Crianças hospitalizadas participam de programação do Dia das Crianças

12 outubro 2017 |


A Semana da Criança  está movimentando crianças em diversas programações no município. O Hospital Público de Macaé (HPM), no Rio de Janeiro, não ficou de fora com atividades especiais realizadas, nesta quarta-feira (11), para 40 crianças e adolescentes atendidos do Programa Classe Hospitalar assistidos nas pediatrias e pronto atendimento. A programação faz parte da culminância do projeto "Uma dose de leitura", que destaca  questões como incentivo à leitura e artes. A ocasião foi marcada pela apresentação do grupo HistoriArte, contadores de histórias da rede municipal, dinâmicas, brincadeiras e apresentação do grupo de voluntários "Rir para não chorar".

Mesmo hospitalizados,  a festa foi marcada por sorrisos e brilho no olhar da garotada. Edite Cristine Brito, aluna da Escola Municipal Wanderley Quintino (Malvinas), fez questão de dançar e cantar com os palhaços. Com apenas  4 anos, a menina, que está se recuperando de bronquite asmática, fez questão de fazer os exercícios escolares. "Gosto de brincar e estudar.  Quando melhorar vou estar com meus amigos na escola", disse, animada, acompanhada pela mãe  Adriana Brito.

A atividade também contou com a participação do pequeno Brayan Arthur Gomes, 2 anos e oito meses, o menino que está se recuperando de uma bactéria era um dos mais empolgados. A mãe, Saionara Gomes, elogiou a atividade em homenagem às crianças. "Meu filho não tem previsão de alta. Ele vai passar o Dia das Crianças internado. Essa festa é muito importante para ele e outras crianças, que estão aqui", conta.

Classe Hospitalar
Com a realização  do programa Classe Hospitalar, o objetivo da rede municipal é dar continuidade aos estudos e melhorar a adaptação dos pacientes hospitalizados. O trabalho oferece suporte e acompanhamento pedagógico específico para os alunos atrelado às atividades desenvolvidas nas escolas. Para facilitar  o retorno às salas de aula, os profissionais do "Classe Hospitalar" aplicam  exercícios e provas específicas no próprio hospital conforme o planejamento pedagógico da unidade.

O "Classe Hospitalar" conta com a atuação de professores e auxiliares de serviços escolares. A equipe ministra atividades como,  trabalhos lúdicos, desenvolvimento de jogos pedagógicos a exemplo de xadrez e estimulação, letramento e  contação de histórias. As ações são realizadas em duas salas específicas dotadas de materiais e brinquedos pedagógicos, mesa para atividades voltadas para o ensino-aprendizagem.

De acordo com o secretário de Educação, Guto Garcia,  a rede municipal atende ao Conselho Nacional de Educação, que prevê o atendimento educacional à crianças em tratamento de saúde, que implique internação hospitalar. "O município também segue as determinações do Ministério da Educação (MEC), que indica a ação integrada entre os sistemas de ensino e saúde, por meio das classes hospitalares, na tentativa de dar continuidade ao processo de desenvolvimento e aprendizagem", pontua.
Atendimento Domiciliar
Os estudantes que receberam alta hospitalar, mas ainda não têm condições de voltar à escola contam com atendimento domiciliar, vertente diferenciada  do "Classe Hospitalar", que visa manter o vínculo e reintegração à escola. O trabalho promovido em domicílio é mais um suporte para os alunos que apresentam doenças crônicas ou algum comprometimento, que os impede de frequentar a escola. O atendimento em casa é mais um estímulo para resgatar o vínculo com a escola.

Foto: Divulgação


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