Vitória Furtado e sua arte revelada em ‘No Escuro ou o que faz uma mariposa sem uma lâmpada’

21 dezembro 2019 |



Encerra hoje, no Teatro Candido Mendes, em Ipanema (RJ), a comédia melodramática “No Escuro ou o que faz uma mariposa sem uma lâmpada", de Jaú Sant`Angelo, baseada no texto de Carlos Gorotiza, dirigida por Jefferson Almeida. No palco os atores Vitória Furtado e Sidcley Bastista esbanjam talento num espetáculo montado em homenagem aos trabalhadores do Teatro.

 

A história fala de “Laura”, uma mulher que vai reviver sua atriz de duas décadas atrás, e vai flertar com a loucura, e de seu marido “Bento”, que tenta devolvê-la à vida real.

Em conversa com o CULTURA VIVA a atriz Vitória Furtado falou de sua carreira e de mais esse trabalho com o qual presenteia o público.


Acompanhe!

CULTURA VIVA: Que fato demarca seu início na atuação?
VITÓRIA FURTADO: Foi quando ainda estudante na faculdade Dulcina, em Brasília, fiz Hamlet Machine de Heiner Muller. Pela primeira vez, atuei e produzi.

C.V.: Qual o tema central da peça "No escuro ou o que faz uma mariposa sem uma lâmpada"?
V.F.: A dificuldade que a maioria dos artistas tem de viver da arte, especificamente do teatro. 

C.V.:  Desde de sua estreia, como analisa essa temporada? 
V.F.: Como um grande aprendizado.

C.V.:  E o parceiro em cena, o ator Sidcley Batista, como tem contribuído para mais esse sucesso?
V.F.: Com o seu talento e a sua disposição de atuar.

C.V.: Além de atuar, este espetáculo também tem sua participação na montagem?
V.F.: Sim. A minha empresa é quem realiza o espetáculo.

C.V.: Qual sua opinião sobre o Teatro no Rio de Janeiro, hoje?
V.F.: Acho que está difícil pelos cortes que houveram no investimento para a Cultura. No Rio, por exemplo, o corte do fomento direto afetou muito as possibilidades de produção.

C.V.: No Brasil ainda se conserva a cultura das famílias frequentarem o Teatro?
V.F.: Sim, mas essa cultura é restrita aos grandes centros urbanos.

C.V.: O que falta para aquecer o mercado teatral, ao seu ver?
V.F.: Mais movimento entre os produtores culturais e a ampliação e descentralização do investimento para todos os municípios brasileiros.

C.V.:  Que recado você deixa para os empresários apoiarem ainda mais o Teatro?
V.F.: Que vejam o teatro como um investimento para o desenvolvimento do país e, um país desenvolvido, interessa a todos. 


Ficha técnica:
Local: Teatro Cândido Mendes
Endereço: Rua Joana Angélica, Nº 63 – Ipanema.
Telefone: (21) 2523-3663
Sessões: Sexta, sábado e domingo às 20h
Período: 15/11 a 22/12
Elenco: Vitória Furtado e Sidcley Batista
Direção: Jefferson Almeida
Texto: Jau San’t Ângelo (baseado na obra de Carlos Gorotiza)
Classificação: 12 anos
Entrada: R$ 50 (inteira); R$ 25 (meia)
Funcionamento da bilheteria: Terça a domingo a partir de 13h
Gênero: Comédia melodramática
Duração: 70 minutos
Capacidade: 103 lugares

Fotos: Internet

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