Ari Brito e a condução eficaz da plateia em ministrações de suas palestras

11 novembro 2021 |



Palestrar a vida orientando espectadores quanto ao desenvolvimento humano e ao comportamento se tornou uma missão para o palestrante, professor universitário, consultor e neurocientista Ari Brito, 52 anos, morador de Santos (SP).

 

Experiente, hoje relatou sua história profissional para o CULTURA VIVA e falou do seu ramo de trabalho, com expectativas para um breve futuro no setor. Um papo bem inteligente e consciente!

 

Acompanhe!

  

CULTURA VIVA: O que levou o senhor a se tornar um palestrante? Sempre observou a carreira?

ARI BRITO: Eu iniciei na carreira como docente, dando aula na universidade. Foram surgindo oportunidades de palestrar e gostei da experiência! Fui me aperfeiçoando até chegar no momento atual. Eu sabia que, para chegar a um patamar superior, precisaria evoluir. Então, fiz e faço sempre treinamentos e cursos de especializações para melhorar o conhecimento e as habilidades.

 

 C.V.: De uns anos para cá, surgiram muitos e bons palestrantes com segmentos diversos, atendendo a muitos nichos do mercado. Essa concorrência te assusta? 

A.B.: Ao contrário, com a expansão de segmentos e mais palestrantes o mercado se abre e surgem mais oportunidades. Quanto mais palestras tiverem, mais espaço surge para todos nós.

 

C.V.: Já passou por alguma "saia justa" durante uma ministração? Qual foi a saída que encontrou? 

A.B.: Várias. As principais foram técnicas, como exemplo, o computador que travou no meio de uma palestra e, em outra ocasião, faltou luz durante o evento. Enfim, em todas elas brinquei com a situação e saí por cima. O humor, nesse momento, é fundamental para envolver a plateia e não deixar cair o engajamento do público. Já continuei palestras sem slides e sem microfone, e deu tudo certo!

 

C.V.: Quais são os principais temas que mais leva para palestrar?

A.B.: Certamente, oratória é o principal. As pessoas têm dificuldade de falar em público e acabo abordando sempre técnicas para facilitar a vida delas. Como eu trabalho com desenvolvimento humano e comportamento, o tema que mais falei até hoje foi Liderança e Comportamento. Sem dúvidas, ainda é o nicho que mais treina no país.

 

C.V.: Tem algum tema que já levou para uma de suas ministrações e, por não render como esperava, teve que retirar? 

A.B.: Às vezes, em treinamentos mais longos, com subtemas, acabo cortando uma coisinha ou outra por estender demais no anterior, ou pelo pedido do grupo. Mas nada que fosse crucial naquele momento. Já aconteceu de ser convidado para falar de um tema numa palestra e colocaram o título diferente do que tinham me passado. Dei a palestra sobre o tema divulgado (joguei fora minha palestra planejada), falei de improviso e foi ótimo!


 

C.V.: Ser professor universitário ajuda na atividade de palestrar no intuito de encarar o público e conduzir a ideia central de um assunto qualquer? 

A.B.: Ajuda muito. Comecei como professor universitário. Então, para mim, é minha base. Eu sempre falo: ir numa faculdade e dar uma palestra, por exemplo, é bem mais fácil do que conduzir uma classe durante um ano inteiro. Um único contato vira um show! Manter a audiência daquele grupo um ou mais anos que é difícil porque perde bastante o encantamento.

 

C.V.: E a questão da consultoria, em sua vida profissional chegou em que momento? Ela revela seu lado empreendedor de forma mais intensa, em sua opinião? 

A.B.: A consultoria é algo bem separado dessa vida de palco e sala de aula porque é um trabalho mais customizado, mais específico, onde você transfere seu conhecimento e sua experiência para outros empresários e executivos. Aí o que conta é sim sua experiência profissional. Muitas vezes, o profissional se especializa, estuda, mas não tem a prática. Para mim, consultoria e mentoria passam pela nossa experiência.

 

 8) As técnicas da neurociência são aliadas no quesito "convencimento coletivo" no tocante ao fato de conduzir os espectadores ao norte do assunto discutido, em suas palestras?

A.B.: Conhecer neurociência é conhecer a fisiologia do comportamento, entender de fato a mente humana. O convencimento e a persuasão têm sentido quando impactamos a vida das pessoas. Saber os canais de comunicação de cada um (visual, auditivo e sinestésico) ajuda nesse alcance. Mas, é muito mais profundo do que um exame de ressonância magnética funcional e o neuro marketing. O tema é valioso para quem está te ouvindo? Essa é a pergunta que faço sempre em minhas palestras. A "entrega" tem que responder essa questão. Senão, não vai valer a pena a pessoa te assistir ou te ouvir.

 

C.V.: Como imagina estar a função de um palestrante daqui a dez anos, mais ou menos, frente às novidades que o mercado traz, diariamente?

A.B.: Acredito que muitas coisas se tornem online: o palestrante, cada vez mais, vai virar um showman. O conteúdo sempre será importante, mas a tecnologia chegou para ficar. Então teremos palestras para o mundo todo, com o palestrante no palco e monitores interagindo com a gente por streaming. Aliás, já está assim, mas vai ficar mais tecnológico, mais visual, show mesmo. A pessoa vai ao show da Beyoncé ou na palestra do Tony Robbins, no mesmo formato.

 

C.V.: Quais são suas redes sociais?

A.B.: No Instagram, @aribrito, e no Facebook, https://www.facebook.com/AristidesBrito/ .

 

Fotos: Divulgação


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