Regina Polivalente e o ‘Cassino do Chacrinha’: um acaso que virou notícia

16 janeiro 2020 |



Um acaso que virou história inesquecível para a televisão brasileira. Foi justamente assim que a Regina Polivalente se tornou Chacrete nos Anos 80 e conviveu, durante muito tempo, ao lado do Abelardo Barbosa, o nosso eterno Chacrinha. “Fazia Faculdade com a Mariângela e a Glaucia Sued e sempre ficávamos juntas na entrada. Um dia, a Glaucia disse que virou Chacrete; aí eu brinquei e disse que só faltava eu... Mas, era brincadeira. Mesmo assim, ela marcou de eu ir na gravação e não fui. Ficou chateada porque o Leleco Barbosa estava me esperando para me conhecer. Então, fui até lá com elas, ele gostou de mim e, na próxima gravação, entrei. Nem acreditei quando acabou o ensaio e ele disse para a figurinista ver roupa para mim!”, relatou com exclusividade para o CULTURA VIVA.

Para saber o restante dessa aventura de muito sucesso, acompanhe o bate papo! 

CULTURA VIVA Por quanto tempo foi Chacrete? Como era o relacionamento entre as Chacretes, na época? 
REGINA POLIVALENTE: Fui Chacrete nos três últimos anos do programa. Eu me relacionava bem com todas, mas, lógico que entre tantas mulheres você tem afinidade mais com umas do que com outras.

C.V.: Como era dividir o mesmo palco com um dos maiores apresentadores de TV, na época? Dá para traduzir a emoção? 
R.P.: Quando me vi lá em cima do queijo e olhava para o palco lá em baixo não acreditava que eu estava ali. Mas, a maior emoção foi quando ele pediu o primeiro som para mim. Emoção tenho hoje quando vejo que fiz parte desta história da televisão que até hoje é lembrada com tanto carinho. Inclusive, digo sempre que tive dois pais: o Antonio Augusto de Magalhães, que me batizou como Regina Magalhães, e Aberlado Barbosa, o Chacrinha, que me batizou de Regina Polivalente.

C.V.: Que recordação mais forte você guarda do Chacrinha? 
R.P.: Quando, um dia, ele falou para mim: “Minha filha, estude porque não serei eterno, mas estude aquele negócio de processamentos de dados (como se falava na época), porque isso é o futuro”. Chacrinha era sábio.


C.V.: Além de participar do programa "Cassino do Chacrinha" você também acompanhava o apresentador nos shows? Como era a reação do público? 
R.P.: Sim, sempre que era convocada. O público sempre ia ao delírio!

C.V.: Ainda mantém contato com as outras Chacretes? 
R.P.: Sim, A Cleópatra é quem mais tenho contato (minha amiga para todas as horas!), Mariângela, Glaucia e outras de outras gerações também como Marlene Morbeck (Loira Sinistra) e Rita Cadilac.


C.V.: Depois que deixou o ofício de Chacrete foi difícil encarar a vida aqui fora? Em que trabalhou de início? 
R.P.: O difícil sempre é lidar com a perda de alguém, ainda mais alguém que me ensinou muito, que via como um segundo pai. Mas, eu sempre trabalhei em outro trabalho, não apenas na TV. Sou Formada em Educação Física e dava aula na Academia do ator Romulo Arantes (in memorian), e isso Chacrinha admirava.

C.V.: Atualmente, como é seu cotidiano? Desempenha qual profissão no mercado? 
R.P.: Meu cotidiano é de uma pessoa normal: acordo cedo e vou trabalhar, saio e vou para academia; nos fins de semana fico com a família. Há onze anos sou Consultora Comercial da Escala Eventos da feira SRE TRADE SHOW (Super Rio Expofood).

C.V.: Que recado você deixa para os fãs do Velho Guerreiro? 
R.P.: Acredite em si mesmo e torne-se um vencedor porque você é o único que tem esse poder.

Fotos: Arquivo pessoal de Regina Polivalente

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