Depois das excelentes críticas nova-iorquinas por conta de recente temporada na Big Apple, chega a vez de Emílio Santiago colecionar - e comemorar - algumas das mais belas páginas escritas, sobre ele, aqui mesmo, no Brasil. Dessa vez, por conta de um dos seus mais badalados álbuns: "Feito para ouvir", de 1977, reeditado pela gravadora Dubas e que está sendo distribuído pela Universal Music.
"Feito para ouvir", além de constar como uma das indicações do jornal O Globo, ganhou críticas maravilhosas de jornalistas conceituados como Antonio Carlos Miguel (O Globo) e Mauro Ferreira (O Dia). Resenhas que poderão ser lidas abaixo, na íntegra.
Vale tb registrar que Emílio embarcou, novamente, esta semana para Nova Iorque e aproveitará a estada para assistir ao show da "amiga de fé Alcione", no Brazilian Day, no próximo dia 06.
Depois disso, Santiago viaja para uma nova temporada em Angola. Embarca dia 12 e volta em 27 de setembro.
DISCOLÂNDIA - O GLOBO (ACM)
"De 1977, e agora reeditado pela Dubas para a Universal, "Feito para ouvir" foi o quarto álbum de Emílio Santiago. Ele já era o grande cantor que continua sendo, com ótimos repertório, arranjos (de Laércio de Freitas a J.T.Meirelles). Um clássico para ouvir mais e mais".
Feito para ouvir na intimidade da noite
(Mauro Ferreira - O Dia)
Cotação: * * * * 1/2
Terceiro belo álbum de Emilio Santiago, gravado em 1977 e ora reeditado pelo selo Dubas Música, Feito para Ouvir é dos títulos mais classudos da discografia de Emilio Santiago. A (boa) ideia foi de Roberto Menescal, na época diretor artístico da gravadora Philips. Menescal sabia que o intérprete começara sua carreira cantando na noite carioca - como crooner de boates como a Flag, na qual se apresentava na companhia de trio liderado pelo pianista Laércio de Freitas - e quis que Emilio fizesse um disco que captasse essa atmosfera íntima da noite. Feito para Ouvir - como conta o próprio Emilio em texto escrito para a oportuna reedição do álbum - foi gravado praticamente ao vivo, em dois ou três dias de estúdio. O fino repertório mesclou temas já entoados pelo intérprete na noite - casos do samba-canção Rua Deserta (Dorival Caymmi, Hugo Lima e Carlos Guinle) e de Olha Maria (Tom Jobim, Chico Buarque e Vinicius de Moraes) - com músicas selecionadas sem obviedade ou preguiça por Menescal e pelo produtor do disco, Roberto Santanna. E o fato é que, ouvido hoje, 32 anos depois de seu lançamento, Feito para Ouvir logo se impõe como um dos melhores títulos da discografia de Emilio Santiago, cantor de técnica ímpar que nem sempre contou em sua obra fonográfica com a excelência de arranjos como os feitos por Laércio de Freitas e J. T. Meirelles (1940 - 2008). É disco feito para ser ouvido (ou degustado) na intimidade da noite. Emilio - então já com a primorosa forma vocal que o credencia ao posto de um dos melhores cantores brasileiros de todos os tempos - passeia com ternura e sutileza por músicas como Beijo Partido (Toninho Horta), O Que É Amar (Johnny Alf) e Tristeza de Nós Dois (Durval Ferreira, Bebeto e Maurício Einhorn). Como maior curiosidade do repertório, há Maria (Me Perdoe, Maria), música feita nos anos 60 por Gilberto Gil para louvar Maria Bethânia, musa inspiradora de versos como "Você não sorri como a flor / Mas nem sei se na flor / Há o amor / Que existe em você". Enfim, é um grande disco que precisa ser (re) ouvido. Pena que a reedição da Dubas Música não preserve a capa original, ainda que, verdade seja dita, a atual tenha mais a ver com o clima noturno desse lindo álbum de 1977.
EMÍLIO SANTIAGO FEITO PARA OUVIR... E APLAUDIR
07 setembro 2009 Postado por JORNAL CULTURA VIVA por Edson Soares às 12:55 | Marcadores: Gente, Música
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