Acioli Junior e um novo lançamento sobre política

04 março 2022 |

 

  

Sempre um guerreiro e desbravador na área da Educação, o Professor Acioli Junior vem, ao longo dos anos, desenvolvendo um trabalho de excelência nas disciplinas em que atua e, com isso, ganha destaque na mídia da região onde vive: Cabo Frio, toda a Região dos Lagos e municípios vizinhos, no Rio de Janeiro.

 

Autor de vários livros e com outros projetos literários em andamento, acaba de lançar a obra "Reflexões de um Observador I: Ensaios sobre Política - Volume I", que vem informar a população, com maestria, acerca de assuntos concernentes à política nacional.

 

Como professor de História, Geografia, Sociologia, Filosofia e Ciências da Religião, além de vários cursos de extensão, o docente tem uma bagagem completa e é altamente capacitado para trazer à discussão assuntos de relevância à sociedade. Sem dúvidas, um mestre de respeito.

 

Hoje, Acioli Junior concedeu entrevista exclusiva ao CULTURA VIVA e falou sobre sua vida literária e, especificamente, destacou o novo livro que apresenta ao público.

 

Acompanhe! 

 

CULTURA VIVA: Em 2021 o senhor lançou o livro "Roteiro Ambiental e Patrimonial da cidade de Cabo Frio" e teve grande repercussão na mídia local. Como foi a experiência? Já teve outra obra sua publicada com tanta exposição?

ACIOLI JUNIOR: O Roteiro Ambiental e Patrimonial da cidade de Cabo Frio posso dizer que, até então, é o livro da minha vida, pois foram 5 anos e 8 meses de pesquisas, com muito dinheiro gasto do próprio bolso, desbravando locais desconhecidos dos moradores, dos turistas e do poder público, além de escrever sobre algo que nenhum outro autor pesquisou e escreveu: o patrimônio natural do município cabo-friense. O meu livro “Relatos de Uma Quarentena” teve repercussão similar ou, até, maior que o Roteiro, pois foi a primeira publicação, no Brasil, sobre o período de isolamento social. O próprio RJ 1 da InterTV foi, em minha casa, fazer uma matéria sobre o livro.

 

C.V.: Meses depois, o senhor faz um novo lançamento e apresenta ao público a obra "Reflexões de um Observador I: Ensaios sobre Política - Volume I". Essa iniciativa veio a calhar com o ano eleitoral ou foi proposital mesmo?

A.J.: Na verdade, este livro que se transformou em dois, seria o primeiro da minha trilogia “Reflexões de um Observador”. Mas, o livro sobre Religião e Espiritualidade saiu antes dele, e o livro sobre Relacionamento a Dois, tipos de discriminação e sociedade será o último da série. Portanto, não foi proposital, mas espero colher muitos frutos em publicá-lo agora, próximo ao período eleitoral e em meio ao clima de polarização que tem, infelizmente, tomado conta da sociedade.


 

C.V.: Em que esse livro pode colaborar para abrir o entendimento das pessoas no tocante às decisões na hora de votar?

A.J.: Eu espero, sinceramente, que este livro, didático-crítico, ou seja, educativo e, ao mesmo tempo, com críticas bem ácidas aos políticos, partidos e eleitores brasileiros seja capaz de fomentar a autonomia, o senso crítico e a instrução dos leitores capacitando-os a fazer um exame racional e minucioso de cada candidato, seu plano de governo e suas propostas. Meu desejo é que cada um forme sua própria visão de mundo e não incorpore a minha. É por isso que trato de temas sobre os quais muitas pessoas têm dúvidas, mas têm vergonha ou receio de perguntar, o que as impede de se posicionar de forma clara e consistente, seja com amigos, no trabalho e com a família, enfim. A ideia é que este livro ajude ao leitor a construir suas próprias opiniões a respeito de assuntos que fazem parte do nosso cotidiano – inclusive os mais polêmicos. Assim, a pessoa vai debater com fundamento, riqueza de argumentos e de forma segura. Vai discutir política de forma racional e embasada.

 

C.V.: O senhor chegou a fazer algum tipo de reciclagem para compor esta obra?

A.J.: Eu sou um pesquisador nato, além de ser um docente que sempre estou me reciclando e me reinventando, além de ser um leitor voraz. Portanto, sempre estou buscando conhecimento num processo de minorar minha ignorância.

 

C.V.: Qual o capítulo deste livro destacaria?

A.J.: Deste volume, eu destacaria o artigo sobre Direitos Humanos porque há uma ignorância eivada de preconceitos sobre esse tema na sociedade. Infelizmente, milhões de pessoas, no Brasil, têm se informado em grupos de WhatsApp, mas não onde deveriam, como em bons livros, na faculdade, em trabalhos de sociólogos, cientistas políticos e historiadores. Também destacaria os seis artigos iniciais do livro quando, de maneira antecipada, analisei, sociologicamente, as razões que levariam Jair Bolsonaro a ser vitorioso nas eleições, em 2018.  

 

C.V.: Sempre alertando alunos e seus seguidores nas redes sociais, o senhor destaca, tanto políticos fraudulentos como aqueles que procuram desenvolver bem o ofício. O que mais ouve das pessoas fora das redes sociais sobre sua postura enérgica? 

A.J.: O que mais ouço é que eu sou maluco, corajoso, destemido por tratar de temas tão polêmicos e ainda não hesitar em citar nomes e instituições. Muitos também acham que eu deveria entrar para a política – a estes eu respondo: “Não nasci e nem tenho vocação para ser garça, de andar em meio ao lamaçal, a política partidária, sem me sujar.”

 

C.V.: Enfim, o que espera, enquanto autor, que esta obra provoque em seus leitores?

A.J.: Espero que ela provoque sede de conhecimento e vontade de pesquisar e estudar mais e mais. Espero que meu livro seja o pontapé inicial para a leitura de grandes teóricos das ciências políticas e da sociologia.

 

C.V.: No dia 11 de março o senhor irá estrear o quadro "Sala de Aula" na Nossa Rádio 102,5 FM, em Cabo Frio. Qual a ideia central e o intuito maior dessa produção?

A.J.: O intuito é fomentar um rico debate de ideias em alto nível, longe do senso comum,  trazer temas polêmicos e de grande relevância social, tratando-os de forma racional, crítica e bem embasada.


 

C.V.: Que recado deixa para os eleitores neste ano decisivo?

A.J.: Deixo a Epígrafe de um dos meus textos, no qual disserto sobre a diferença de eleitores e torcedores na política, que é a frase do gênio Nelson Rodrigues: “Nada mais cretino e mais cretinizante do que a paixão política. É a única paixão sem grandeza, a única que é capaz de imbecilizar o homem.” Há poucas coisas, na vida, pior que ser torcedor e bajulador de político; pior, ainda, acreditar que exista mitos, messias e salvadores da pátria na política. Pensar assim é o Jardim da Infância da existência na sociedade.

C.V.: Como os interessados podem adquirir seu livro?

A.J.: Através das minhas redes sociais (Facebook: www.facebook.com/aciolijunior e Instagram: @acioli_junior_ ), da plataforma da Amazon, de links do Mercado Pago e nas livrarias do meu município, Cabo Frio RJ.    

 

Fotos: Arquivo Pessoal do Professor Acioli Junior

 


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