Um menino que cresceu com as
ideias de esculturas que observava na TV e o fascinava. O tempo passou e, já há
muitos anos, Nailson Sucatescultor, residente em São Gonçalo (RJ), fabrica suas próprias
peças. Aliás, todas de muito bom gosto com acabamento impecável, que emociona e
atrai um grande público. Quem vê as obras prontas não acredita que o criador
delas as compôs a partir de sucatas de ferro que viram obras de arte
valiosíssimas! Desse registro de sua infância, criou uma nova profissão para
si, a de Sucatescultor, criando
esculturas a partir de sucatas, e vem deslanchando no mercado, com mostras já
feitas para o público e boas aparições na mídia.
Nessa nova fase de sua carreira, o artista dedica
suas obras a temas sacros. Segundo ele, “em cada peça existe uma dose, incomensurável, de
muito prazer e paz, independente de ser sacra ou não”.
Hoje, o mestre conversou com o CULTURA VIVA e falou, um pouco, sobre
esse momento da carreira.
Acompanhe!
CULTURA
VIVA: Depois de tantos anos
produzindo peças diversas, a partir de sucatas, por que, agora, decidiu
segmentar seu trabalho, criando somente peças sacras?
NAILSON SUCATESCULTOR: Continuo criando diversos trabalhos. Inclusive, peças com temas sacros, os quais resolvi elegê-los como principal perfil da minha página no Instagram. Não considero definitivo, mas, no momento, estou muito envolvido nesse tema.
C.V.: Criar uma
peça sacra tem diferença de produzir uma escultura comum?
N.S.: Não possui. Criar sempre será intuitivo e só dependerá da
inspiração contida no momento.
C.V.: O senhor
sempre foi católico? Houve algum momento especial em sua vida que o direcionou
a dedicar seu trabalho somente a algo ligado à religião?
N.S.: Nunca tive religião. Creio em Deus presente em todas as
religiões. Mas, nunca fui adepto assíduo. Confesso que reproduzo as imagens
gravadas em minha memória de infância, quando visitava minha tia, que mantinha
um altar com inúmeras imagens de santos.
C.V.: E o
processo de confecção continua da mesma forma ou busca outros tipos específicos
de sucatas?
N.S.: Continuo, basicamente, com o mesmo processo. Dominantemente, utilizo o ferro e, esporadicamente, a madeira.
C.V.: O que seu público mais tem comentado sobre as novas peças? Já ouviu
críticas?
N.S.: Tenho recebido elogios e críticas construtivas que agregam ideias.
C.V.: Alargando as estacas, o senhor pretende expor suas obras em algum evento
católico ou comercializá-las em locais dedicados à religião?
N.S.: Prefiro limitar este tema exclusivamente ao Instagram. Numa
exposição penso em variedade que atinja a admiração de todos.
C.V.: Das novas peças que já produziu
qual a que mais deu trabalho e a que mais te emociona?
N.S.: Não
tenho noção de qual peça me deu mais trabalho, pois vivi intensamente em todas.
Enquanto as confeccionava, não senti o tempo passar. A complexidade da peça não
significa grau de dificuldade em fazê-la, nem tão pouco a duração do tempo em
confeccioná-la. Produzi peças ricas em detalhes. Porém, em curto espaço de
tempo. O Cristo, inclusive, me impressionou pelo tempo de juntar as sucatas e
vislumbrar os encaixes das mesmas.
C.V.: Tem alguma peça que planeja criar e ainda não conseguiu?
N.S.: Sim. Gosto muito de criar mobiliário. Principalmente,
aparadores.
C.V.: Ao produzir algo dedicado à fé, o senhor abençoa seus admiradores. Que mensagem
deixa para eles?
N.S.: Tudo o que ofereço é abençoado. Não entrego a ninguém o que é
ruim. Em cada peça existe uma dose, incomensurável, de muito prazer e paz,
independente de ser sacra ou não.
C.V.: Aceita doações de sucatas? Como os interessados podem colaborar e onde
adquirir suas novas peças sacras?
N.S.: Sempre! Quem puder colaborar pode falar comigo através do
Instagram @nailsonsucatescultor.
Fotos: Arquivo pessoal de Nailson
Sucatescultor
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