Um acaso que virou história inesquecível para a televisão brasileira.
Foi justamente assim que a Regina
Polivalente se tornou Chacrete
nos Anos 80 e conviveu, durante muito tempo, ao lado do Abelardo Barbosa, o nosso eterno Chacrinha. “Fazia Faculdade com a Mariângela e a Glaucia Sued e
sempre ficávamos juntas na entrada. Um dia, a Glaucia disse que virou Chacrete;
aí eu brinquei e disse que só faltava eu... Mas, era brincadeira. Mesmo assim, ela
marcou de eu ir na gravação e não fui. Ficou chateada porque o Leleco Barbosa
estava me esperando para me conhecer. Então, fui até lá com elas, ele gostou de
mim e, na próxima gravação, entrei. Nem acreditei quando acabou o ensaio e ele
disse para a figurinista ver roupa para mim!”, relatou com exclusividade para o
CULTURA VIVA.
Para saber o restante dessa aventura de muito
sucesso, acompanhe o bate papo!
CULTURA
VIVA
Por quanto tempo foi Chacrete? Como era
o relacionamento entre as Chacretes, na época?
REGINA
POLIVALENTE:
Fui Chacrete nos três últimos anos do programa. Eu me relacionava bem com
todas, mas, lógico que entre tantas mulheres você tem afinidade mais com umas
do que com outras.
C.V.: Como era dividir o mesmo palco com um dos
maiores apresentadores de TV, na época? Dá para traduzir a emoção?
R.P.: Quando me vi lá
em cima do queijo e olhava para o palco lá em baixo não acreditava que eu
estava ali. Mas, a maior emoção foi quando ele pediu o primeiro som para mim.
Emoção tenho hoje quando vejo que fiz parte desta história da televisão que até
hoje é lembrada com tanto carinho. Inclusive, digo sempre que tive dois pais: o
Antonio Augusto de Magalhães, que me batizou como Regina Magalhães, e Aberlado
Barbosa, o Chacrinha, que me batizou de Regina Polivalente.
C.V.: Que recordação mais forte você guarda do
Chacrinha?
R.P.: Quando, um dia,
ele falou para mim: “Minha filha, estude porque não serei eterno, mas estude
aquele negócio de processamentos de dados (como se falava na época), porque
isso é o futuro”. Chacrinha era sábio.
C.V.: Além de participar do programa
"Cassino do Chacrinha" você também acompanhava o apresentador nos
shows? Como era a reação do público?
R.P.: Sim, sempre que
era convocada. O público sempre ia ao delírio!
C.V.: Ainda mantém contato com as outras
Chacretes?
R.P.: Sim, A Cleópatra
é quem mais tenho contato (minha amiga para todas as horas!), Mariângela,
Glaucia e outras de outras gerações também como Marlene Morbeck (Loira
Sinistra) e Rita Cadilac.
C.V.: Depois que deixou o ofício de Chacrete foi
difícil encarar a vida aqui fora? Em que trabalhou de início?
R.P.: O difícil sempre
é lidar com a perda de alguém, ainda mais alguém que me ensinou muito, que via
como um segundo pai. Mas, eu sempre trabalhei em outro trabalho, não apenas na
TV. Sou Formada em Educação Física e dava aula na Academia do ator Romulo
Arantes (in memorian), e isso Chacrinha admirava.
C.V.: Atualmente, como é seu cotidiano?
Desempenha qual profissão no mercado?
R.P.: Meu cotidiano é
de uma pessoa normal: acordo cedo e vou trabalhar, saio e vou para academia; nos
fins de semana fico com a família. Há onze anos sou Consultora Comercial da
Escala Eventos da feira SRE TRADE SHOW (Super Rio Expofood).
C.V.: Que recado você deixa para os fãs do Velho
Guerreiro?
R.P.:
Acredite em si mesmo e torne-se um vencedor
porque você é o único que tem esse poder.
Fotos: Arquivo pessoal de Regina
Polivalente
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