A atriz e humorista Claudia Rodrigues, diagnosticada com esclerose
múltipla, doença neurológica autoimune, com a qual convive desde o ano 2000,
anunciou recentemente que planeja realizar um tratamento nos EUA no Instituto
Médico BTT, comandado pelo Dr. Marc Abreu, que desenvolve soluções pioneiras
baseadas na termodinâmica cerebral, temperatura do cérebro e frequências
termorregulatórias, com uma ampla gama de aplicações em terapia, diagnóstico e
prevenção de doenças. Claudia está em fase inicial de avaliação e planejamento
do tratamento.
Em 2007 foram iniciados estudos sobre
tratamentos utilizando o Túnel Térmico Cerebral (BTT) na Universidade de Yale
(EUA), pelo médico e neurocientista dr. Marc Abreu, e em 2011 foram
apresentados os resultados da aplicação da tecnologia para tratamento de
pacientes com esclerose múltipla no congresso da Sociedade Americana de
Anestesistas ASA (American
Society of Anesthesiologists), em Chicago (EUA), com o trabalho
científico “The Brain
Temperature Tunnel: More Than a Path for Monitoring Temperature”.
Os resultados da pesquisa do grupo da Universidade de Yale, liderado pelo dr.
Abreu, revelaram que o BTT é muito mais que um caminho para monitorar a
temperatura do cérebro, mas também um caminho para o tratamento com sucesso para
doenças neurológicas.
Doenças neurológicas e oncológicas tem uma
patogênese comum associada a máquina molecular de proteínas de choque térmico.
Portanto, terapias baseadas na termodinâmica cerebral podem tratar processos
patológicos distintos.
Estudos continuam a ser feitos e recentemente
um relato de caso foi apresentado no congresso médico de 30 anos da Academia
Americana de Medicina Anti-Envelhecimento (Longevity Fest 2022), em Las Vegas
(EUA), que se destaca por apresentar avanços de pesquisa e tratamento de ponta
em áreas relacionadas à longevidade e qualidade de vida, incluindo o câncer e
doenças neurológicas. “Apresentamos o caso de um paciente com câncer
metastático em estágio terminal que, após o tratamento no Instituto Médico BTT,
teve a resolução total do câncer”, diz o dr. Abreu. Foram apresentados dados
radiológicos e moleculares do paciente antes e depois do tratamento que
comprovam a resolução do câncer.
A descoberta do dr. Abreu na Universidade de
Yale, o BTT (Brain Thermal Tunnel)
ou Túnel Térmico Cerebral em português, possibilitou pela primeira vez na
história a medição contínua e não invasiva da temperatura do cérebro. O
descobrimento do BTT e resultados científicos alcançados permitiram ainda o
desenvolvimento da tecnologia aprovada pela FDA (agência reguladora de saúde do
governo norte-americano), tornando possível os tratamentos de hipertermia e
hipotermia avançadas, baseados na termodinâmica cerebral.
No caso de Claudia Rodrigues, pelo seu
diagnóstico de esclerose múltipla, é indicada a técnica de hipotermia avançada
guiada pelo cérebro, em que o paciente recebe estímulos de modulação de
frequência termoregulatória para profundo resfriamento sistema nervoso central
incluindo o cérebro e geralmente seguidos pela indução de proteínas de choque
térmico.
“Os pacientes que sofrem de esclerose
múltipla têm danos nas bainhas de mielina no cérebro, responsáveis pela
condução nervosa. Nesses casos, modulando a temperatura do cérebro, o
tratamento auxilia na ativação das células que produzem mielina, restaurando e
preservando os nervos em processo de desmielinização e mantendo sua capacidade
de conduzir impulsos nervosos.”, destaca o dr. Abreu. Já a indução de proteína
de choque térmico para tratamento de esclerose múltipla leva a diminuição de
inflamação do sistema nervoso através da redução de infiltração de células T e
diminuição de citocinas inflamatórias no cérebro. “Através de validação
molecular pelo Laboratório Quest dos EUA nós mostramos estes resultados com
diminuição e normalização de citocinas inflamatórias que resultam no processo
de restauração do sistema nervoso na esclerose múltipla.”, adiciona dr. Abreu.
“A minha expectativa para o tratamento é a
regeneração das minhas sequelas para que eu possa ter maior qualidade de vida e
volte a atuar. Esse é o meu maior sonho!”, diz Claudia Rodrigues, atriz e
humorista.
As técnicas aplicadas no Instituto Médico
BTT, de hipotermia e hipertermia, são indicadas para pacientes com doenças
neurológicas como esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica (ELA),
doença de Alzheimer, doença de Parkinson, ataxia e outras doenças neurológicas,
além de câncer.
“Não há contraindicação, fazemos uma
avaliação médica em que alguns dos critérios são o estado clínico e o estágio
de progressão da doença para entender se o paciente pode ser submetido ao
tratamento, que é o processo que Claudia Rodrigues deve passar nos próximos
meses. Já tratamos, por exemplo, um paciente de 88 anos, Sr. Christos
Mitropoulos, com doença de Alzheimer e doença de Parkinson, que tinha a
deglutição comprometida e voltou a comer, não falava e teve a fala restaurada e
ainda dependia de cadeira de rodas para locomoção e voltou a andar.”, explicou
dr. Abreu. A esposa do paciente, Eliana Mitropoulos, enviou, cerca de nove
meses depois do tratamento na BTT, a seguinte mensagem: “Dr., tudo que foi
prometido foi cumprido. Não tenho palavras para agradecer, nunca imaginei que
veria ele andar, falar e comer novamente.”, afirmou ela.
Importante ressaltar que induções cerebrais
de resfriamento ou de choque de calor são procedimentos totalmente não
invasivos, sem qualquer tipo de incisão, medicação, uso de anestesia,
internação ou hospitalização dos pacientes, além de não apresentar efeitos
colaterais negativos. Mas enfatiza dr. Abreu “não existe garantia de sucesso,
apesar de nossos consistentes bons resultados”.
A arquiteta Lílian Matos Deborba, 34,
brasileira, que mora em Boston nos EUA, foi diagnosticada com esclerose
múltipla em 2013 e decidiu fazer o tratamento especializado. “Fiz o tratamento
com o dr. Marc Abreu há dois anos e me ajudou bastante. Quando fui
diagnosticada com esclerose múltipla, durante muito tempo, tive dificuldades
para caminhar e não conseguia nem sequer andar do quarto para a cozinha ou da
sala para o banheiro, nem segurar a minha filha. Quando encontrei o tratamento,
decidi realizá-lo. Depois disso, mudei totalmente! Hoje consigo fazer
praticamente tudo, inclusive tive mais uma filha.”. Lilian, além de estar
restaurada, desde o tratamento não teve mais nenhum surto ou perda de funções
motoras.
Para se submeter a uma sessão é preciso
passar por cinco dias consecutivos de consultas, exames e procedimentos em que
o paciente passa por testes cognitivos, neuromusculares, de força, equilíbrio,
respiratórios, oftálmicos e ainda testes da velocidade e amplitude da condução
nervosa, além de sofisticados exames clínicos para análise molecular (pré e
pós-tratamento). Durante estes dias, o paciente passa pelo procedimento de
hipotermia ou hipertermia avançada guiada pelo cérebro. “As melhoras
geralmente são imediatas e vão se consolidando ao longo dos meses seguintes ao
tratamento. As abordagens convencionais tem um papel de diminuição da
progressão da doença mas não atuam na restauração de lesões cerebrais ou
sequelas. O nosso tratamento tem como objetivo restaurar as funções perdidas e
devolver a qualidade de vida para o paciente como aconteceu com a Lilian, no
entanto cada paciente possui uma resposta individual ao tratamento, mas temos
obtido resultados restauradores de forma consistente.”, finaliza o dr. Abreu.
Foto1: Internet
Foto2: Divulgação
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