Homenagem a
Guimarães Rosa e participação do Quarteto de Cordas Radamés Gnatalli
A produção independente do CD autoral do compositor e cantor Mauro Marcondes resgata uma dimensão desconhecida do executivo e homem público dedicado, nas últimas três décadas, às atividades de planejamento governamental e de execução de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do País e de integração da América do Sul. Nos últimos anos, trabalhou em Washington, no Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, como um dos diretores. Antes, foi presidente da agência do governo brasileiro que financia a inovação, a ciência e a tecnologia nacionais - FINEP. Também trabalhou no Ministério da Saúde e no Ministério do Planejamento como Secretário de Planejamento.
O Álbum "Cantoria de Bazar"é composto de quatorze músicas em parceria com Zéjorge, autor - dentre tantas belas músicas - de "Serafim e seus filhos" (dele e Ruy Maurity) , e um antigo parceiro com quem Mauro se reencontrou, em 2014, depois de muitos anos afastados. Abre o CD, um prelúdio composto por Bernardo Marcondes, um violonista erudito que vive nos Estados Unidos. "Cantoria de Bazar" tem no universo de Guimarães Rosa sua linha condutora, que se amplia com outros temas que tratam da emoç&ati lde;o humana. Também não deixa de ser uma homenagem ao cinquentenário de morte do grande escritor brasileiro. O álbum já pode ser encontrado em todas as plataformas digitais.
O CD começa levando os ouvintes aos mistérios do interior rosiano traduzidos nas músicas "Prelúdio de Josafá" e "Josafá" com melodias e ritmos que compõem a atmosfera do nosso tão diverso sertão. Segue "Caça ao tesouro", uma leitura da história do Brasil vestindo uma canção diferente e instigante. "A palavra e a viola" é uma melodia singela para a bela letra que nos projeta ao interior do país. O roteiro do álbum é a trajetória de um suposto personagem (a alma brasileira?) que tem suas raízes no mundo rural e se aventura pela cidade grande. "Caixinha de surpresa" é a música que inicia a transição, quando na estação esperando o trem, a infância e o poeta se encontram. "A banda disparou", com seu ritmo e percussão marcantes, é a música que joga nosso personagem na metrópole na época dos grandes festivais da nossa MPB. Com os blues" Sombra e blue", "Sophia" e "O poeta falou" as emoções e diversidade do nosso universo urbano, em especial a vida noturna da cidade, marcam o visitante. "Mutirão", com sua forte percussão, simboliza o trem que retorna ao “Sertão: lugar de contar o sim, o não”. O sentimento mais profundo e a dor estão presentes nesse momento de retorno, com a canção suave e pungente &qu ot;Espelho meu". As músicas "Rosa Repente" (homenagem explícita ao grande escritor), "Cantoria de bazar" (que deu nome ao álbum, representando a diversidade das canções apresentadas) e "Além do canavial "são a volta às raízes. O CD fecha com "Deus criou o samba", uma síntese da nossa loucura tropical.
A direção musical e os arranjos são assinados
pelo Maestro Leandro Braga que emprestou seu talento de
pianista e arranjador para abrilhantar a obra do compositor Mauro
Marcondes. O CD contou, ainda, com a participação de músicos
excelentes, como o João Gaspar, na guitarra e violões de
náilon e de aço, Rodrigo Villa, nos baixos acústico e
elétrico, Christiano Galvão, na bateria, André Siqueira, na
percussão, o&n bsp;Quarteto Radamés Gnattali, nas cordas, Jessé
Sadoc e Marcelo Martins, nos sopros, o gaúcho Luciano
Maia, no acordeon, Rodrigo Bis, na rabeca e Márcio
Almeida (Hulk), no cavaquinho. Em algumas músicas o coro de belas
vozes se faz ouvir: Ninah Jo, Telma Tavares, Marcio Lott e
Marcello Furtado. Os amigos também estiveram presentes no estúdio e
ajudaram a formar o coro de rua no samba final, assim como as meninas Katarina
e Victoria encantam em "Caixinha de Surpresa".
Mauro Marcondes entregou a
parte gráfica do CD e as fotografias à sensibilidade e ao bom gosto de Fernando
Leite. A Produção Executiva foi realizada pela experiente Solange
Böeke e teve o apoio inestimável do amigo e parceiro Paulo
César Feital. Gravado e mixado nos estúdios da Alcateia
Audiovisual, contou no comando da mesa com o craque Marcio
Lyra. A masterização ficou por conta do excelente Luiz
Tornaghi, do estúdio Batmastersom.
Mauro Marcondes compõe desde muito jovem influenciado pelos compositores da bossa-nova e pela música de Milton Nascimento, Edu Lobo, Chico Buarque, Dori Caymmi e de tantos outros mestres da música nacional. Aos 17 anos participou do IV Festival Universitário da extinta TV TUPI e foi construindo uma carreira de compositor, conciliando-a com a do profissional da área de desenvolvimento econômico, trabalhando no BNDES. Realizou shows no MAM com jovens cantores, e teve apresentações dirigidas pelo maestro Antonio Adolfo. Participou do MPB-80 da Rede Globo, com a música “Como se Fosse”, em parceria com Caito, com belo arranjo da maestrina Célia Vaz e defendida pela cantora baiana Jace.< /span>
Mauro Marcondes compõe desde muito jovem influenciado pelos compositores da bossa-nova e pela música de Milton Nascimento, Edu Lobo, Chico Buarque, Dori Caymmi e de tantos outros mestres da música nacional. Aos 17 anos participou do IV Festival Universitário da extinta TV TUPI e foi construindo uma carreira de compositor, conciliando-a com a do profissional da área de desenvolvimento econômico, trabalhando no BNDES. Realizou shows no MAM com jovens cantores, e teve apresentações dirigidas pelo maestro Antonio Adolfo. Participou do MPB-80 da Rede Globo, com a música “Como se Fosse”, em parceria com Caito, com belo arranjo da maestrina Célia Vaz e defendida pela cantora baiana Jace.< /span>
Mauro Marcondes é
essencialmente um melodista com harmonias cuidadosas e "Cantoria de
Bazar" mostra um trabalho de um cantor/compositor que
forjou sua música no melhor da MPB e retoma uma trajetória que é marcada pelo
profundo compromisso com a beleza e diversidade de nossa música popular
brasileira. As letras do&nb sp;Zéjorge levam o ouvinte ao
universo de Guimarães Rosa e ao fundo das emoções das nossas
grandes cidades e da alma brasileira.
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