedade, e consegue utilizar melhor sua
inteligência para a resolução de problemas.
A autoconfiança é um fator importante para a qualidade e sucesso na vida porque ela aumenta a capacidade de socialização, adaptação e reação positiva frente as diversas situações que enfrentamos na vida.
Muitos pais não sabem, mas a autoconfiança é formada na infância e pode ser desenvolvida. E, por não saberem disso, muitas pessoas sofrem até a idade adulta acreditando que não há o que fazer. Esse texto dará algumas dicas de como pais podem ajudar seus filhos a serem mais autoconfiantes.
Autoestima e autoconfiança são conceitos parecidos, porém não são iguais. A autoestima está mais relacionada à estima por si mesmo, ou o quanto o sujeito aceita a si mesmo da forma como é. Já a autoconfiança está relacionada à capacidade de realização, ou quanto a pessoa confia em si mesma, o quanto acredita ser capaz de realizar determinada tarefa. A autoconfiança é estruturada de acordo com as realizações concretas. Portanto, quanto maior for a consciência da pessoa sobre suas realizações, maior será a confiança em si mesma de que será capaz de enfrentar situações diferentes.
Antes de seguir com as dicas, vamos refletir sobre algumas armadilhas que sabotam o desenvolvimento da autoconfiança em crianças:
A autoconfiança é um fator importante para a qualidade e sucesso na vida porque ela aumenta a capacidade de socialização, adaptação e reação positiva frente as diversas situações que enfrentamos na vida.
Muitos pais não sabem, mas a autoconfiança é formada na infância e pode ser desenvolvida. E, por não saberem disso, muitas pessoas sofrem até a idade adulta acreditando que não há o que fazer. Esse texto dará algumas dicas de como pais podem ajudar seus filhos a serem mais autoconfiantes.
Autoestima e autoconfiança são conceitos parecidos, porém não são iguais. A autoestima está mais relacionada à estima por si mesmo, ou o quanto o sujeito aceita a si mesmo da forma como é. Já a autoconfiança está relacionada à capacidade de realização, ou quanto a pessoa confia em si mesma, o quanto acredita ser capaz de realizar determinada tarefa. A autoconfiança é estruturada de acordo com as realizações concretas. Portanto, quanto maior for a consciência da pessoa sobre suas realizações, maior será a confiança em si mesma de que será capaz de enfrentar situações diferentes.
Antes de seguir com as dicas, vamos refletir sobre algumas armadilhas que sabotam o desenvolvimento da autoconfiança em crianças:
· Superproteção: alguns pais protegem
tanto seus filhos que não dão oportunidade dos filhos testarem a si mesmos. Por
exemplo, há pais que executam a tarefa de casa pelo filho porque acreditam que
as tarefas sejam “puxadas” demais. Ou, permitem que o filho falte à aula porque
“está cansado”. Ou, deixam de ir à alguma festa ou reunião social porque o
filho “não fica à vontade”. Ou, interferem em quaisquer desentendimentos com
coleguinhas da escola achando que o filho não sabe se defender. Ou seja, evitam
qualquer possibilidade de frustração da criança. O problema da superproteção é
que a criança não tem a oportunidade de superar sua preguiça, desenvolver a
responsabilidade, a força de vontade, etc. Fazer pelos filhos é deixar
registrado neles a dúvida de sua própria capacidade de realizar. A mensagem
transmitida para a criança é: “deixe que eu faço porque
você não é capaz de fazer”.
· Elogios
demais: elogios
vazios, que não possuem conexão com alguma tarefa ou esforço realizado não é a
forma mais adequada de desenvolver autoconfiança. Ao contrário, uma pesquisa
realizada pelo psicólogo Wulf-Meyer, demonstrou que crianças acima de 12 anos
não recebem bem elogios de professores, pois consideram que seus mestres acham
que têm capacidade e por isso precisam de estímulo extra. Dessa forma, ficam
tão insensíveis a ponto de preferirem as críticas, uma vez que a crítica
demonstra, para eles, o quanto ainda tem potencial para desenvolver e o quanto
o professor acredita neles.
· Falta
de regras definidas: deixar
a criança “solta” demais não gera autoconfiança, ao contrário, gera
insegurança. Alguns pais, receando serem tachados de severos demais, acabam
criando seus filhos com ausência de regras, ou com regras confusas, tendo horas
em que permitem tudo e em determinados momentos o mesmo comportamento é punido.
A criança precisa das regras externas definidas para que consiga desenvolver a
sensação de segurança. A criança precisa de alguém que direcione suas
atividades, diga-lhe o que é certo e errado, e o que é esperado dela. Isso lhe
da a sensação de controle sobre a situação e sobre seu próprio comportamento.
· Falta
de paciência: desenvolver
habilidades emocionais e comportamentais leva tempo e exige muita observação,
amor e paciência por parte dos pais. Muitos pais impacientes brigam com os filhos
dizendo frases como “Poxa, você não aprende
nunca?!”, “Quantas vezes eu tenho que
falar?”, ou “ai, desisto, esse menino é assim mesmo!”.
Desabafos como esses podem desestimular a criança e ainda piorar sua
autoestima. É importante não projetar a criança perfeita em seu filho.
Veja a seguir algumas dicas de como estimular a autoconfiança em
crianças:
· Faça
a criança sentir-se útil: autoconfiança
tem a ver com a sensação de ser capaz de realizar determinadas ações e tarefas,
em outras palavras, a sensação de ser útil. Dê tarefas a seu filho: ensine-o a
guardar os brinquedos, ajudar a arrumar a sala, arrumar a cama, etc. A
criança perceberá que é capaz de realizar tarefas sozinha.
· Ter
regras e rotinas estabelecidas: ter horários certos para
refeições e tarefas, regras definidas de educação, etc, ajudam a trazer a
sensação de segurança à criança. A capacidade de prever eventos, de saber que
as regras não mudam, acalma a criança. Essa sensação de segurança potencializa
a capacidade de adaptação em situações adversas – pois a criança sabe que terá
que se adaptar por um tempo, mas logo as coisas voltam ao normal.
· Desafie: encoraje seus filhos a
superarem a si mesmos e experimentarem situações novas. Através de jogos e
brincadeiras, eles podem experimentar as sensações de serem competentes ou
incompetentes, ganhar e perder, e também a ter paciência para aprender e
melhorar. No caso de crianças muito tímidas, estimular a socialização é um
ótimo exercício: ajude-a a “aquecer” socialmente, aproxime-se junto de algum amiguinho,
ajude a fazer a ponte para a conversa inicial. Brinque junto até haja um mínimo
de confiança. Afaste-se um pouco, mas permaneça no local. Faça a ponte entre o
desconhecido para o conhecido.
· Reflita
com ele: após
as experiências, reflita com seu filho sobre suas ações e resultados: o que
eles ganharam e quais benefícios eles trouxeram para as pessoas e ambientes
onde estiveram.
· Elogie
os resultados: Elogie
a criança sempre baseado nos resultados de suas ações e nos benefícios que ela
trouxe ao ambiente e às pessoas à sua volta. Ex.: “Parabéns, veja como seu
quarto ficou mais bonito agora”, ou “você viu como se divertiu na festa com o
amiguinho novo?”.
· Inspire: Trabalhe a imaginação da
criança de forma positiva, por exemplo, mostre a ela o quão positivo será para
ela mesma ao conseguir fazer amigos com mais facilidade, ou fazer tarefas
sozinha, ou ajudar a arrumar a casa, etc.
· Respeite
os limites: A
criança deve ser estimulada a avançar cada vez mais, porém os pais devem sempre
observar como a criança reage, a ponto de não exigir demais da criança, gerando
ansiedade demais e, consequentemente, a desistência por se sentir pressionada
demais.
Como vimos, desenvolver habilidades sociais e humanas não
é uma tarefa fácil, mas é uma responsabilidade dos pais. É preciso muita
entrega, observação, reflexão, amor e paciência envolvidos. Amar não é proteger
os filhos dos problemas que os afetam, e sim prepara-los para enfrentar os
problemas sozinhos. Isso exige treino e constância. Se você ama seu filho,
ajude-o a tornar-se um adulto emocionalmente saudável e independente. Boa
sorte!
MEIRY KAMIA: Palestrante,
Psicóloga, Mestre em Administração de Empresas, Consultora Organizacional,
autora do livro “MOTIVAÇÃO
SEM TRUQUES”. Consultora convidada em Gestão de
Pessoas da TV GLOBO – Programas JORNAL HOJE, ENCONTRO com FÁTIMA BERNARDES e
MAIS VOCÊ. Comentarista sobre Comportamento no Trabalho do PROGRAMA TRIBUNA
INDEPENDENTE – REDE VIDA. Também é ilusionista, premiada como melhor mágica
feminina da América Latina, pela Federação Latino-Americana de Sociedades
Mágicas. Desenvolve palestras motivacionais e treinamentos diferenciados,
aliando Arte Mágica, Teatro e Psicologia. www.meirykamia.com ; atendimento@meirykamia.com
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Fotos: Divulgação
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