Palestrar a vida orientando
espectadores quanto ao desenvolvimento humano e ao comportamento se
tornou uma missão para o palestrante, professor universitário, consultor e
neurocientista Ari Brito, 52 anos,
morador de Santos (SP).
Experiente, hoje relatou sua história profissional
para o CULTURA VIVA e falou do seu
ramo de trabalho, com expectativas para um breve futuro no setor. Um papo bem
inteligente e consciente!
Acompanhe!
CULTURA VIVA: O que levou o senhor a se tornar um palestrante? Sempre observou a
carreira?
ARI BRITO: Eu iniciei na
carreira como docente, dando aula na universidade. Foram surgindo oportunidades
de palestrar e gostei da experiência! Fui me aperfeiçoando até chegar no
momento atual. Eu sabia que, para chegar a um patamar superior, precisaria
evoluir. Então, fiz e faço sempre treinamentos e cursos de especializações para
melhorar o conhecimento e as habilidades.
C.V.: De uns anos para cá, surgiram muitos e bons palestrantes com segmentos
diversos, atendendo a muitos nichos do mercado. Essa concorrência te
assusta?
A.B.: Ao contrário, com a
expansão de segmentos e mais palestrantes o mercado se abre e surgem mais
oportunidades. Quanto mais palestras tiverem, mais espaço surge para todos nós.
C.V.: Já passou por alguma "saia justa" durante uma ministração?
Qual foi a saída que encontrou?
A.B.: Várias. As principais
foram técnicas, como exemplo, o computador que travou no meio de uma palestra
e, em outra ocasião, faltou luz durante o evento. Enfim, em todas elas brinquei
com a situação e saí por cima. O humor, nesse momento, é fundamental para
envolver a plateia e não deixar cair o engajamento do público. Já continuei palestras
sem slides e sem microfone, e deu tudo certo!
C.V.: Quais são os principais temas que mais leva para palestrar?
A.B.: Certamente, oratória é o
principal. As pessoas têm dificuldade de falar em público e acabo abordando
sempre técnicas para facilitar a vida delas. Como eu trabalho com
desenvolvimento humano e comportamento, o tema que mais falei até hoje foi
Liderança e Comportamento. Sem dúvidas, ainda é o nicho que mais treina no
país.
C.V.: Tem algum tema que já levou para uma de suas ministrações e, por não
render como esperava, teve que retirar?
A.B.: Às vezes, em treinamentos
mais longos, com subtemas, acabo cortando uma coisinha ou outra por estender
demais no anterior, ou pelo pedido do grupo. Mas nada que fosse crucial naquele
momento. Já aconteceu de ser convidado para falar de um tema numa palestra e
colocaram o título diferente do que tinham me passado. Dei a palestra sobre o
tema divulgado (joguei fora minha palestra planejada), falei de improviso e foi
ótimo!
C.V.: Ser professor universitário ajuda na atividade de palestrar no intuito
de encarar o público e conduzir a ideia central de um assunto qualquer?
A.B.: Ajuda muito. Comecei como
professor universitário. Então, para mim, é minha base. Eu sempre falo: ir numa
faculdade e dar uma palestra, por exemplo, é bem mais fácil do que conduzir uma
classe durante um ano inteiro. Um único contato vira um show! Manter a
audiência daquele grupo um ou mais anos que é difícil porque perde bastante o
encantamento.
C.V.: E a questão da consultoria, em sua vida profissional chegou em que
momento? Ela revela seu lado empreendedor de forma mais intensa, em sua
opinião?
A.B.: A consultoria é algo bem
separado dessa vida de palco e sala de aula porque é um trabalho mais
customizado, mais específico, onde você transfere seu conhecimento e sua
experiência para outros empresários e executivos. Aí o que conta é sim sua
experiência profissional. Muitas vezes, o profissional se especializa, estuda,
mas não tem a prática. Para mim, consultoria e mentoria passam pela nossa
experiência.
8) As técnicas da neurociência são aliadas no quesito "convencimento
coletivo" no tocante ao fato de conduzir os espectadores ao norte do
assunto discutido, em suas palestras?
A.B.: Conhecer neurociência é
conhecer a fisiologia do comportamento, entender de fato a mente humana. O
convencimento e a persuasão têm sentido quando impactamos a vida das pessoas. Saber
os canais de comunicação de cada um (visual, auditivo e sinestésico) ajuda
nesse alcance. Mas, é muito mais profundo do que um exame de ressonância
magnética funcional e o neuro marketing. O tema é valioso para quem está te
ouvindo? Essa é a pergunta que faço sempre em minhas palestras. A
"entrega" tem que responder essa questão. Senão, não vai valer a pena
a pessoa te assistir ou te ouvir.
C.V.: Como imagina estar a função de um palestrante daqui a dez anos, mais ou
menos, frente às novidades que o mercado traz, diariamente?
A.B.: Acredito que muitas
coisas se tornem online: o palestrante, cada vez mais, vai virar um showman. O
conteúdo sempre será importante, mas a tecnologia chegou para ficar. Então
teremos palestras para o mundo todo, com o palestrante no palco e monitores
interagindo com a gente por streaming. Aliás, já está assim, mas vai ficar mais
tecnológico, mais visual, show mesmo. A pessoa vai ao show da Beyoncé ou na
palestra do Tony Robbins, no mesmo formato.
C.V.: Quais são suas redes sociais?
A.B.: No Instagram, @aribrito, e
no Facebook, https://www.facebook.com/AristidesBrito/
.
Fotos:
Divulgação
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