A Semana da Criança está movimentando crianças em diversas
programações no município. O Hospital Público de Macaé (HPM), no Rio de Janeiro, não ficou de fora
com atividades especiais realizadas, nesta quarta-feira (11), para 40 crianças
e adolescentes atendidos do Programa Classe Hospitalar assistidos nas
pediatrias e pronto atendimento. A programação faz parte da culminância do
projeto "Uma dose de leitura", que destaca questões como
incentivo à leitura e artes. A ocasião foi marcada pela apresentação do
grupo HistoriArte, contadores de histórias da rede municipal, dinâmicas,
brincadeiras e apresentação do grupo de voluntários "Rir para não
chorar".
Mesmo hospitalizados, a festa foi marcada por sorrisos e
brilho no olhar da garotada. Edite Cristine Brito, aluna da Escola
Municipal Wanderley Quintino (Malvinas), fez questão de dançar e cantar com os
palhaços. Com apenas 4 anos, a menina, que está se recuperando de
bronquite asmática, fez questão de fazer os exercícios escolares. "Gosto
de brincar e estudar. Quando melhorar vou estar com meus amigos na
escola", disse, animada, acompanhada pela mãe Adriana Brito.
A atividade também contou com a participação do pequeno Brayan Arthur
Gomes, 2 anos e oito meses, o menino que está se recuperando de uma
bactéria era um dos mais empolgados. A mãe, Saionara Gomes, elogiou a
atividade em homenagem às crianças. "Meu filho não tem previsão de alta.
Ele vai passar o Dia das Crianças internado. Essa festa é muito importante para
ele e outras crianças, que estão aqui", conta.
Classe Hospitalar
Com a realização do programa Classe Hospitalar, o objetivo da rede
municipal é dar continuidade aos estudos e melhorar a adaptação dos pacientes
hospitalizados. O trabalho oferece suporte e acompanhamento pedagógico
específico para os alunos atrelado às atividades desenvolvidas nas
escolas. Para facilitar o retorno às salas de aula, os profissionais
do "Classe Hospitalar" aplicam exercícios e provas
específicas no próprio hospital conforme o planejamento pedagógico da unidade.
O "Classe Hospitalar" conta com a atuação de professores e
auxiliares de serviços escolares. A equipe ministra atividades como,
trabalhos lúdicos, desenvolvimento de jogos pedagógicos a exemplo de
xadrez e estimulação, letramento e contação de histórias. As ações são realizadas
em duas salas específicas dotadas de materiais e brinquedos pedagógicos, mesa
para atividades voltadas para o ensino-aprendizagem.
De acordo com o secretário de Educação, Guto Garcia, a rede
municipal atende ao Conselho Nacional de Educação, que prevê o atendimento
educacional à crianças em tratamento de saúde, que implique
internação hospitalar. "O município também segue as
determinações do Ministério da Educação (MEC), que indica a ação integrada
entre os sistemas de ensino e saúde, por meio das classes hospitalares,
na tentativa de dar continuidade ao processo de desenvolvimento e
aprendizagem", pontua.
Atendimento Domiciliar
Os estudantes que receberam alta hospitalar, mas ainda não têm
condições de voltar à escola contam com atendimento domiciliar, vertente
diferenciada do "Classe Hospitalar", que visa manter o
vínculo e reintegração à escola. O trabalho promovido em domicílio é mais um
suporte para os alunos que apresentam doenças crônicas ou algum
comprometimento, que os impede de frequentar a escola. O atendimento em casa é
mais um estímulo para resgatar o vínculo com a escola.
Foto: Divulgação
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