O espetáculo Nu de Botas, baseado em livro nomônimo de Antonio Prata, reúne crônicas
sobre passagens marcantes de sua infância. Com direção de Cristina Moura,
que também assina a dramaturgia em parceria com Pedro Brício,
a comédia estreia noSesc Belenzinho, no dia 23 de junho (sexta, às 21h30).
Na encenação estão as primeiras
lembranças no quintal de casa, os amigos da vila, o divórcio dos pais, o cometa
Halley, os desenhos animados da TV, uma inusitada viagem à África, dilemas
morais, viagens de carro, histórias e relatos das lembranças da infância do autor, uma época da vida repleta de descobertas e
experimentações. As histórias do menino Antônio, que nasceu em São Paulo no
final dos anos 70, são inspiradas em fatos reais, narradas do ponto de vista da
criança, com os filtros da ficção e permeadas pelo bom humor. Um olhar
infantil, de quem se espanta com o mundo e a ele confere um sentido muito
particular – cômico, misterioso, lírico e encantado.
No palco, os atores Luciana
Paes, Isabel Gueron, Thiare Maia Amaral / Keli
Freitas, Pedro
Brício e Renato
Linhares contam as histórias de Antonio
pelas suas próprias perspectivas e sensibilidades de adultos que vivem na
cidade do Rio de Janeiro. Esse foi o desafio proposto por Cristina Moura, que
aposta numa encenação simples com valorização das palavras e das imagens que
surgem das histórias desse jovem e talentoso cronista, explorando cenicamente a
comicidade por trás de cada uma das situações vividas pelo narrador. Em Nu de Botas o espectador se depara com situações aparentemente
cotidianas, entretanto o humor utilizado por Prata transforma cada uma dessas
situações em narrativas muito especiais, fazendo com que novamente habitemos a
infância ao nos abrir as portas para um estado de surpresa e encantamento.
A montagem é uma peça de memória,
de afeto; são lembranças particulares de um narrador que, em algum momento, são
as nossas lembranças, ou nos remetem a elas. Se a infância é a poesia da nossa
existência, se passamos a vida buscando reencontrá-la, mas ela fica por lá, em
forma de memória, em fragmentos, afirmando um pouco quem somos, as histórias de Nu de Botas nos transportam para essa dimensão mais poética da
vida.
Ficha técnica
Baseado na obra da Antonio Prata
Dramaturgia: Cristina Moura e Pedro Brício
Direção: Cristina Moura
Elenco: Luciana Paes, Isabel Gueron, Thiare Maia
Amaral / Keli Freitas, Pedro Brício e Renato Linhares
Cenários: Estúdio Radiográfico (Olivia Ferreira e
Pedro Garavaglia)
Figurinos: Ticiana Passos
Direção musical: Domenico Lancelotti
Iluminação: Francisco Rocha
Direção de produção: Dadá Maia
Duração: 75 minutos. Classificação: 14 anos.
Gênero: comédia.
Currículos
Antonio Prata - Desde 2010 é
colunista semanal do jornal Folha de São Paulo. Considerado um dos cronistas de
maior destaque de sua geração e um dos maiores do país, são de sua autoria
alguns bordões que já se tornaram populares - como “meio intelectual, meio de
esquerda”, título de seu livro publicado anteriormente à “Nu de Botas” e de um
seus textos mais célebres -, bem como algumas das passagens mais bem-humoradas
da novela “Avenida Brasil” (TV Globo), em que atuou como colaborador de João
Emanuel Carneiro. Em 2012, foi incluído na edição brasileira da revista Granta como
um dos vinte melhores escritores nacionais com menos de 40 anos. Foi um dos 16
participantes do projeto “Amores Expressos”, passando um mês em Xangai para
escrever um romance, até hoje não publicado. Colaborou como roteirista nas
novelas “Bang Bang“, de seu pai Mario Prata e Carlos
Lombardi e também e “A Regra do Jogo” de João Emanuel Carneiro. Em
2015 escreveu o piloto da série "Os Experientes", dirigido por Kiko e
Fernando Meirelles. "Os Experientes" venceu o prêmio APCA de melhor
série de televisão. Obras publicadas: “Douglas e Outras Histórias” —
Azougue Editorial (2001); “Estive Pensando” — Marco Zero Editora (2004);
“Meio Intelectual, Meio de Esquerda” - Editora 34 (2010); “Felizes Quase
Sempre” - Editora 34, com Laerte Coutinho (2013); “Nu de Botas” -
Companhia das Letras (2013); “Trinta e Poucos” - Companhia das Letras (2016),
entre outros.
Cristina Moura - É diretora de
espetáculos de teatro e dança contemporânea, coreógrafa e intérprete. Entre
1996 e 2003 viveu na Europa e integrou o Les Ballets C de La B de Alain Platel,
entre outras Cias. Em 2003 cria seu solo “like an idiot”, de grande êxito, que
foi mostrado na Europa, America Latina, Estados Unidos, Canadá e Brasil. É
colaboradora de Enrique Diaz em "Ensaio.Hamlet" de W Shakespeare e
"Gaivota" de A. Tchekov e em 2010 co-dirige "OTRO", do
Coletivo Improviso, com este diretor. Em 2011 dirige "O menino que vendia
palavras" a partir do livro homônimo de Ignácio de Loyola Brandão com
dramaturgia de Pedro Brício. Em 2012 cria o duo “Peça coração”. Em 2013 assina
a direção de "Philodendrus, uma conferência imaginária". Co-dirige
com Emilio de Mello "Nós de borboletas", de Keli Freitas. Em 2014
dirige "Retratos" solo para Carolina Cony. Em 2015 prepara os elencos
das novelas da Rede Globo, e apresenta “ Exercicios para Sr. Silva” no Tempo
Festival, no OiFuturo Flamengo. Em 2016 colabora com “Os Realistas” com direção
de Guilherme Weber e “A menina do dedo torto” com direção de Pedro Bricio.
Isabel Gueron - Formada em Artes
Cênicas pela Universidade do Rio de Janeiro, em 1997 e Escola Nacional de
Circo, em 1995. Em 2001 recebeu o Kikito de Melhor Atriz do Festival de Gramado
por seu desempenho em "Bufo & Spallanzani", de Flavio Tambellini.
No teatro, atuou em mais de uma dezena peças, como "Dorotéia", de
Nelson Rodrigues, e "As Visões de Simone Machard", de Bertold Brecht.
Em 2010, esteve em cartaz com “Após a chuva” com texto e direção de Silvio
Guindane. Participou dos espetáculos: 1995- “Máscaras”, de Menotti Del Pichia,
direção de Djalma Thurler; 2005- “A Farsa”, de Botho Strauss, direção de Caco
Coelho; 2009- “Improzap”, com a Cia Teatro do Nada; 2011- “Um Coração Fraco”,
de Dostoievski, direção de Priscilla Rozenbaum; 2012- “A Propósito de Srta.
Julia”, de August Strindberg, direção de Walter Lima Junior, 2016. Entre
outros.
Thiare Maia Amaral - É atriz e
criadora. Seus últimos trabalhos são “O Grande Livro dos Pequenos Detalhes”,
co-produção Brasil /Portugal que estreou no Oi futuro do RJ em 2015 e teve
apresentações em Lisboa e Porto. “Memória de Elefante”, dentro do projeto
Microteatro que teve sua primeira edição no RJ. Durantes os últimos anos
trabalhou com encenadores como Michel Melamed, Alessandra Colasanti, Cristina
Moura, Emanuel Aragão e Jefferson Miranda. No cinema assina colaboração no
roteiro e direção no filme “A Glória e a Graça”, direção de Flávio Tambellini
com estreia prevista para 2017.
Pedro Bricio - É dramaturgo,
diretor, ator e produtor. Destacamos alguns trabalhos: "A Outra
Cidade", assinou texto e direção, Centro Cultural Banco do Brasil - Teatro
I, Indicado ao prêmio Questão de Crítica de melhor texto (2013); “Breu” assina
o texto, direção de Maria Sílvia Campos e Miwa Yanagizawa, CCBB – Brasília e
RJ, Sesc Belenzinho – SP (2012); “Me salve, musical !” assinou o texto e
direção. “Trabalhos de amores quase perdidos” assinou o texto e direção, Espaço
Cultural Sérgio Porto, esse texto publicado na coleção “Dramaturgias” da
editora Cobogó (2011); “O Menino que vendia palavras” assinou a dramaturgia a
partir do livro homônimo de Ignácio de Loyola Brandão, Prêmio APCA de melhor
texto adaptado, direção de Cristina Moura. “A Peça do casamento” texto de Edward
Albee, assinou a direção, no elenco Guida Vianna e Dudu Sandroni; “Modéstia”-
de Rafael Spregelburd, assinou a direção, no elenco Bel Garcia, Fernando Alves
Pinto, Gilberto Gawronski e Isabel Cavalcanti; “Acqua Toffana”, de Patrícia
Melo, assinou a adaptação e direção, no elenco Dani Barros, indicado ao prêmio
Shell melhor atriz, Teatro Oi Futuro, Teatro do Jockey, Sesc Paulista (S.P),
Festival internacional de São José do Rio Preto, Cena Contemporânea Brasília
Renato Linhares - É ator e diretor.
Iniciou sua carreira com a Tribo de atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz,
participando do espetáculo “A Exceção e a Regra”, de Bertolt Brecht. Atuou na
Cia dos Atores e Armazém Cia de Teatro, e trabalhou com diretores como Pedro
Brício e Antonio Gilberto. É integrante do Coletivo Improviso, dirigido por
Enrique Diaz, Mariana Lima e Cristina Moura, tendo participado dos espetáculos
“Otro” e “Não olhe agora”, apresentados em inúmeros festivais em países como
França, Alemanha, Japão, Suíça e Holanda. Com o diretor espanhol Fernando
Renjifo, participa dos espetáculos “Impromptus” e “Paisaje Invisible”. Com a
diretora e coreógrafa Cristina Moura, atua nos espetáculos “A Mulher que Matou
os Peixes… e Outros Bichos”, “To Beauty or not to Beauty”, “I Was Born To Die”
e “Homens”. Como integrante da Intrépida Trupe dirigiu o espetáculo “Metegol” e
participou de “Sonhos de Einstein” e “Flap”. Com o grupo Foguetes Maravilha
atuou em “Ninguém Falou que Seria Fácil”, de Felipe Rocha com direção de Felipe
Rocha e Alex Cassal em 2010.
Espetáculo: Nu de Botas
Estreia: 23 de junho. Sexta, às 21h30
Temporada: 23/06 a 23/07. Sextas e sábado (21h30),
domingo (18h30)
Local: SALA DE ESPETÁCULOS I (100 lugares). Não
recomendado para menores de 14.
Ingressos: R$ 20,00 (inteira); 10,00 (aposentado,
pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, 10,00 estudante e servidor
da escola pública com comprovante) e R$ 6,00 (trabalhador do comércio de bens,
serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes). Venda pelo Portal Sesc
SP (www.sescsp.org.br) e unidades do Sesc.
Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000
Belenzinho – São Paulo (SP). Telefone: (11) 2076-9700
www.sescsp.org.br/belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000
Belenzinho – São Paulo (SP). Telefone: (11) 2076-9700
www.sescsp.org.br/belenzinho
Estacionamento: Para espetáculos
com venda de ingressos após as 17h:
R$ 15,00 (não matriculado); R$ 7,50 (credencial plena no SESC - trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo/ usuário).
R$ 15,00 (não matriculado); R$ 7,50 (credencial plena no SESC - trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo/ usuário).
Foto: Renato Mangolin
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